terça-feira, julho 14, 2009

De volta para Hogwarts

HOLLYWOODIANO faz uma breve análise dos cinco primeiros filmes da série
na véspera da estreia de "Harry Potter e o Enigma do Príncipe"



Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001), de Chris Columbus
Cotação:

Comentário: O livro de J.K. Rowling formou uma legião de fãs pelo mundo inteiro. O filme chegou aos cinemas sob a direção de Chris Columbus, responsável por Esqueceram de Mim 1 e 2, além dos roteiros de Os Goonies e Gremlins. Mas o diretor não acertava a mão há tempos e deixou a superprodução transparecer cada um dos longos 152 minutos. Pior: Sem a empatia, o carisma e a magia das páginas que proporcionam um ritmo de leitura dinâmica. Nem os efeitos visuais são tão bons assim. Alguns são vergonhosos. É como se estivessem correndo com a pós-produção para entregar o primeiro Harry Potter às pressas, já que O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel estrearia um mês depois. E em comparação ao filme de Peter Jackson, o de Chris Columbus leva uma goleada em termos de magia. O elenco, no entanto, foi um achado. Começando pelo trio mirim principal. Nisso, Columbus sempre acertou. Mas a melhor coisa do filme é o tema de John Williams. Foi o último trabalho genial do mestre. E um dos últimos grandes temas musicais do cinema.



Harry Potter e a Câmara Secreta (2002), de Chris Columbus
Cotação:

Comentário: Chris Columbus jamais deveria ter voltado para a adaptação do segundo livro, que é o mais fraco da série. E isso é visível em cada uma das cenas de A Câmara Secreta, graças à falta de personalidade do diretor. Com um cineasta mais ousado, o filme poderia ganhar um ponto em relação ao livro. Aliás, Columbus abusou de ângulos de câmera inclinados e velozes em cenas tensas como se estivesse pedindo permissão a Peter Jackson, que nem mesmo inventou tais movimentos. Perdido como diretor e com uma história fraca nas mãos, Columbus deve agradecer muito ao seu elenco, principalmente a Daniel Radcliffe, o Harry Potter perfeito. No fim, fica a sensação de que A Câmara Secreta é uma parte desnecessária da saga de Rowling. Mas isso também é um erro da autora.


Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004), de Alfonso Cuarón
Cotação:

Comentário: Finalmente um diretor de verdade no comando de Harry Potter. Alfonso Cuarón transformou os dois primeiros filmes de Chris Columbus em prefácios. De longe, esse é o melhor da série. Cuarón ousa em montagens que homenageiam o cinema mudo e mostra como uma história complexa digna de Sherlock Holmes pode ser divertida, deixando no público um gostinho de "quero mais". É um filme de emoção sincera do início ao fim - mesmo para quem não é fã dos livros. O mais importante: A base é o livro, mas o coração do diretor e a linguagem utilizada devem pertencer à sétima arte. Uma prova disso é a cena mais mágica de toda a série cinematográfica: Quando Harry sobrevoa o lago sentado no hipogrifo. Com uma linda trilha de John Williams, a cena remete ao voo da bicicleta de E.T. - O Extraterrestre. Pelo menos em seu significado.



Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005), de Mike Newell
Cotação:

Comentário: Foi uma pena Alfonso Cuarón não ter continuado. Ele até disse que gostaria de voltar para o final da série, mas já sabemos que a Warner apostou no "novato" (e mais barato) David Yates. Talvez porque Cuarón tenha sua visão particular e não abra mão disso, afinal a série pertence a J.K. Rowling. Enfim, O Cálice de Fogo é dirigido por Mike Newell, que não é tão corajoso quanto Cuarón, mas é competente. Foi uma adaptação complicada, porque a trama gira em torno de seu clímax (muito aguardado pelos fãs, diga-se de passagem), mas Newell se saiu bem. O quarto Harry Potter, pela primeira vez, tem grandes cenas de ação e mantém a qualidade (técnica, narrativa e emocional) alcançada por Cuarón no episódio anterior. E prepara terreno para uma inevitável batalha entre as forças do bem e do mal.




Harry Potter e a Ordem da Fênix (2007), de David Yates
Cotação:

Comentário: Se O Cálice de Fogo abriu caminho para uma empolgante guerra entre o bem e o mal, A Ordem da Fênix pisou no freio como desculpa para estender a série. Bom para os fãs, que não querem se despedir de Harry Potter. Bom para Hollywood que fatura alto, assim como J.K. Rowling. Mas péssimo para quem gosta de cinema. Parte da culpa vem do livro extremamente burocrático. Outro culpado é o diretor novato David Yates, que sabia que a melhor parte estava no final, mas preferiu agradar Rowling. Pelo menos, ele é mais talentoso que Chris Columbus. Os 20 minutos que encerram o filme, no entanto, são mágicos. E tem Imelda Staunton na maior atuação de toda a série como a professora Dolores Umbridge. Porém, as (poucas) qualidades não justificam um filme desnecessário.

7 Comments:

At 8:24 PM, julho 14, 2009, Blogger Bruno Soares said...

Pra mim o mais fraquinho é O Cálice de Fogo, mas pra mim são todos muito bons. E a Imelda Staunton estava impagável mesmo, pra mim só perde pro Snape do Rickman.

 
At 11:19 AM, julho 15, 2009, Anonymous Gustavo H.R. said...

Só vi A PEDRA FILOSOFAL, e tenho de concordar, a adaptação é rígida e didática a pont ode não transpor para as telonas a magia do livro de Rowling.

 
At 4:50 PM, julho 15, 2009, Anonymous Vinícius P. said...

Legal saber que você também prefere "O Prisioneiro de Azkaban", realmente é o mais memorável, seguido por "O Cálice de Fogo" - para mim esses são os filmes que se arriscam mais, o que é algo positivo. E adoro o primeiro, acho que pelo tom de "novidade"...

 
At 5:20 PM, julho 15, 2009, Blogger john said...

realmente o 3 eo 4 são super legais. o que menos gosto é o 6º. faltou mais ação.

abraçus

 
At 10:00 PM, julho 15, 2009, Blogger Amenar Neto said...

Os que eu mais gosto são os da segunda quadrilogia. Gostei muito do trabalho de Yates, para mim o cineasta que mais se identificou com a série.

Também, ele pegou a melhor fase da mesma: Aquela que o amadurecimento é mais visível, o clima mais sombrio, e consequentemente a história mais interessante. Tem melhores atores também, como Helena Bonham Carter, Imelda Staunton, Ralph Fiennes e Gary Oldman. Sem contar que a parte técnica é a melhor também. Ou seja: Os filmes dele tem tudo de melhor.

Talvez Cuarrón se identificasse com esses longas mais sombrios, mas fiquei contente com o trabalho de Yates.

 
At 10:04 PM, julho 15, 2009, Blogger Amenar Neto said...

Odeio os dois primeiros, e acho que o quarto longa da série é o que melhor capta o espírito da primeira quadrilogia.

Ps: E de longe, o quinto é o que se arrisca mais. tanto narrativamente quanto esteticamente. Isso é explicitado nos 5 primeiros minutos de exibição.

Ps2: Concordo com o Otávio: Os 20 min. finais do 5 filme são mágicos. Eles são bem melhor que o 1 e o 2 filmes juntos.

 
At 10:48 PM, julho 15, 2009, Anonymous Kamila said...

O meu filme favorito da série é "O Prisioneiro de Azkaban". No mais, acho esta franquia uma verdadeira enrolação!!!

Beijos!

 

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