segunda-feira, agosto 31, 2009

Fechamento de Agosto


Pau pra Toda Obra
Peter Jackson e Steven Spielberg estão em todas


Futuro Perfeito
Ridley Scott e Leonardo DiCaprio preparam a adaptação de "Admirável Mundo Novo"


Novas Diretrizes em Tempos de Gripe Suína
O que fazer para a gripe não te pegar quando ir ao cinema não é um passatempo, mas um vício?


Mamãe, Por que Meu Brinquedo Ainda Não Virou Filme?

"G.I.Joe", "Transformers"... Tudo é possível em Hollywood


G.I.Joe - A Origem de Cobra

Não é brinquedo não. É bomba!


A Bela e Criativa Campanha de Surrogates
Se o filme estrelado por Bruce Willis tiver a mesma força de seus pôsteres, prepare-se para uma ótima ficção científica


Mais pôsteres de 2012
Não sobrou nem para o Cristo Redentor


Os 10 Melhores Filmes de Terror

Lista contempla as maiores produções do gênero no mês da estreia de "Arraste-me Para o Inferno"


Arraste-me Para o Inferno

Neste filmaço do gênero, o diretor Sam Raimi vê medo na luz e humor na escuridão


Brüno

Sacha Baron Cohen não supera originalidade de "Borat", mas ainda faz rir (e muito)


Se Beber, Não Case

A melhor comédia do ano


John Hughes, O Rei das Comédias dos Anos 80
Homenagem ao diretor de "Curtindo a Vida Adoidado" e "Clube dos Cinco"

Até grandes filmes chegam antes em DVD
"The Hurt Locker" (ou "Guerra ao Terror"), um dos filmes mais elogiados do ano, ganha cartão vermelho nos cinemas brasileiros e vai mais cedo para as prateleiras das locadoras

Guerra ao Terror
Faz "Caçadores de Emoção" parecer um filme infantilóide de Robert Rodriguez

Trailers:
Avatar, Legion, Inception e The Men Who Stare at Goats


Edição anterior

Julho

John Hughes, o Rei das Comédias dos Anos 80

Homenagem do HOLLYWOODIANO, e outros blogs legais de cinema,
ao diretor falecido no início de agosto



Os anos 80 podem ter sido o maior barato, mas não foram fáceis. Se você viveu intensamente aquela época de roupas coloridas, penteados esquisitos e maquiagens cafonas, certamente viu (e compreendeu) os filmes do diretor, produtor, roteirista - e algumas vezes ator e compositor - John Hughes. Falecido no último dia 06 de agosto, o cineasta tentou traduzir as mudanças da década de 80 para pais e filhos, afetados por um período agressivo de transição política e cultural.

Foi a época em que o capitalismo dominou os países em desenvolvimento, inaugurando a cultura voltada para o consumo. Por isso mesmo, a geração revolucionária das décadas passadas enfrentou uma dificuldade danada em educar os próprios filhos, alvos da revanche do governo contra os arquitetos dos protestos dos 60 e 70. A vingança é um prato que se come frio e p
ais com seus idealismos viram seus filhos crescerem alienados e confusos com a chegada dos videogames e os computadores. Houve muita informação para uma geração ainda na idade da pedra do raciocínio tecnológico.

Passar adiante foi uma dificuldade para os jovens da época. Os pais, que entendiam tudo isso muito menos que seus filhos, só sabiam cobrar responsabilidade e comportamento com seus métodos já ultrapassados. No meio de toda essa loucura, o jovem só queria ver o tempo passar, ouvir sua música, namorar, curtir a vida adoidado e se desgrudar da realidade.

Mas filmes como Gatinhas e Gatões (1984), Clube dos Cinco (1985) e Curtindo a Vida Adoidado (1986) tentaram explicar ao jovem o que estava acontecendo. O autor/diretor John Hughes pensou em fazer filmes SOBRE adolescentes e não PARA adolescentes. O cineasta mostrou que entendia o jovem e como deveria ser o seu papel no mundo ao analisar seu comportamento em temas como amor, sexo, educação, trabalho, família e a busca pela felicidade (de preferência, antes que a vida adulta chegue).

E como é impossível entender o jovem sem olhar para a família, Hughes fez filmes como Antes Só do que Mal Acompanhado (1987) e Quem Vê Cara Não Vê Coração (1989). Para o cineasta, a família pode ser formada por parentes, claro. Mas, sobretudo, por amigos. E não há nada como um amigo de verdade para dar a você uma sensação incondicional de conforto e compreensão.

Entre o drama e a comédia, Hughes desvendou a América dos anos 80. Tentou unir pais, filhos e amigos. Quem não pegou isso na época, ainda tem tempo para rever a filmografia do cineasta, que fez muita gente que eu conheço gostar de cinema. E sou um deles.

Abaixo, veja alguns testemunhos de fãs do rei das comédias da década de 80. São visões particulares e emocionantes de amigos deste blog, que reafirmam: sem dúvida nenhuma, seja como diretor, produtor ou roteirista, John Hughes foi um dos mestres que definiu uma geração.

Otavio Almeida / Hollywoodiano


ANTES SÓ DO QUE MAL ACOMPANHADO
(Direção, produção e roteiro de John Hughes)

Pedro Henrique / Tudo é Crítica

As idiossincrasias dos ianques transformadas em divertido filme de comédia. Não há antagonismos, tampouco herói ou vilão. John Hughes fez um filme que explora a solidão humana, mas o faz com muito bom humor e propriedade, afinal ele era o filósofo da puberdade. Antes Só do que Mal Acompanhado é aquele tipo de filme que nos faz lembrar do porque vamos ao cinema.


CLUBE DOS CINCO
(Direção, produção e roteiro de John Hughes)

Denis Torres / Cinemaníaco

Em Clube dos Cinco, os jovens são vistos como eles são: problemáticos e conflituosos. Há pouca ou quase nenhuma idealização do chamado "típico jovem americano". O que contribuiu imensamente para o sucesso deste filme foi a química perfeita entre os cinco atores principais. Porém, nenhum deles teve uma carreira promissora, exceto por Emilio Estevez. Clube dos Cinco foi feito com sinceridade, abertura e sem o selo de politicamente correto. Hoje, até se fazem filmes mais abusados, mas não há uma preocupação com o lado psicológico dos jovens. A música do Simple Minds, Don´t You Forget About Me, fecha com chave de ouro todo o clima mágico e nostálgico que o filme proporciona.


CURTINDO A VIDA ADOIDADO
(Direção, produção e roteiro de John Hughes)

Cassiano Sairaf / Museu do Cinema

A vida passa muito depressa. Não devemos nos levar tão a sério. Existem dois tipos de pessoas nesta vida: aqueles que fazem acontecer e aqueles que perseguem os que fazem acontecer. Qual você quer ser? Nunca se vai longe demais. Nenhum problema é tão grande quanto nossa capacidade de se divertir. Se não pararmos de vez em quando para curti-la, a vida escapa de nossas mãos.


ESQUECERAM DE MIM
(Produção e roteiro de John Hughes)

Vinícius Pereira / Blog do Vinicius

Muitos podem se perguntar como um filme tão ingênuo como Esqueceram de Mim faz tanto sucesso até hoje, mas a resposta não é tão difícil de ser encontrada: são poucas as produções que conseguem manter a magia mesmo após inúmeras revisões. Hughes, que produziu e roteirizou o longa, fez desse filme um dos clássicos da época do Natal numa trama que mostra como um garoto consegue se defender sozinho de dois ladrões quando é acidentalmente deixado sozinho em casa durante o feriado. Uma história simples, mas que Hughes desenvolveu com a paixão de um realizador que sabia como atingir de forma perfeita todos os públicos possíveis.


FÉRIAS FRUSTRADAS
(Roteiro de John Hughes)

Kamila Azevedo / Cinéfila Por Natureza

Dos muitos filmes realizados por John Hughes que tinham a cara da Sessão da Tarde, poucos são uma diversão bobinha tão de qualidade quanto os longas da série Férias Frustradas. Apesar da falta de variabilidade do roteiro, que seguia sempre a família do personagem interpretado por Chevy Chase em busca de férias tão meticulosamente planejadas, mas que sempre acabavam... frustradas, o filme possui um carisma próprio e um charme todo peculiar. O segredo para o sucesso com o público: a capacidade de Hughes de criar situações com as quais podemos nos identificar. E é impossível não ficar torcendo, no final, para que tudo dê certo.


MULHER NOTA 1000
(Direção e roteiro de John Hughes)

Fabio Rockenbach / Cinefilia

John Hughes, alma de menino preso em corpo de adulto, tinha a peculiar capacidade de falar direto ao seu público sem ceder a histrionismos visuais que tanto marcaram a comédia dos anos 80. A trama de Mulher Nota 1000 é tão esdrúxula que se torna um banquete para os sentidos, desligados da sempre rígida realidade. Nerds usando sutiã na cabeça e espinhas na cara tendo, de repente, um mulherão perfeito, criado à base de uma seleção rigorosa nas revistas de mulher pelada escondidas embaixo da cama ou dentro da gaveta? É o tipo de comédia que só cabe em uma época específica, aquela em que Hughes falou direto aos anseios, hábitos e desejos dos adolescentes. Foi o paizão deles. Estamos órfãos.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Assista ao trailer de The Men Who Stare at Goats

George Clooney e Ewan McGregor estrelam este filme promissor


Está na rede o trailer de The Men Who Stare at Goats, adaptação do livro do jornalista britânico Jon Ronson sobre uma divisão do exército americano chamada First Earth Battalion, que, em 1979, teria recrutado pessoas com poderes especiais. É mais ou menos como a famosa escola do Professor Xavier. Só que o filme e o livro alegam que tudo isso aconteceu de "verdade".

Em The Men Who Stare at Goats, Lyn Cassady (George Clooney), um desses X-Men (ou guerreiro jedi, como ele diz no trailer), conta a sua fantástica história ao repórter Bob Wilton (Ewan McGregor). A direção é de Grant Heslov, roteirista e produtor de Boa Noite e Boa Sorte. Com estreia marcada para 6 de novembro nos EUA, o filme ainda tem Kevin Spacey, Jeff Bridges e J.K. Simmons no elenco. Veja o trailer abaixo.


quinta-feira, agosto 27, 2009

Novos pôsteres de 2012

O diretor Roland Emmerich pode ser um picareta,
mas sabe como chamar a nossa atenção

Será que Roland Emmerich (Independence Day, Godzilla,
O Dia Depois de Amanhã) esgotará o assunto "catástrofes" após 2012?


Você sabia que 2012 tem atores como John Cusack no elenco?
Ora, o que estou dizendo? Quem se importa?

Cristo... Pelo menos, Roland Emmerich vai acabar
com o crime organizado e a diretoria do Flamengo.



Com John Cusack, Woody Harrelson, Amanda Peet, Chiwetel Ejiofor, Danny Glover, Thandie Newton, Oliver Platt e Thomas McCarthy, 2012 estreia no dia 13 de novembro nos cinemas. Sim, de 2009.

quarta-feira, agosto 26, 2009

The Hurt Locker


Sob qualquer ponto de vista, The Hurt Locker (2009) é o melhor filme já feito sobre a Guerra do Iraque. Mas isso chega a ser redundante, afinal não existem tantas produções assim sobre um conflito tão recente, que os próprios americanos ainda estão digerindo. A diretora Kathryn Bigelow, então, concentrou-se nas pessoas que convivem com o horror da guerra diariamente e não no horror propriamente dito.

Não que o filme seja visualmente contido, afinal The Hurt Locker é um esforço e tanto de uma surpreendente Kathryn Bigelow (Caçadores de Emoção, Estranhos Prazeres, K-19: The Widowmaker) para chamar a atenção do povão, que não vê a CNN, com um mix visceral de ação e suspense, ilustrando, na medida do possível, a dura realidade dos soldados americanos no Iraque.


Bigelow captura a essência do combate, assim como suas complicações morais e a influência disso tudo na vida de um soldado. Mas também dá um show para quem conhece a guerra pelos videogames. É um casamento perfeito entre os melhores recursos oferecidos por Hollywood e as influências do estilo documentarista. O espectador se sente no Iraque graças a uma câmera dominada pela tensão, mas que também conta com a fotografia queimada pelo sol de Barry Ackroyd e a montagem mais competente do ano, assinada por Chris Innis e Bob Murawski. É realidade, mas não deixa de ser cinema.


Porém, o terreno não é o que mais importa para a diretora. The Hurt Locker é, principalmente, um fascinante estudo de personagens, podendo ser visto como um filme sobre vícios e viciados. Bom, pelo menos UM viciado. O Sargento William James (Jeremy Renner, em atuação digna de indicação ao Oscar) está no Iraque para desarmar bombas. Ele tem o pior trabalho do mundo, mas parece amar o que faz. Está certo que alguém precisa cortar os fios e não existe ninguém melhor do que ele. Mas pelas palavras de Chris Hedges, ex-correspondente de guerra do The New York Times, que abrem o filme, o Sargento James é mesmo viciado na adrenalina do combate. Só não pense que sua personalidade é escancarada na tela por Kathryn Bigelow e Jeremy Renner. Nada é óbvio em The Hurt Locker.

Se a maioria quer seguir as regras e voltar o quanto antes para casa, James não consegue ficar longe do inferno. Do contrário, sua vida não tem sentido. Então, será que estamos falando de vício ou amor? E se ele realmente ama desarmar bombas? Pode ser que The Hurt Locker questione se há uma interligação entre amor, desejo, loucura, sofrimento e vício em algum lugar dentro do ser humano. Mas como eu disse, nada é óbvio neste filme.

Minha visão pessoal? The Hurt Locker só tem pose de diferente. O Sargento James ama a sua família, mas jamais trairá seu verdadeiro "eu". São demonstrações da razão da existência do homem na Terra. Por mais que as pessoas não compreendam seus métodos, James, assim como todos nós, está aqui para ser feliz. Sim, The Hurt Locker não deixa de ser tudo o que eu escrevi acima. Mas, particularmente, vejo o filme como uma ode original à procura pela felicidade e não exatamente sobre os traumas que a guerra causa no homem.



O ótimo roteiro de Mark Boal, repórter de guerra que também escreveu No Vale das Sombras (outra análise hollywoodiana sobre o Iraque), pode jogar com a experiência de quem esteve lá. Mas The Hurt Locker busca originalidade na abordagem de um dos temas mais adorados pelo cinemão: a felicidade a qualquer preço. Pode trair "a volta para casa" e "a importância da família", outras duas vertentes da indústria, mas não deixa de ser correto. E que mal há nisso? The Hurt Locker chega onde Hollywood quer, mas, pelo menos, pega uma outra estrada.

E existe algo mais clássico do que uma trilha sonora marcante? A composição melancólica de Marco Beltrami e Buck Sanders, que surge nos raros momentos de silêncio, fica para o espectador, como a guerra fica para o soldado. The Hurt Locker é como a droga. Dá aquela adrenalina no começo, mas logo vem o soco no estômago e a sensação de depressão. E, estranhamente, você não vê a hora de repetir a dose. Para Hollywood, não há nada melhor do que unir arte com ambições comerciais.

Obs: "The Hurt Locker" foi lançado diretamente em DVD no Brasil, pela Imagem Filmes, com o título "Guerra ao Terror".

The Hurt Locker (2009)
Direção: Kathryn Bigelow
Roteiro: Mark Boal
Elenco: Jeremy Renner, Anthony Mackin, Brian Geraghty, Christian Camargo, David Morse, Ralph Fiennes, Guy Pearce e Evangeline Lilly

terça-feira, agosto 25, 2009

O triste destino de The Hurt Locker no Brasil

Um dos filmes mais elogiados do ano pela crítica americana
está nas locadoras do País desde abril. E perguntamos: Você sabia disso?

O Brasil não é uma bagunça só na política e no futebol. Olha só essa: Uma das produções mais prestigiadas pela crítica americana neste ano foi lançada aqui diretamente em DVD pela Imagem Filmes. Trata-se de The Hurt Locker, longa sobre um grupo de soldados ianques na Guerra do Iraque. Quer saber o que é pior? O filme está nas prateleiras das locadoras do País desde abril. Quer mais? The Hurt Locker tem a maior nota do ano no site Metacritic, que reúne as opiniões dos principais críticos americanos.

Há desculpas para isso? E de quem é a culpa? Para começo de conversa, vários fatores explicam o lançamento de um filme em DVD antes mesmo de sua exibição nos cinemas. Muitas vezes, os estúdios não sabem como vender seus produtos. Isso geralmente acontece quando uma produção é obviamente cult, sendo direcionada a um público específico, algo que joga no lixo qualquer ambição comercial do estúdio. Ou então, o filme tem atores desconhecidos pelo público local, como foi o caso do britânico Simon Pegg na época de Chumbo Grosso e Todo Mundo Quase Morto. Em outras situações, o filme é uma bomba mesmo e ninguém quer segurar a bucha.

Mas o buraco é mais embaixo e nem sempre a verdade chega ao público. Grande parcela de culpa deve ser atribuída a importantes exibidores do País, que simplesmente assistem a um filme e não gostam. Sério. É uma bobagem que acaba decretando o destino de uma produção no Brasil: O cinema ou as locadoras.

No caso de The Hurt Locker, alegar que o filme não tem ator famoso não cola, afinal Guy Pearce e Ralph Fiennes estão no elenco. Até a diretora é conhecida: Kathryn Bigelow, que fez Caçadores de Emoção, Estranhos Prazeres e K-19: The Widowmaker. Dizer que a Guerra do Iraque não leva o público brasileiro aos cinemas também seria inaceitável. Sem falar que o filme ainda tem ingredientes de sobra para agradar à geração do videogame. Não queremos pedir muito, mas uma pequena pesquisa e um mínimo de conhecimento de mercado denunciariam a importância de The Hurt Locker. Claro que ainda é cedo para falar em Oscar, Globo de Ouro e prêmios da crítica, mas seria engraçado - para não dizer outra coisa - ver um filme lançado diretamente em DVD indicado nas principais categorias.

Mas o que será que impediu a estreia de The Hurt Locker nos cinemas brasileiros? Bug? Falta de conhecimento a respeito do produto distribuido? Incompetência? Falta de pesquisa? Preguiça? Enfim, não há desculpas. O negócio é alugar Guerra ao Terror (sim, este é o título nacional para The Hurt Locker) ainda nesta semana. Vai que retiram o DVD das locadoras. Nesse país, tudo é possível.

segunda-feira, agosto 24, 2009

Veja o teaser do novo filme de Christopher Nolan

A misteriosa ficção científica "Inception" é o primeiro filme
assinado pelo diretor após o sucesso de "O Cavaleiro das Trevas"




Estranho, não? Mas, como estratégia de marketing, o teaser de Inception parece muito mais intrigante que a primeira prévia de Avatar, que dominou a rede nos últimos dias.

Com direção de Christopher Nolan (Batman Begins, O Grande Truque, Batman - O Cavaleiro das Trevas), Inception tem Leonardo DiCaprio, Marion Cotillard, Ellen Page, Cillian Murphy, Joseph Gordon-Levitt, Ken Watanabe e, claro, Michael Caine no elenco.
A estreia é prevista para o dia 16 de julho de 2010 e, segundo a Warner, o filme se chamará A Origem no Brasil.

sexta-feira, agosto 21, 2009

Se Beber, Não Case


Minha intenção não é atacar Judd Apatow, taxado de rei da comédia atual, graças a filmes como O Virgem de 40 Anos e Ligeiramente Grávidos, mas é bom começar a prestar mais atenção no diretor Todd Phillips (Caindo na Estrada, Dias Incríveis), que assina a melhor comédia do ano: Se Beber, Não Case, título nacional esdrúxulo para o original The Hangover (A Ressaca).

A comparação não é mera coincidência, afinal os dois cineastas contam histórias divertidíssimas que tratam de situações dramáticas e cômicas ressaltando a importância da amizade no universo macho. Mas enquanto Apatow é da turma hollywoodiana que tenta mostrar (e provar) uma inteligência forçada e, por isso mesmo, exagerada em cada diálogo ou cena, Phillips parece mais "desencanado" e focado na realidade. E acredite: o nosso dia a dia está cheio de situações fantásticas e (por que não?) exageradas.

Sabendo disso, Todd Phillips parte de um roteiro bem amarrado de Jon Lucas e Scott Moore para narrar, com extrema sinceridade, a viagem de quatro amigos - Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms), Alan (Zach Galifianakis) e o noivo, Doug (Justin Bartha) - a Las Vegas para celebrar uma inesquecível despedida de solteiro. Felizmente, o humor não brota necessariamente de diálogos preparados, mas da naturalidade do quarteto, que logo vira trio.


Dois dias antes do casamento de Doug, os outros três amigos perdem o noivo de vista após uma épica noite de bebedeira na cidade do pecado. Eles acordam numa suíte do luxuoso e famoso Caesars Palace na companhia de uma galinha, um tigre e um bebê, sendo que Stu percebe que falta um dente em sua boca. A partir deste momento, o trio corre contra o tempo para reconstituir cada passo da noite anterior e, claro, encontrar Doug antes que sua noiva tenha um ataque de nervos. Com surpresas que surgem quando você menos espera, Todd Phillips, Jon Lucas e Scott Moore respondem a todas as perguntas - exceto uma, que (você verá) não tem a mínima importância - e ainda aproveitam os créditos finais para isso. Uma observação negativa direcionada para a distribuidora do filme no Brasil: os sensacionais créditos que encerram Se Beber, Não Case foram censurados. Você notará. Mas será que a ditadura (sem trocadilhos) voltou?

Enfim, além do roteiro bem conduzido pelo diretor, Se Beber, Não Case não poderia ter sido mais feliz numa inesperada escolha de elenco. Note que não temos as caras de sempre de Ben Stiller, Owen Wilson, Seth Rogen, Jim Carrey, Adam Sandler, Will Farrell e tantos outros nomes que são figurinhas fáceis nesse tipo de filme. Além de rostos novos, os atores principais de Se Beber, Não Case atuam como se fossem astros que realmente valem o meu e o seu dinheiro.


Bradley Cooper (Phil), um dos maiores galãs coadjuvantes da atualidade (Ele Não Está Tão a Fim de Você, Sim Senhor, Penetras Bons de Bico), aproveita aqui a sua grande chance para garantir um lugar ao sol de Hollywood. Ed Helms (Stu) será reconhecido pelos fãs da (ótima) série The Office. Com ou sem dente, ele dá um show como o cara mais certinho do grupo. Justin Bartha (Doug) foi visto nos dois filmes de A Lenda do Tesouro Perdido, debaixo da sombra de Nicolas Cage. Por razões óbvias, ele aparece pouco, mas não deixa de ter seus momentos. Porém, o nome mais surpreendente é o do gordinho barbudo Zach Galifianakis (Alan), que, sem dúvida, será um dos melhores atores coadjuvantes na lista de fim de ano aqui do blog. Mas com aquela barba, juro que jamais identifiquei que Zach era um dos nomes do elenco da série Tru Calling e do filme Jogo de Amor em Las Vegas, protagonizado por Ashton Kutcher e Cameron Diaz. Quem diria que ele teria um timing simplesmente perfeito para comédia? E quando você apostaria que um filme como Se Beber, Não Case terminaria o ano como um dos maiores sucessos de bilheteria da indústria?


Este é outro ponto que diferencia Se Beber, Não Case do lugar comum: a ausência total de adolescentes na linha de frente do filme. Isso quando todos nós sabemos que o público-alvo de Hollywood é teen, afinal são eles que enriquecem os estúdios. Se Beber, Não Case é uma jornada noite adentro de quatro adultos colocando para fora sonhos que jamais seriam concretizados ao lado de suas esposas ou namoradas. É filme de macho, algo que só homem entende.

Por vezes, o humor pode ser até grosseiro, mas não há espaços para preconceitos, afinal Se Beber, Não Case é conversa de homem para homem. Assim como Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Kristin Davis e Cynthia Nixon curtem a vida adoidadas de forma intensa e independente, Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis e Justin Bartha fazem de Se Beber, Não Case o Sex and the City masculino. Sem sexo, mas com ressaca. E... Mike Tyson.

Para encerrar, Todd Phillips mostra que também sabe selecionar uma boa trilha para seus filmes. Como poucos diretores, prova que a música certa na hora certa faz toda a diferença. Repare no final, durante uma animada festa, o que a bandinha faz com Candy Shop, de 50 Cent. É de rachar o bico, mas, ao mesmo tempo, revela a intenção do diretor: os brutos também amam, mas continuam brutos.


Se Beber, Não Case (The Hangover, 2009)
Direção: Todd Phillips
Roteiro: Jon Lucas e Scott Moore
Elenco: Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Justin Bartha, Heather Graham, Ken Jeong e Mike Tyson

quinta-feira, agosto 20, 2009

Trailer e novas imagens de Avatar

Confira novas fotos e o tão esperado trailer do novo filme de James Cameron


Mergulho no céu de Pandora


Wolverine não é o responsável por essas cicatrizes


Giovanni Ribisi e Sigourney Weaver esperam pelo trailer


Sam Worthington antes da aventura começar


Michelle Rodriguez não aguenta mais ver fotos



Agora sim. Veja o primeiro trailer de Avatar aqui no Hollywoodiano:


quarta-feira, agosto 19, 2009

Brüno


Quando o falso documentário Borat estreou em 2006, o mundo inteiro foi surpreendido pelo ator inglês Sacha Baron Cohen. O personagem era conhecido por meia dúzia de fãs de seu programa de TV Da Ali G Show, mas a estratégia de misturar realidade e ficção com altas doses de humor agressivo na tela do cinema, certamente, atingiu um número mais abrangente de "consumidores".

Imagine, então, ver um filme como Borat, em plena Era Bush, tendo a audácia de criticar o presidente dos EUA, seu governo, e o american way of life. Como grande parte dos americanos desaprovava ações e reações de Bush naquela época, o povo riu de seus próprios costumes e preconceitos, comprando a brincadeira com muito prazer. E assim o mundo aprovou Sacha Baron Cohen. Bom, pelo menos, a maioria.

Na verdade, Hollywood compreendeu sua importância para o momento e, apesar das opiniões dos (vários) detratores, Cohen chegou para ficar. Três anos depois, ele resolveu apostar na mesma fórmula de seu cartão de visita, mas com outro personagem de Da Ali G Show, o fashionista austríaco Brüno (Brüno, 2009). Embora seja bem engraçado, o filme perde feio numa comparação inevitável com Borat.

Entenda: Brüno está longe de ser ruim, mas a sensação de originalidade, o fator surpresa, claro, não existe mais. Além disso, há um aspecto que atrapalha. O problema não é ser preconceituoso, afinal ninguém aguenta mais o politicamente correto (e o fair play, diga-se de passagem), mas ridicularizar o universo gay nos dias de hoje, convenhamos, já é piada velha. Talvez por isso que Sacha Baron Cohen, também autor do roteiro, e o diretor Larry Charles apostem em cenas (hilariantes) de gosto duvidoso numa escala ainda maior que Borat, que por sua vez, tem um poder crítico mais forte e ousado. Enquanto o filme do repórter do Cazaquistão sacudiu a Era Bush na hora certa - como Michael Moore também fez em Fahrenheit 11 de Setembro, mas na hora errada -, Brüno ataca a obsessão pela fama, que não deixa de ser uma discussão atual. Porém, sinceramente, não é a primeira vez que vemos isso na telona. Mas graças ao talento de Sacha Baron Cohen para provocar e divertir, Brüno funciona, mesmo sem o equilíbro perfeito de Borat entre a crítica e a grosseria. E como o filme é bem curto (cerca de 1h20), não dá tempo de reclamar.



Brüno começa com imagens típicas de documentário, mas, diferente de Borat, não se assume como tal - até o roteiro parece mais redondinho. Famoso por apresentar um programa de moda na TV, Brüno (Sacha Baron Cohen) vira persona non grata no mundo fashion do continente europeu ao pagar um mico gigantesco numa edição do Milan Fashion Week. Abandonado pelo namorado pigmeu e afastado à força dos holofotes, ele tenta a sorte nos EUA, terra das oportunidades (e das celebridades com registro em carteira). Se Paris Hilton conseguiu, por que não Brüno?

Sua jornada rumo à fama é um prato cheio para Cohen destilar veneno. Em seus atos "inocentes", lembramos de papagaiadas de Tom Cruise, Angelina Jolie, Madonna, Pamela Anderson, Paris Hilton, Milli Vanilli... e a ladeira só desce. Prepare-se para viajar entre situações cômicas e doentias com Paula Abdul sentando em mexicanos, além de um ridículo nu frontal masculino, swingers party, sexo oral espírita, transas sadomasoquistas, videoclipe estilo We Are the World e brincadeiras com o bom (e o mau) gosto dos diferentes perfis gays.

Como em Borat, a sacada está em deixar o público voyeur observar a reação de cada pessoa abordada por Brüno. Tentar desvendar o que foi combinado ou não é o maior barato. E não adianta sair do cinema reclamando do humor proposto por Sacha Baron Cohen. Ou será que você ainda não sabe quem ele é? Se estivéssemos em 2006, eu até aceitaria essa desculpa. Agora, quem desdenha, quer comprar.

Apesar da leve brisa de decepção na saída do cinema, não dá para ficar sério diante de um filme que traz Harrison Ford dizendo FUCK OFF ao protagonista numa cena que termina com a exibição de um pinto dançante e falante. Quase não sobrevivi de tanto rir.


Brüno (Brüno, 2009)
Direção: Larry Charles
Roteiro: Sacha Baron Cohen, Anthony Hines, Dan Mazer e Jeff Schaffer (Baseado em personagem criado por Sacha Baron Cohen para o programa de TV Da Ali G Show)
Elenco: Sacha Baron Cohen, Gustav Hammarsten e Clifford Bañagale

terça-feira, agosto 18, 2009

Arraste-me Para o Inferno


Sam Raimi se deu bem com os filmes da série Homem-Aranha, mas o diretor nasceu para fazer terror gore com sangue, vômitos, bocas babadas, dentaduras nojentas, cabras falantes, bigornas, encostos, bruxas, possessões, luzes, sombras, sons agonizantes e outros elementos facilmente chocantes do gênero. Raimi consegue ser nervoso ao extremo e, ao mesmo tempo, mantém um habilidoso senso de humor reforçado por movimentos de câmera rápidos e a troca incessante de planos e contraplanos, além de contar com uma trilha à moda antiga ensurdecedora composta por Lalo Schfrin. Assim é Arraste-me Para o Inferno (Drag me to Hell, 2009), terror de verdade, que prova que Sam Raimi não pode (e não merece) ser um eterno escravo de produtores e estúdios interessados em franquias bilionárias. Em outras palavras: Ele é um excelente diretor, que tem o direito de experimentar coisas novas, mas que precisa voltar sempre que possível ao seu território favorito.

No filme, Christine Brown (Alison Lohman, ótima), candidata à vaga de gerente de crédito bancário, nega mais um empréstimo à estranha Sra. Sylvia Ganush (Lorna Raver, fabulosa). A moça, claro, não sabia que a velha era uma bruxa cigana. Muito menos que seria alvo de uma maldição da desgraçada: Durante três dias, Christine será atormentada por um demônio chamado Lâmia. Logo depois, será arrastada para o inferno. Simples assim.

Quem conhece as origens do diretor vai reparar em sua assinatura nas cenas mais impressionantes do longa, que mesclam CGI e trucagens básicas.
Saudosistas podem reclamar do uso de computação gráfica em alguns momentos, mas será que é problema fazer um bom filme de terror com um orçamento generoso? Aposto que Sam Raimi queria essa grana quando rodou Evil Dead no início dos anos 80.


Deixando o terror de lado (se isso é possível), há um detalhe que me chamou a atenção na trama de Arraste-me Para o Inferno. Em tempos de crise financeira, será que a maldição imposta pela Sra. Ganush representa a vingança do povo? O capitalismo pode nos levar para o inferno? Estamos numa época em que a esmagadora maioria das pessoas é intolerante, como a Sra. Ganush, e individualista, como Christine. A personagem interpretada brilhantemente por Alison Lohman, no entanto, não deve ser considerada como a vilã da história. Acredito que ela é uma vítima do sistema que todos nós conhecemos.

Lá no fundo, Christine é uma boa pessoa, mas que, por cobiça, toma uma decisão que a beneficia, mas que prejudica a Sra. Ganush. Por outro lado, a velha coroca não quer saber se o chefe de Christine é o grande culpado. Muito menos avalia as ramificações do corporativismo para identificar o responsável por sua situação - sendo que ela mesma tem uma parcela de culpa no cartório. Ao rogar praga sem dó nem piedade à menina, a Sra. Ganush representa a parte do povo que não compreende o sistema e aponta seus bodes expiatórios. Na verdade, a intolerância e o individualismo andam de mãos dadas em nossa sociedade e todo mundo teme cruzar com uma Sra. Ganush pelo caminho. São pequenos devaneios, claro. Acima de qualquer coisa, acredito que o filme foi feito para divertir o público. E Sam Raimi é bem-sucedido neste ponto.

Isso não quer dizer que Arraste-me Para o Inferno estimule Hollywood a investir novamente neste tipo de filme ainda incompreensível para a geração atual. Por incrível que pareça, não foi feito para o povão, mas para cinéfilos que admiram qualquer gênero da sétima arte. Quem tem memória curta, pode reclamar da ausência de cacoetes do cinemão de horror nos últimos anos, como meninas de cabelos escuros cobrindo o rosto, reviravoltas mirabolantes de roteiro no final do filme ou violência sádica. Arraste-me Para o Inferno é nada mais, nada menos que uma viagem no tempo dentro do gênero. É terror como se fazia nos anos 80, muito antes de Hollywood ficar sem ideias e descobrir os exemplares japoneses, além de distorcer longas como O Silêncio dos Inocentes e Seven - abandonando o psicológico e apostando no sangue e na carne - em busca do torture porn.



Raimi sabe que o terror verdadeiro vem do desconhecido ou do sobrenatural. Como poucos, consegue extrair comédia do horror sem jamais cair no ridículo. Digamos, então, que ele seja um pintor capaz de extrair medo da luz e humor da escuridão. Mas Raimi também é um exímio contador de histórias e acerta ao colocar o espectador ao lado de Christine. Acompanhar sua jornada é viciante. Dá vontade de repetir a dose por duas, três ou quatro vezes. Em DVD, as cenas memoráveis serão revistas até gastar o disco.

É aquele filme que faz desaparecer o olhar de crítico para dar lugar ao olhar de fã. E isso é um elogio, afinal, quantas produções, hoje em dia, têm esse poder? Como bom entendedor de cinema, o diretor sabia o que estava fazendo. De quebra, ainda entregou um final espetacular, que jamais será esquecido. Só espero que ele explore, cada vez mais, a sua assinatura. São por essas e outras razões, embora eu admire MUITO Homem-Aranha 1 e 2 (o 3 nem o diretor gosta), que rezo para Sam Raimi não ser arrastado para o inferno de Hollywood.


Arraste-me Para o Inferno (Drag me to Hell, 2009)
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Sam Raimi e Ivan Raimi
Elenco: Alison Lohman, Justin Long, Lorna Raver, Dileep Rao, David Paymer, Reggie Lee e Adriana Barraza

E LEIA TAMBÉM:
"OS 10 MELHORES FILMES DE TERROR"
Antes de "Arraste-me Para o Inferno", claro.

segunda-feira, agosto 17, 2009

G.I.Joe - A Origem de Cobra


Olha, eu acho que não cresci ranzinza. Lembro-me com carinho de belas produções made in Hollywood com a única intenção de divertir o público. Esses filmes são constantemente citados aqui no blog e você deve estar careca de saber quais são os títulos. Portanto, não serei repetitivo ao citá-los. Mas houve uma época em que os filmes saíam dos sonhos que marcaram a infância de bons produtores, roteiristas e diretores. Todo mundo queria ganhar dinheiro, claro, mas eram filmes feitos com coração. É por isso que ninguém saía do cinema lembrando apenas das cenas de ação ou dessa ou aquela fala escrita para dar um alívio cômico no meio de tanta barulheira. O que ficava era o conjunto. Algo que marcava as nossas vidas para sempre.

Veja, por exemplo, o caso de G.I.Joe - A Origem de Cobra (G.I.Joe - The Rise of Cobra, 2009). Tem ação pra cacete, efeitos mirabolantes, mas lá pela meia hora de filme, você nem lembra que está vendo uma "adaptação" dos sensacionais bonequinhos oitentistas da Hasbro. Aliás, muita gente deve até esquecer que há algo para ver na tela, além de cenas de ação que parecem retiradas de games de última geração. Na hora, até que funciona. Mas será que, dias depois, um produto desses permanece na cabeça de alguém? Pode não ficar como cinema, mas Hollywood sabe o que faz.



Antes de explicar, tenho uma pergunta: Será que é só comigo ou você também acha que os filmes de entretenimento estão cada vez mais parecidos com desenhos animados? Falo isso no mau sentido mesmo, até porque temos grandes animações desde que me conheço por gente. E um bom desenho animado, pode notar, nunca é exclusividade do público infantil. Antigamente, acredito eu, esses filmes estimulavam a criança dentro de cada adulto. Estimulavam a nostalgia e a imaginação. Para as crianças, seus heróis das telas personificavam tudo o que ainda gostariam de fazer na vida. Antes, os estúdios tentavam adivinhar exatamente o que o público queria ver. Hoje, coisas como G.I.Joe - A Origem de Cobra, são resultados frios de várias discussões entre pessoas que fazem cinema para lucrar. Para o público-alvo, não fica nada. Pelo contrário, ele só perde tempo e dinheiro. Aliás, este último ingrediente verde é o que interessa.

Para explicar, devo admitir: Caímos direitinho nessa. Antes, os estúdios corriam atrás da gente. Hoje, nós corremos atrás deles. A situação foi invertida. Antes, a venda de bonequinhos inspiravam os estúdios a criarem filmes que representassem os nossos sonhos para roubar o público de casa e mostrar que o cinema também é um lugar para voltar a ser criança. Hoje, esse tipo de filme é parte de um plano maquiavélico da indústria do entretenimento para forçar o cérebro a reconhecer o que é bom e divertido sem que ninguém tenha capacidade de escolha ou opinião própria. Funciona assim: Entra e sai do cinema, depois, como próximo passo da cadeia evolutiva, passa na loja para comprar o brinquedo promovido pelo filme. Ou vice-versa. Quem trabalha com filmes está conectado com profissionais da música, da TV, dos games, dos quadrinhos e dos fabricantes de bonecos e outros brinquedos. É a troca de mercadorias por trabalho. Cinema virou escambo.


É claro que o diretor Stephen Sommers, que fez A Múmia e Van Helsing, não é um visionário. Muito menos admitirá a existência dessa louca teoria da conspiração. E a culpa não é toda dele. O cara é um operário padrão, que faz o que o estúdio quer. É claro que temos exceções neste meio, mas Stephen Sommers é a regra. E não dá para reclamar do homem que fez os filmes citados acima, certo? Ele é apenas mais uma peça na arquitetura da destruição de nosso livre arbítrio cultural.

G.I.Joe, o filme e não os bonecos (coitados), tem um fiapo de história com diálogos esquecíveis, que só estão lá para preencher a minutagem ideal para a divisão de sessões de cinema em qualquer sala de exibição do mundo: Duas horas. A lavagem cerebral é construída em cima de três sequências de ação que intercalam as curtas passagens do roteiro dedicadas à trama. Uma delas acontece em Paris e põe a Torre Eiffel abaixo. Ei, pelo menos deixaram Nova York em paz. A sequência foi concebida para ser a melhor do longa. De fato, é uma correria danada com os heróis saltando mísseis, carros em movimento e atravessando trens à toda velocidade. Não dá tempo pra raciocinar. Tudo é trabalhado de forma minuciosa para capturar meninos que idolatram Ben 10 e Clone Wars, dois desenhos de audiência monstruosa nos dias atuais, que não passam de reciclagens de todo o lixo cultural, que em um belo dia, devidamente separado, serviu para alguma coisa.

Neste sistema, dificilmente serei ouvido. Mas alerto: É melhor ficar em casa e jogar Halo ou Gears of War, games que oferecem uma interatividade muito maior entre o público e a ação criada. E, ao contrário de G.I.Joe, possuem roteiros muito bem trabalhados. Você não acredita em games? Então brinque com seu filho, sobrinho ou irmãozinho com sua nostálgica coleção de bonequinhos. Aposto que vocês construirão um enredo mais interessante e empolgante. Sairá mais barato e ainda sobrará dinheiro para alugar um DVD de qualquer clássico dos anos 80 produzido por Steven Spielberg, que realmente mereça ser mostrado ao seu pequeno herdeiro.

G.I.Joe - A Origem de Cobra (G.I.Joe - The Rise of Cobra, 2009)
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stuart Beattie, David Elliot, Paul Lovett, Michael Gordon e Stephen Sommers (Baseado nos bonecos da Hasbro)
Elenco: Dennis Quaid, Channing Tatum, Sienna Miller, Marlon Wayans, Joseph Gordon-Levitt, Ray Park, Christopher Eccleston, Brendan Fraser, Rachel Nichols, Jonathan Pryce, Arnold Vosloo e Adewale Akinnuoye Agba

sexta-feira, agosto 14, 2009

Os 10 melhores filmes de terror

Pronto para encarar a estreia de "Arraste-me Para o Inferno"?
Antes, relembre os maiores filmes de terror de todos os tempos.

1 - O Exorcista (1973), de William Friedkin

Todo mundo tem medo deste filme. Mesmo com seus efeitos visuais do início da década de 70, O Exorcista jamais envelheceu. E a maioria ainda lembra que é o filme de terror sobre a menina (Linda Blair) possuída pelo Demônio e o drama de sua mãe (Ellen Burstyn) tentando salvá-la. Desesperada, ela pede ajuda ao Padre Karras (Jason Miller). Mas tente ver por este lado: O roteiro de William Peter Blatty, baseado em seu livro, é focado em Karras, um homem dividido entre o Céu e a Terra, que resolve ajudar a mãe de uma menina que foi abraçada pelo capeta. O filme é sobre o padre, afinal o título é O Exorcista. Deste ponto de vista, o clássico de William Friedkin (Operação França) é brilhante como cinema e tem um dos melhores roteiros já feitos. Mas você também pode ficar a vontade para ver O Exorcista como o filme da menina possuída, claro. Numa coisa, todos concordam: É o favorito de nove entre dez cinéfilos quando o assunto é terror.


2- O Iluminado
(1980), de Stanley Kubrick

Stephen King odeia esta adaptação de Stanley Kubrick para um de seus livros mais famosos. Mas os cinéfilos idolatram este que é um dos filmes mais assustadores de todos os tempos. Para a garotada que vai ao cinema hoje em dia, O Iluminado pode parecer incompreensível no que diz respeito ao culto de adoração que existe ao seu redor. Kubrick não constriu uma obra carregada de sustos fáceis. O maior de todos os horrores está guardado na mente humana. E quando isso vem à tona, as barreiras entre a loucura e a sanidade se perdem entre machados, corredores vazios de um hotel no meio do nada e, principalmente, os berros ensurdecedores de Shelley Duvall. O pior é que ninguém, além da plateia, pode ouvi-la. Stephen King pode ser um grande escritor, mas não entende nada de cinema.


3- A Profecia (1976), de Richard Donner

Pais de primeira viagem não esquecem jamais esta experiência. Mas o que fazer quando algumas pessoas tentam convencê-lo de que seu pequeno herdeiro é ninguém mais, ninguém menos que o filho do Diabo? Por mais que você acredite na verdade, o mais difícil é aceitá-la. Contra a própria vontade, lá no fundo, você sabe que precisa impedir que a criança cumpra o seu destino. E este é o dilema aterrorizante de Gregory Peck, em A Profecia, o melhor filme de Richard Donner, diretor de grandes sucessos como Superman, Os Goonies e a série Máquina Mortífera. O mal representado pelo rostinho inocente de uma criança é uma ideia, no mínimo, abominável. Mas que, graças a Deus, deu certo. Ajuda muito ver o filme com o volume bem alto para curtir os sustos e os arrepios provocados pela trilha do maestro Jerry Goldsmith, que, claro, levou o Oscar.



4- O Bebê de Rosemary (1968), de Roman Polanski

O Bebê de Rosemary deveria ser visto por todo diretor e roteirista antes de filmar ou escrever qualquer exemplar do gênero. Roman Polanski ensina (ou lembra) que o frio na espinha e a sensação de medo vêm do desconhecido. Se você não vê, o medo aumenta. É a voz que vem do fim do corredor e você não sabe de quem é. É o barulho do vento que vem debaixo da porta. São aqueles passos no andar de cima. Medos básicos, que nascem em nosso inconsciente enquanto somos crianças. A platéia não precisa ver, mas sentir. (Leia a crítica completa
aqui).


5- Poltergeist: O Fenômeno (1982), de Tobe Hooper

Lembro que não consegui dormir direito quando assisti ao filme pela primeira vez. Ok, eu era uma criança, então dê um desconto. Mas achei que os espíritos me puxariam para a TV ou que os brinquedos no meu quarto ganhariam vida e me arrastariam para debaixo da cama. Depois de Poltergeist, o cinema nunca mais acertou no quesito casa mal-assombrada. O filme foi dirigido por Tobe Hooper, de O Massacre da Serra Elétrica. Diz a lenda que ele se desentendeu com o produtor Steven Spielberg e perdeu a briga. Muitos alegam que Steven assumiu o controle da produção e ainda acrescentou um final alternativo. em relação ao roteiro original. Mesmo assim, Poltergeist impressionou e marcou época. Numa de suas raras declarações, o grande Stanley Kubrick disse que filmes de terror com espíritos ou assombrações significam otimismo, afinal é a esperança de que há vida após a morte. Steven parece compartilhar dessa idéia.



6- Um Lobisomem Americano em Londres (1981), de John Landis

Existem bons filmes de lobisomem como Grito de Horror e Bala de Prata, mas nenhum deles teve o impacto de Um Lobisomem Americano em Londres. Fazer filmes de terror é uma arte. Imagine então equilibrar terror e comédia sem cair no ridículo e, acima de tudo, manter a proposta de assustar. É o que John Landis fez neste clássico moderno em que dois amigos americanos são atacados por um lobo na Inglaterra. Um deles morre. O outro sobrevive somente para sofrer uma lenta e dolorosa transformação à luz do luar. A cena em que o ator David Naughton vira lobisomem impressiona até hoje. É de deixar o queixo no chão. Trata-se de um trabalho magnífico de Rick Baker, que faturou o merecido Oscar de Melhor Maquiagem. Não há computador que supere este milagre do cinema.



7- A Morte do Demônio (1981), de Sam Raimi

O primeiro (e melhor) filme da trilogia Evil Dead, de Sam Raimi, infelizmente, envelheceu. A geração de hoje, que adora A Bruxa de Blair, deve ter uma série de dificuldades para apreciar este filme de baixíssimo orçamento extremamente criativo em seus movimentos de câmera. Mas para quem veio dos anos 80 (ou antes), Evil Dead permanece tenso, nojento e engraçado. É filme de horror de primeira qualidade com sangue, vísceras e gosma, mesmo com efeitos, maquiagem e outros truques para lá de datados. Evil Dead revelou o diretor Sam Raimi, que ainda faria os filmes do Homem-Aranha e Arraste-me Para o Inferno. De quebra, Evil Dead contou com um certo Joel Coen trabalhando como editor-assistente.



8- A Hora do Espanto (1985), de Tom Holland

O diretor Tom Holland fez A Hora do Espanto e, três anos depois, Brinquedo Assassino (Sim, o primeiro é muito bom), mas logo desapareceu do mapa. Se você tiver notícias dele, por favor, avise este blogueiro. E com todo o respeito a clássicos estrelados por Bela Lugosi, Christopher Lee e dirigidos por Murnau, Herzog e Coppola, A Hora do Espanto é o melhor filme de vampiro já feito. Na onda de Um Lobisomem Americano em Londres e A Morte do Demônio, este filme é mais um ótimo exemplar do "terrir", uma mistura de terror e comédia. Além disso, A Hora do Espanto é uma criativa homenagem aos filmes de vampiro, mas tem personalidade e originalidade de sobra para ser facilmente reverenciado como uma das melhores produções dos anos 80.


9- A Noite dos Mortos Vivos (1968), de George A. Romero

Com este clássico, o diretor George A. Romero inventou o gênero "filme de zumbi". Ok, próximo.



10- A Hora do Pesadelo (1984), de Wes Craven

Desde pequenos que sofremos com pesadelos. Mamãe e papai cansaram de nos ensinar que eram apenas sonhos ruins. Agora, imagine se um cara de aparência repugnante com um chapéu feio e fedido, além de uma camisa velha da Portuguesa e uma horripilante luva na mão direita com navalhas no lugar de unhas resolvesse perseguir você em todos os seus pesadelos. Pior: Se ele te mata no sonho, você morre na vida real. É uma ideia claustrofóbica e tenebrosa, não? O diretor Wes Craven soube transformá-la em filme e criou um ícone da cultura pop: Freddy Krueger.

Primeira foto de Avatar

Sam Worthington ilustra a primeira imagem retirada do novo filme de James Cameron


Avatar é o filme mais esperado do ano por quase todos os cinéfilos. Depois de revelar algumas artes conceituais, a Fox liberou a primeira imagem do filme, que traz Sam Worthington ao lado de seu... avatar.

O filme ainda vai dar muito o que falar até sua estreia mundial no dia 18 de dezembro. Mas, bem antes disso, na próxima sexta-feira, dia 21 de agosto, teremos o tão esperado Avatar Day. Será a data em que vários cinemas do mundo exibirão 16 minutos do longa em 3D.

No Brasil, ingressos gratuitos serão sorteados pelo Telecine e o Clube UOL. Em São Paulo, fique ligado no site da Rádio Mix FM. Neste mesmo dia, o trailer será liberado para a internet.

quinta-feira, agosto 13, 2009

Veja o trailer de cinco minutos de Legion

Atenção: Prévia do filme, que estreia em 2010 no Brasil, não é recomendada para crianças

Legion, filme que marca a estreia na direção de Scott Stewart, um dos responsáveis pelos efeitos visuais de Sin City, Piratas do Caribe e Duro de Matar 4.0, ganhou uma prévia de cinco minutos. Sim, eu disse cinco minutos. Mas antes que você assista ao vídeo já exibido na Comic-Con deste ano, o blog avisa: Crianças, já pra cama. Isso não é para os seus olhos inocentes. Ok?

Em Legion, Deus não aguenta mais ver o homem andando pela Terra e prepara o apocalipse. Nossa única esperança é o arcanjo Michael (Paul Bettany), que bate, atira e arrebenta.

Dennis Quaid, Tyrese Gibson, Jon Tenney, Charles S. Dutton, Lucas Black, Kate Walsh, Adrianne Palicki, Kevin Durand e Willa Holland também estão no filme. O roteiro leva a assinatura de Peter Schink e do diretor Scott Stewart.

Abaixo, confira o trailer barra pesada,
que, polêmicas à parte, traz um bom equilíbrio de ação e terror. Preste atenção na sequência da velhinha na lanchonete. Sinistro demais.



Só uma coisa: Aquele policial que ameaça Paul Bettany no trailer não parece um agente da Matrix? Hmm... Legion estreia no dia 22 de janeiro nos EUA. No Brasil, somente em 26 de março.

terça-feira, agosto 11, 2009

E agora, Brüno?

"Brüno" estreia nesta sexta-feira com cortes em duas cenas. E nós reclamamos.

Recentemente, a Playarte esquartejou a cópia de Halloween - O Início para seu lançamento nos cinemas brasileiros com 26 minutos a menos em relação à versão exibida nos EUA. Agora é a vez de Brüno, nova comédia com Sacha Baron Cohen, o criador de Borat, que estreia nesta sexta no Brasil. Mas não culpem a Sony.

O próprio comediante pediu pequenas edições na versão que chegou aos cinemas da Austrália, com (quase) um minuto a menos comparado ao corte original em cartaz nos EUA. Cohen, no entanto, tomou a mesma decisão para a distribuição de
Brüno no Brasil.

Aqui, não poderemos ver alguns segundos da sodomia entre Brüno e seu assistente no início do filme. A outra cena tesourada apresenta o modelo austríaco degustando um sanduíche numa swing party.

Pelo jeito não é nada comparado ao que fizeram com o Halloween de Rob Zombie. E, claro, passa bem longe da censura tirana que imperou até os anos 80 retalhando diversos filmes em suas versões para a tela grande.

Vale lembrar que Brüno já chegou aos EUA com uma cena cortada. Foi retirada do longa a tão comentada brincadeira com La Toya Jackson, que citava seu irmão, Michael, falecido no final de junho. Com a morte do Rei do Pop, a piada ficou mesmo fora de contexto, desatualizada. Então, não houve problema.

Com quase 60 segundos de cortes,
Brüno estreia nesta sexta-feira nos cinemas brasileiros. Esperamos, pelo menos, que o DVD chegue com o Director's Cut.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Novas diretrizes em tempos de gripe suína

Se correr, o bicho pega. Se ficar, o bicho come. O que fazer para a gripe suína
não te pegar quando ir ao cinema não é simplesmente um passatempo, mas um vício?



Todos conhecem o tamanho do estrago que a gripe suína está fazendo pelo mundo. Nas últimas semanas, ouvi da boca de vários mortais que realmente há um certo boicote às salas de cinema sujeitas a espirros e tosses. Descartando a possível hipótese que permite uma chance miseravelmente ridícula de uma sala de multiplex lotar com a presença de pessoas 100% saudáveis, o problema engloba TODOS os cinemas.

Isso porque sites e jornais, além de emissoras de rádio e TV trazem informações e balanços diários das baixas provocadas pelo "marvado" vírus H1N1 no país e no resto do planeta. Uma das consequências diretas alertadas por médicos e outros estudiosos ligados à saúde é o apelo à população de que cada alma viva fique longe de locais fechados, que habitualmente recebam uma grande circulação de pessoas. Mas será que isso está realmente funcionando? Uma coisa é certa: O nível provocado pela maioria das produções em cartaz ajuda o povo a manter a boa saúde.

Mesmo com a prorrogação das férias escolares por causa da gripe suína, as filas diminuiram no último final de semana. De acordo com o site Filme B, o público caiu cerca de 24% em relação ao mesmo período em 2008. A renda, no entanto, despencou em 17%.
Tirando um ou outro filme, claro, o melhor a se fazer é ficar em casa e alugar um DVD.

Mas cinéfilo é bicho teimoso, eu sei bem disso. E como ninguém quer arriscar a vida de ninguém, tem aquela pessoa que deixa os filhos com a sogra e vai ao cinema. É como um torcedor fanático, que mesmo sabendo da violência dentro (e fora) dos estádios, deixa de comprar o famoso leitinho da criança para acompanhar o time do coração. Tendo isso em vista, por que, então, não reduzem o preço dos ingressos? Em tempos de gripe suína, ainda tem cinema em São Paulo que tem a cara de pau de cobrar mais de R$20,00, sendo que passa o mesmo filme numa cidadezinha como Mauá, no Grande ABC, que, não ria, tem boas salas de cinema. Só porque o nível econômico do frequentador habitual deste tipo de shopping pode pagar muito mais para ver um mero filme, não quer dizer que essa pessoa é burra. Como se não bastasse, há um outro cinema em São Paulo que se orgulha de cobrar mais de R$40,00 numa sala VIP, que transforma a poltrona em cama e só falta abanar o rabinho. Agora, pergunto: Será que esses cinemas oferecem seguro contra a gripe suína?

Mas, ok, isso é complicado. Envolve vários tipos de contas e custos. Sem falar que funcionários são pagos etc, etc. Aliás, os cinemas não estão fechados (ainda) e as pessoam continuam saindo de suas casas para ver A Era do Gelo 3, que faz uma carreira extraordinária no Brasil, assim como Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Nos EUA, os números comprovam que a estreia de G.I. Joe representou uma das melhores aberturas de todos os tempos para o começo do mês de agosto, que geralmente é bem fraco.

Se não dá pra evitar os filmes (e piratear é uma coisa feia), o que o cinéfilo deve fazer? Aqui vão algumas diretrizes em tempos de gripe suína:

Compre o ingresso com cartão de crédito. Dinheiro é sujo. Em todos os sentidos.

Deixe as crianças com amigos ou familiares. Exija que as babysitters mostrem um bom filme aos seus filhos para que a lição de casa e a preparação cinéfila a longo prazo seja bem feita.

Não compre pipoca ou água ou refrigerante. Nada que exercite sua boca.

Da mesma forma, não "namore" no cinema. Em tempos de gripe suína, isso é over.

Leve o álcool em gel - dizem que existe, mas não achei em farmácia alguma -, passe-o nas mãos e não fique cutucando os braços da poltrona.

Espere as luzes se apagarem, tire a máscara cirúrgica - eu sei que você tem uma - da bolsa e coloque-a de forma correta na região que cobre o nariz e a boca. Dois pontos: Assim você evita o mico. E também não causa pânico na plateia, que pode se assustar ao ver o cidadão entrar na sala com uma máscara em tempos de gripe suína.

Se estiver resfriado, por favor, não vá ao cinema nem sob tortura. Se não puder perder o filme, tome uma injeção na testa para melhorar o mais rápido possível, mas, caso contrário, não vá ao cinema.

Ninguém quer ver os cinemas fechados por causa da gripe suína, então corte a mesada dos adolescentes, que só frequentam shoppings para azarar e ver filmes de ação, terror e comédia imbecil.

Deixe o celular desligado. Não sei bem porque coloquei isso, mas não custa lembrar que educação é o mínimo que podemos esperar de uma pessoa saudável.