Há 30 anos numa galáxia distante
Há exatos 30 anos, George Lucas revolucionou o cinema com o que era, inicialmente, uma simples aventura sobre a eterna luta do bem contra o mal. Naquela época, os estúdios (e o público) ainda estavam impactados pela viagem alucinógena de Stanley Kubrick em 2001 – Uma Odisséia no Espaço, de 1968. A ficção científica parecia caminhar por um lado mais “sério” e investir numa espécie de faroeste nas estrelas parecia uma idéia arriscada para um momento financeiro tão delicado em Hollywood.
Embora George tenha sido o responsável por levar o país à loucura com American Graffiti, sua comédia sobre jovens apaixonados por carros, nenhum estúdio achava que o roteiro de Star Wars daria em alguma coisa. Depois de muita luta, a Fox confiou naquele sujeitinho barbudo um tanto estranho e magricelo. Pressionado por exigências de engravatados do estúdio, sem falar nos prazos apertados para terminar as filmagens, George abdicou de seu salário para receber "apenas" pelas vendas de camisetas, álbuns de figurinhas, bonecos e tudo aquilo que estampasse o nome Star Wars. O resto é História. Até hoje, o filme é a segunda maior bilheteria de todos os tempos nos EUA, e a indústria ganhou uma divisão carinhosa de "antes e depois de Star Wars". Mais do que um diretor, George se revelou como um homem de negócios. Atualmente, a temporada do verão norte-americano é recheada de filhotes de Star Wars e a maioria vende brinquedos, games e outros produtos com suas marcas registradas.
Bom, muita coisa já foi dita sobre Star Wars e tem gente careca de saber desses números e de tudo o que George conquistou com a série. A intenção do blog é comemorar os 30 anos do filme original e comentar a importância (ou o impacto) dos seis episódios em minha vida - especialmente a trilogia formada por Guerra nas Estrelas (sim, era esse o nome), O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi. Ao longo dos próximos meses, o especial 30 Anos de Star Wars, apresenta resenhas apaixonadas desses filmes que sobrevivem por conta própria nos corações dos fãs e acima de qualquer crítica. Além disso, HOLLYWOODIANO comenta a carreira de George Lucas, incluindo o poder de sua Industrial Light & Magic, e personagens inesquecíveis saídos de sua mente.
Só uma confissão: o primeiro filme da série que eu vi foi O Império Contra-Ataca, que passou numa edição do Supercine, da Rede Globo, em 1987. Vi aquilo sozinho na sala de casa aos nove anos de idade. Lembro da minha sensação de gente grande - uma criança que deveria estar na cama naquela hora, mas incapaz de pregar os olhos diante do hoje batizado Episódio V. Eu fui totalmente transportado para uma galáxia distante e não tinha ninguém ao meu lado para conversar sobre palavras como Força, Jedi, Sabres-de-Luz, etc. No dia seguinte, chamei vários coleguinhas (de porta em porta) para vibrar com a cópia dublada que eu fiz. Minha sorte é que todos foram dormir cedo na noite anterior e a sessão terminou em festa. Sucesso absoluto! O engraçado é que dias antes dessa aventura, eu assisti a uma cópia de Os Caçadores da Arca Perdida, quando o meu pai comprou o nosso primeiro (e gigantesco) vídeo cassete. Minha vida ganhava um novo sentido e nada mais seria como antes. Eu estava apaixonado por Indiana Jones, Star Wars e, mais do que tudo, pelo cinema.
postado por Otavio Almeida @ terça-feira, abril 24, 2007
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10 Comments:
O primeiro filme que eu vi da série "Guerra nas Estrelas" foi "A Ameaça Fantasma". Depois, já perto do lançamento de "A Vingança do Sith" fiz uma maratona com os outros cinco filmes. Achei até bom assistir ao filme dessa maneira, pois pude compreender bem a trama.
Belo texto! Com Star Wars foi como Kamila. Sempre odiei, ou melhor, detestei os filmes, dos quais nunca vi por completo mas sim, somente pedaços. Perto do lançamento de Sith com toda aquela badalação decidi fazer maratona, começando pelo episódio I até o VI. Amei todos, os melhores foram O Imperio Contra-Ataca e Vingança dos Sith, mas gostei de todos, os mais fraco foi Ataque dos Clones.
Indiana Jones é outro que começei a curtir tarde demais, mas é um personagem que sou muito fã.
Enfim, parabéns pelos 30 anos e George Lucas que seja louvado, afinal, são poucas as pessoas ou seria raras, que conseguem criar um mundo tão extenso e incrível e enche-lo de personagens e histórias para cativar legiões de fãs ao redor do mundo. Sim, the force is stronge in this one.
Em poucas palavras, não suporto e nunca suportarei "Star Wars"!
Sem dúvida é uma das melhores trilogias da história (a original, claro, já que essa mais recente não convenceu a ninguém). Meu preferido é mesmo "O Império Contra-Ataca" (se não me engano, também foi o primeiro que eu vi, pois só depois decidi ver a trilogia completa em DVD).
Até mais!
Q linda sua história de amor pelo cinema! ;o)
Sabe que Star Wars é um filme que nunca gostei!
Imaginei vc pequeno assitindo o filme de boca aberta e chamando os amiguinhos depois... mto legal!
Bjs
Otavio, belo texto! Franquias como STAR WARS ou INDIANA JONES são muito mais que filmes para guardar em box de edições luxuosas com dvds triplos. São filmes para se guardar no coração!
abs!
Estava esperando uma crítica sobre o filme do Lecter,a sua foi a primeira que li, e confirmou minahs expectativas de que era uma bela porcaria. O que me intriga é como escalaram um diretor como Webber para o filme?
Vergonha ao melhor vilão do cinema (que ganha at´´e do Darth Vader! rsrsr)
inté!
"May the force be with you!", Otavio:)
Foram filmes assim que tb fizeram eu me apaixonar pelo cinema... A magia e o escapismo proporcionado por essas aventuras em celuloide eh inesquecivel.
Ah, e eu morria de medo do Darth Vader rsrsrs..
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