A Via Crucis de Jack Bauer
Depois que Jack Bauer (Kiefer Sutherland) foi capturado por agentes chineses no final da quinta (e melhor) temporada de 24 Horas, os fãs não pararam de especular o que aconteceria a seguir. Apesar de vários boatos, incluindo uma temporada que seria baseada em uma tentativa de resgate em pleno território chinês, os produtores (incluindo Sutherland) e roteiristas optaram por não mexer em um time vitorioso.
Em cartaz na Fox, a sexta temporada começa com um governo norte-americano impotente devido aos diversos ataques de homens-bomba nas principais capitais dos EUA. O caos já dura 11 semanas e a Unidade Anti-Terrorismo (CTU) localiza um terrorista desertor, que pretende entregar o líder da facção sob uma condição: ele quer a cabeça de Jack Bauer, que deve ter aprontado algo no passado para merecer isso. Embora o governo não tenha feito absolutamente nada para resgatar um herói como Bauer, o Presidente Wayne Palmer (DB Woodside), enfim, negocia a liberdade do ex-agente com os chineses. Quem conhece 24 Horas, sabe que Jack Bauer daria sua vida pelos EUA sem problema algum, mas também imagina que isso é assunto somente para os primeiros episódios. As inevitáveis reviravoltas no roteiro são marcas registradas da série iniciada em 2001, em pleno trauma do 11 de setembro.
Naquele ano, os criadores Joel Surnow e Robert Cochran criaram um novo formato para o significado de “ação”: 24 episódios e cada um com uma hora de duração. Com a tragédia das torres gêmeas, o próprio Kiefer Sutherland achou que os norte-americanos não abraçariam a série. Mas a edição ágil e a tensão crescente a cada minuto, com a literal batida do relógio digital na tela, ganharam ares revolucionários para a TV. Mesmo assim, a trama não seria tão eletrizante se os episódios não aproveitassem o tempo real e reviravoltas surpreendentes no final de cada hora. O ritmo alucinante e o recurso de deixar os fãs esperando por respostas influenciaram séries de sucesso como Lost, Prison Break e Heroes.
O mais incrível é o fôlego de 24 Horas para continuar empolgando depois de cinco temporadas. Essa é a minha série favorita e jamais vi uma produção hollywoodiana tão corajosa (seja no cinema ou na TV) ao abordar a política norte-americana. Existe outra polêmica em torno de 24 Horas: como há pouco tempo para resolver os problemas, a intolerância move Jack Bauer – ele é capaz de torturar e matar terroristas ou colegas de trabalho em busca de soluções.
HOLLYWOODIANO assistiu aos primeiros episódios da sexta temporada e pode-se adiantar que a coisa esquenta logo nas quatro horas iniciais, incluindo uma ousada explosão nuclear em Los Angeles. Os roteiristas acertaram, principalmente, ao explorar o estado psicológico de um Jack Bauer traumatizado por causa de quase dois anos de tortura em uma prisão chinesa.
Infelizmente, o ritmo cai na seqüência e esse elemento é esquecido. Aliás, trata-se de uma queda inédita de criatividade na série. Falta uma ligação dramática de Bauer com alguma causa ou com um parente ou amigo – ele nunca se preocupou somente com o país. Ele parece um “zumbi” a caminho da morte certa ou de uma redenção. Kiefer Sutherland já revelou que o “tempo real” é o protagonista de 24 Horas, e não Jack Bauer. Não concordo. A tentativa de provar essa teoria ao deixar Bauer de lado em alguns episódios da sexta temporada está prejudicando a agilidade habitual da série. Nada que não possa ser resolvido nos próximos episódios, afinal o astro tem contrato assinado para mais duas temporadas. Esse ainda não pode ser o fim de Jack Bauer.
Abaixo, o trailer da nova temporada:
24 Horas – 6ª Temporada
Todas as terças, às 22h, na Fox
Em cartaz na Fox, a sexta temporada começa com um governo norte-americano impotente devido aos diversos ataques de homens-bomba nas principais capitais dos EUA. O caos já dura 11 semanas e a Unidade Anti-Terrorismo (CTU) localiza um terrorista desertor, que pretende entregar o líder da facção sob uma condição: ele quer a cabeça de Jack Bauer, que deve ter aprontado algo no passado para merecer isso. Embora o governo não tenha feito absolutamente nada para resgatar um herói como Bauer, o Presidente Wayne Palmer (DB Woodside), enfim, negocia a liberdade do ex-agente com os chineses. Quem conhece 24 Horas, sabe que Jack Bauer daria sua vida pelos EUA sem problema algum, mas também imagina que isso é assunto somente para os primeiros episódios. As inevitáveis reviravoltas no roteiro são marcas registradas da série iniciada em 2001, em pleno trauma do 11 de setembro.
Naquele ano, os criadores Joel Surnow e Robert Cochran criaram um novo formato para o significado de “ação”: 24 episódios e cada um com uma hora de duração. Com a tragédia das torres gêmeas, o próprio Kiefer Sutherland achou que os norte-americanos não abraçariam a série. Mas a edição ágil e a tensão crescente a cada minuto, com a literal batida do relógio digital na tela, ganharam ares revolucionários para a TV. Mesmo assim, a trama não seria tão eletrizante se os episódios não aproveitassem o tempo real e reviravoltas surpreendentes no final de cada hora. O ritmo alucinante e o recurso de deixar os fãs esperando por respostas influenciaram séries de sucesso como Lost, Prison Break e Heroes.
O mais incrível é o fôlego de 24 Horas para continuar empolgando depois de cinco temporadas. Essa é a minha série favorita e jamais vi uma produção hollywoodiana tão corajosa (seja no cinema ou na TV) ao abordar a política norte-americana. Existe outra polêmica em torno de 24 Horas: como há pouco tempo para resolver os problemas, a intolerância move Jack Bauer – ele é capaz de torturar e matar terroristas ou colegas de trabalho em busca de soluções.
HOLLYWOODIANO assistiu aos primeiros episódios da sexta temporada e pode-se adiantar que a coisa esquenta logo nas quatro horas iniciais, incluindo uma ousada explosão nuclear em Los Angeles. Os roteiristas acertaram, principalmente, ao explorar o estado psicológico de um Jack Bauer traumatizado por causa de quase dois anos de tortura em uma prisão chinesa.
Infelizmente, o ritmo cai na seqüência e esse elemento é esquecido. Aliás, trata-se de uma queda inédita de criatividade na série. Falta uma ligação dramática de Bauer com alguma causa ou com um parente ou amigo – ele nunca se preocupou somente com o país. Ele parece um “zumbi” a caminho da morte certa ou de uma redenção. Kiefer Sutherland já revelou que o “tempo real” é o protagonista de 24 Horas, e não Jack Bauer. Não concordo. A tentativa de provar essa teoria ao deixar Bauer de lado em alguns episódios da sexta temporada está prejudicando a agilidade habitual da série. Nada que não possa ser resolvido nos próximos episódios, afinal o astro tem contrato assinado para mais duas temporadas. Esse ainda não pode ser o fim de Jack Bauer.
Abaixo, o trailer da nova temporada:
24 Horas – 6ª Temporada
Todas as terças, às 22h, na Fox
16 Comments:
Adooooroo! Gosto muito do Kiefer Sutherland e do Jack Bauer! Acho que um dos trunfos da série é o tempo real, mas sem o Jack não teria a menor graça. É um personagem muito forte (sem falar no charme do Kiefer).
Mas tenho que dizer... a sexta temporada está me decepcionando. O que é aquele pai do Jack?? Eu esperando uma participação do Donald Sutherland há um tempão e eles me vem com o pai do Babe?? Oras...
Bjs!
Mas vc acabou de dizer que o James Cromwell é pai de um porco?? Ele é o fazendeiro Arthur Hoggett, em BABE. É o dono do porquinho. Não o pai. Acho que o Babe puxou mais para um... porco. Ele não é nada parecido com o James Cromwell...
Ah, pai adotivo, ué. Vc me entendeu...
Bjs!
Este comentário foi removido pelo autor.
Realmente 24 Horas merece mérito, pois só após 5 temporadas que comecou a se desequilibrar um pouco, sendo que a maioria das séries costumam enfrentar indicios de fracasso por volta da terceira temporada, por exemplo, Lost. Mas no caso de Lost, é bem mais complexo por se tratar de uma série cheia de perguntas, mistérios e etc, ou seja, é uma série delicada!
Abraço
http://eco-social.blogspot.com/
Li o seu artigo, Otávio e concordo plenamente. Sou fã desse seriado desde a 1a. temporada. É ousado, eletrizante e inteligente. Quanto à 6a. temporada tenho a forte impressão que a queda no ritmo dos episódios tenha sido proposital. Talvez eles estejam avaliando a reação dos fãs em relação a algumas possíveis mudanças. Mas como é infalível em todas as temporadas, o Jack Bauer salva toda a história com cenas fantásticas e emocionantes. Esperemos para ver o desfecho do 6º dia. Abraços.
a sexta temporada do 24 é insana.
em todo episódio praticamente há reviravoltas, algo que você nem suspeitava acontecer.
e o episódio desta semana, 24.s06e17 só confirma isso !!
Ah Otavio, eu sou fa de carteirinha dessa serie, desde o inicio. Nunca perdi um unico episodio na Fox. Cada temporada, principalmente as duas ultimas deixam a gente com agua na boca pra conferir a proxima. Nao vou ler o seu texto todo pq ainda nao vi nenhum capitulo dessa temporada nova. Descobri que tava passando num canal sueco depois de uns tres episodios, e desisti de acompanhar. Saudades da Fox..snif snif..
Li no seu texto que a serie caiu em criatividade? Nao poder ser! Depois de todos esses anos, entao, uma mudanca drastica assim..
Ah..comentei no seu texto de "300".
Não gosto do Jack Bauer, apesar de adorar filmes em tempos reais.
Deixei um comentário lá no seu post de O Ilusionista.
abs
Oi Vânia! Seja bem-vinda ao blog! E torço para que vc esteja certa sobre a 6ª temporada. Mas tenho certeza de que vai melhorar...
Olá Filipe! Ainda não vi o episódio 17, mas já soube de uma notícia que me deixou otimista para a melhora da temporada.
Oi Romeika! Vc é fã, então? Como eu? Que legal! Acho que sexta temporada começa muito bem e os 4 primeiros episódios são eletrizantes. Mas depois cai um pouco. Enrolam muito e parece mesmo que os caras se perderam na história. Mas... estou numa parte em que voltou a empolgar. Ainda não vi o ep. 17, que dizem que começa uma nova temporada dentro da sexta temporada. Sabe?
Cassiano, vi teu comentário lá. Obrigado!
Abs a todos!
Ah! E William! Olá!! Esse desgaste de 24 somente na sexta temporada comprova como a série é ótima! Uma hora vai cansar mesmo... Coisas repetitivas. Já acho que a quinta temporada representou um milagre na critividade dos caras. Afinal, a quarta usava todos as ameaças terroristas vistas anteriormente (e ficou ótima).
Aqui vai a minha ordem de preferência até o momento: 5ª, 2ª, 1ª, 4ª, 3ª e 6ª. Mas vamos ver como acaba a sexta, não?
Abs!
haha otávio....
eu participo do digitalhive, e na terça feira já tenho o episódio da semana, e no mesmo dia pego a legenda em inglês.
é uma coisa que tem a ver com as 3 últimas temporadas.
The Chinese???? Não conta... mas o que é Digitalhive? Não conheço...
Abs!
Este comentário foi removido pelo autor.
Eu vi um pouco da primeira temporada na Globo (é, faz tempo) e um pedaço da quinta, na maratona do último domingo na Fox. Essa coisa do tempo real ficou meio perdida na 5ª, comparando com a 1ª, mas gostei bastante do seriado.
Otávio, foi preciso no comentário sobre o desgaste, ainda mais em épocas dos Lost da vida, que já se perdem na 2ª temporada. Falando em seriados e espionagem, já pensou que ao invés de um filme poderiam criar um seriado sobre Metal Gear? Roger that, over. =D
Abs!
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