Treze Homens e um Novo Segredo
Treze Homens e um Novo Segredo (Ocean's Thirteen, 2007) está aí para provar que Hollywood ainda pode fazer cinema de entretenimento sem efeitos visuais. Mas a única lição que tiramos deste filme é que Hollywood não consegue fingir inspiração. Existem dois problemas graves nessa série iniciada com Onze Homens e um Segredo: o elenco se diverte mais do que a platéia e as idéias foram suficientes para somente um bom filme.
No primeiro, Steven Soderbergh ainda estava com o Oscar de Melhor Diretor, por Traffic, dentro da mala. Para muitos, ele era o maior cineasta em atividade e resolveu curtir o sucesso ao lado de bons amigos com esse remake, que supera o filme homônimo do Rat Pack, de 1960. Tem uma cena final linda com os onze de Danny Ocean (George Clooney) contemplando a vitória de frente para a dança das águas do chafariz. Naquele filme, as piadas funcionam, o humor é irresistivelmente cínico e a homenagem ao original é emocionante. Já o segundo, Doze Homens e Outro Segredo, não tem graça, e deixa Soderbergh livre para balançar a câmera como bem entender. É um horror. Não fica nada de nada.
Já Treze Homens e um Novo Segredo tenta resgatar o charme do primeiro e resulta numa cópia da cópia. Muito mal feita. O roteiro perde muito tempo na preparação do golpe e depois vem aquela sucessão de resoluções. O filme poderia ter 1h30 de duração, mas apresenta barrigas (ou como gostam de dizer: tramas paralelas demais) como as seqüências desnecessárias no México. E olha que a premissa é até boa: os homens de Ocean estão ficando velhos. São bandidos analógicos na era digital. Mas Soderbergh deixa isso para lá. Caramba! Não acontece quase nada neste filme!
Ao menos, esse é melhor do que o pavoroso filme anterior. Mas isso não quer dizer grande coisa. E a tentativa de se aproximar do primeiro fica só na tentativa. Treze Homens e um Novo Segredo é um curso básico de “Como desperdiçar um grandioso elenco, incluindo Al Pacino” com o professor Steven Soderbergh. Cinema de entretenimento é só dar uma ou outra risadinha aqui e ali? Como na cena da Oprah (a única realmente engraçada)? É só ver gente sem compromisso desfilar na tela? Será que é só isso?
Ou seja, Soderbergh quer parecer inteligente até quando faz cinemão hollywoodiano. Mas ele parece mesmo é artificial. O que é Soderbergh? Eu não quebro mais a cabeça com o cinema dele. Roda Sexo, Mentiras e Videotape e Kafka logo de cara, mas parte para refilmagens de Solaris e Onze Homens e um Segredo ou filmes experimentais como Bubble. Acho que ele se leva a sério demais. E hoje, Soderbergh é um falso cineasta independente. Se ele é o gênio que já chegaram a dizer, o cinema está mesmo no mau caminho. Ocean’s 14? Não pra mim.
No primeiro, Steven Soderbergh ainda estava com o Oscar de Melhor Diretor, por Traffic, dentro da mala. Para muitos, ele era o maior cineasta em atividade e resolveu curtir o sucesso ao lado de bons amigos com esse remake, que supera o filme homônimo do Rat Pack, de 1960. Tem uma cena final linda com os onze de Danny Ocean (George Clooney) contemplando a vitória de frente para a dança das águas do chafariz. Naquele filme, as piadas funcionam, o humor é irresistivelmente cínico e a homenagem ao original é emocionante. Já o segundo, Doze Homens e Outro Segredo, não tem graça, e deixa Soderbergh livre para balançar a câmera como bem entender. É um horror. Não fica nada de nada.
Já Treze Homens e um Novo Segredo tenta resgatar o charme do primeiro e resulta numa cópia da cópia. Muito mal feita. O roteiro perde muito tempo na preparação do golpe e depois vem aquela sucessão de resoluções. O filme poderia ter 1h30 de duração, mas apresenta barrigas (ou como gostam de dizer: tramas paralelas demais) como as seqüências desnecessárias no México. E olha que a premissa é até boa: os homens de Ocean estão ficando velhos. São bandidos analógicos na era digital. Mas Soderbergh deixa isso para lá. Caramba! Não acontece quase nada neste filme!
Ao menos, esse é melhor do que o pavoroso filme anterior. Mas isso não quer dizer grande coisa. E a tentativa de se aproximar do primeiro fica só na tentativa. Treze Homens e um Novo Segredo é um curso básico de “Como desperdiçar um grandioso elenco, incluindo Al Pacino” com o professor Steven Soderbergh. Cinema de entretenimento é só dar uma ou outra risadinha aqui e ali? Como na cena da Oprah (a única realmente engraçada)? É só ver gente sem compromisso desfilar na tela? Será que é só isso?
Ou seja, Soderbergh quer parecer inteligente até quando faz cinemão hollywoodiano. Mas ele parece mesmo é artificial. O que é Soderbergh? Eu não quebro mais a cabeça com o cinema dele. Roda Sexo, Mentiras e Videotape e Kafka logo de cara, mas parte para refilmagens de Solaris e Onze Homens e um Segredo ou filmes experimentais como Bubble. Acho que ele se leva a sério demais. E hoje, Soderbergh é um falso cineasta independente. Se ele é o gênio que já chegaram a dizer, o cinema está mesmo no mau caminho. Ocean’s 14? Não pra mim.
Treze Homens e um Novo Segredo (Ocean's Thirteen, 2007)
Direção: Steven Soderbergh
Elenco: George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon, Elliott Gould, Al Pacino, Don Cheadle, Carl Reiner e Ellen Barkin
12 Comments:
Otávio, ao fazer filmes como esse, Soderbergh e seu parceiro Clooney, financiam seus projetos independentes, pessoais e artísticos.
Eu acho que esta terceira parte melhora no seguinte aspecto: sem os interesses amorosos, o importante é ver o planejamento do roubo - e é isso que importa mesmo em filmes como esse.
Não chega aos pés do primeiro filme, mas não é uma cópia descarada do primeiro. Acho que o filme cumpre seu papel de divertir.
Detonou o Sodebergh,Otávio...rsrsrsrsrs
Tb tenho a mesma impressão sobre ele neste aspecto.Filmes como Traffic e Sexo,Mentiras e VideoTape me fizeram confiar no cara,e logo depois vem algumas enganações intelectualóides alternativas...Já Treze Homens me parece o melhor da temporada,e o ritmo da série é esse mesmo,naum há muito o q acrescentar,apenas na execução do plano de roubo,é claro...É divertido e cumpre a proposta.
Eu gostei do filme Otavio, na verdade gostei muito. Ainda prefeiro o primeiro, mas o filme me divertiu, gostei da direção do cara, do estilo, do visual, da trilha e dos atores. É um divertimento inquestionável. Uma pena que guarde tanto rancar. Gostei de todos, mas o segundo é o mais fraco.
Oceans 11 [8,5]
Oceans 12 [7,5]
Oceans 13 [8,0]
Otavio, sempre acreditei que unir um cast poderoso é um risco, pois a cada soma de nova celebridade na tela, maior o dano de se tornar um filme pequeno para os nomes relacionados. Realmente não basta jogar astros para brincar de atuar para se fazer um bom entretenimento.
Hahahhaha... Rancor, Wally? Pq não gostar de um filme é guardar rancor? Eu ainda confio no Soderbergh, mas não mais nessa série.
Como fã de quadrinhos, eu tinha rancor do primeiro QUARTETO FANTÁSTICO...
Concordo com vc, Alex! E Wanderley, concordo com o que vc disse sobre o Soderbergh.
Kamila, querida, dessa vez não concordamos... Unidos pelo cinema, mas dessa vez, separados.
Abs a todos!
Otavio, eu disse rancor pelo filme, o que é óbvio, vc ta puto mesmo com o resultado, principalmente depois do coment no meu blog (valeu). Eu considero um filme inteligente quando utiliza de boas sacadas, tem bom roteiro e do qual nunca se deixa levar pelo mau gosto, o escrachado e tem esperteza. Tudo em Oceans 13 tem nexo e fundamento, desde à premissa, à como foi bolado o golpe até a execução do mesmo, funciona. Isso é inteligente. Ao menos para mim claro.
Mas como em Babel, acho que nossas opiniões foram bem diferentes auqi.
Oi Wally! Eu sei o que quer dizer com "inteligência", mas por exemplo, tb acho O SENHOR DOS ANÉIS inteligentíssimo! O IMPÉRIO CONTRA-ATACA tb. O primeiro MATRIX tb. Os 3 INDIANA JONES tb. Para mim, isso é entretenimento. O primeiro OCEAN'S ELEVEN? Sem dúvida! Adoro!
Mas, para mim, o que acontece nos dois OCEAN'S seguintes é artificialidade. Eles se divertem. Assim como 1/3 da platéia. Essa franquia tem a mesma culpa de outras tantas no papel de agradar o espectador. E tira dinheiro do nosso bolso do mesmo jeito. É a mesma máquina. Mas pensam que esses filmes são mais "sérios" do que um "300".
Eu só acho que o OCEAN deveria ter parado no primeiro (e é realmente muito bom). Eu só dei uma chance pq nesse tinha o Al Pacino, que eu quero muito ver num bom papel. Mas não foi dessa vez. Seu Willy Bank poderia ter sido feito por qq outro...
Não me entenda mal tb sobre o Soderbergh. Hj, ele me desanima. Mas adoro TRAFFIC e seus primeiros trabalhos citados neste post. Assim como ONZE HOMENS E UM SEGREDO.
:-)
Abs!
Ainda não vi o filme. Passei aqui para falar que assisti ao Shrek Terceiro. Achei o segundo melhor, mas esse é uma graça também!!!! E vou esperar ansiosa pelo quarto! :)
Beijos
Tomara que esse filme vá até o Trezentos Homens e ainda um Segredo.
Oi Carla! Ao contrário de SHREK TERCEIRO, a maioria gostou de TREZE HOMENS E UM NOVO SEGREDO. Eu que não gostei. Mas tem todos os elementos pra agradar os fãs.
Cassiano, como vc costuma colocar: OCEAN'S 21?
Abs!
Puxa, Otavio, fiquei surpreso com muitos de seus comentários, mas até entendo sua opinião. Acho mesmo que, depois desse filme, chegou a hora do Soderbergh investir em projetos independentes, pois já há um bom tempo não faz isso. Vejo o filme amanhã, depois deixo minha opinião - de qualquer forma o texto tá ótimo!
Abraço!
Entendi sua opinião também. Mesmo tendo gostado de todos os filmes de Ocean, o primeiro realmente é o mais genuíno e divertido.
Traffic é seu melhor trabalho, sem comparações.
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