Garçonete
Para embarcar completamente na magia de Garçonete (Waitress, 2007), o público precisa entender que a proposta da diretora, atriz e roteirista Adrienne Shelly foi contar uma fábula feminista para o século XXI.
Já vimos esse filme antes e os clichês estão lá. Mas Adrienne teve uma certa vantagem: ela pôde discutir temas que anteriormente eram considerados como "tabus" em Hollywood e na sociedade (e alguns ainda são). Hoje, a mulherada manda no pedaço e não depende de ninguém para ter seu espaço. Mas não custa nada lembrar a algumas pessoas que é possível ser feliz nesta vida, afinal tem gente que precisa de um empurrãozinho.
Já vimos esse filme antes e os clichês estão lá. Mas Adrienne teve uma certa vantagem: ela pôde discutir temas que anteriormente eram considerados como "tabus" em Hollywood e na sociedade (e alguns ainda são). Hoje, a mulherada manda no pedaço e não depende de ninguém para ter seu espaço. Mas não custa nada lembrar a algumas pessoas que é possível ser feliz nesta vida, afinal tem gente que precisa de um empurrãozinho.
O filme é feminista, mas tenha calma. Garçonete não é sério como Norma Rae ou Terra Fria. É uma fábula deliciosa que equilibra drama e um humor irônico com rara competência. E é o roteiro de Adrienne Shelly que dá uma sensação de frescor ou novidade a um tipo de filme que já vimos antes. Sua força está nos diálogos inesperados e inteligentes disparados por um ótimo elenco. Destaco, principalmente, a atuação de Keri "Felicity" Russell, a garçonete do título. Aliás, eu jamais pensei que Felicity fosse capaz de provocar risadas em mim e, ao mesmo tempo, fazer com que eu torcesse por ela contra os homens canalhas.
Ah, as mulheres... No mundo imaginado por Adrienne Shelly, que ainda interpreta a personagem Dawn no filme, o homem não é requisito básico para a felicidade da mulher. Para ser feliz, uma garota só precisa alcançar certos objetivos na vida como ter amigas, ser mãe (de preferência de uma menina) e, acima de tudo, ter bastante dinheiro para tocar o futuro como ela quiser. Os piores homens de Garçonete são violentos, machistas e burros. Os melhores homens são casados e traem suas esposas (perfeitas) com a maior cara de pau do mundo. O homem só ganha juízo quando está com o pé na cova - é a única hora em que ele é capaz de se arrepender das besteiras que fez durante a vida. Resumo da ópera: em Garçonete, homem não presta e dinheiro traz felicidade e independência. Isso é A Felicidade Se Compra.
Se o mundo fosse como Garçonete, nós homens estaríamos perdidos. Neste caso, tenho uma leve preferência pelas mulheres do universo de Sex and the City, que ainda consideram os homens necessários para "alguma coisa". É o sinal dos tempos, rapaz...
Bom, como eu disse, a mulherada manda no pedaço atualmente. Mas, vocês mulheres, sabem que Garçonete é apenas ficção, não é mesmo? É uma fábula e um filme divertidíssimo. E é isso. Nada mais. Vocês sabem que os homens ainda são necessários. Ou não?
Obs: Essa pulga atrás da minha orelha é culpa de Adrienne Shelly, que fez um belo trabalho em Garçonete. Ela fará falta (para quem não sabe, Adrienne foi assassinada no ano passado). A vida real é uma droga e nem todas as tortas de verdade são gostosas.
Garçonete (Waitress, 2007)
Direção: Adrienne Shelly
Roteiro: Adrienne Shelly
Elenco: Keri Russell, Nathan Fillion, Cheryl Hines, Adrienne Shelly, Jeremy Sisto, Andy Griffith, Eddie Jemison e Lew Temple
Ah, as mulheres... No mundo imaginado por Adrienne Shelly, que ainda interpreta a personagem Dawn no filme, o homem não é requisito básico para a felicidade da mulher. Para ser feliz, uma garota só precisa alcançar certos objetivos na vida como ter amigas, ser mãe (de preferência de uma menina) e, acima de tudo, ter bastante dinheiro para tocar o futuro como ela quiser. Os piores homens de Garçonete são violentos, machistas e burros. Os melhores homens são casados e traem suas esposas (perfeitas) com a maior cara de pau do mundo. O homem só ganha juízo quando está com o pé na cova - é a única hora em que ele é capaz de se arrepender das besteiras que fez durante a vida. Resumo da ópera: em Garçonete, homem não presta e dinheiro traz felicidade e independência. Isso é A Felicidade Se Compra.
Se o mundo fosse como Garçonete, nós homens estaríamos perdidos. Neste caso, tenho uma leve preferência pelas mulheres do universo de Sex and the City, que ainda consideram os homens necessários para "alguma coisa". É o sinal dos tempos, rapaz...
Bom, como eu disse, a mulherada manda no pedaço atualmente. Mas, vocês mulheres, sabem que Garçonete é apenas ficção, não é mesmo? É uma fábula e um filme divertidíssimo. E é isso. Nada mais. Vocês sabem que os homens ainda são necessários. Ou não?
Obs: Essa pulga atrás da minha orelha é culpa de Adrienne Shelly, que fez um belo trabalho em Garçonete. Ela fará falta (para quem não sabe, Adrienne foi assassinada no ano passado). A vida real é uma droga e nem todas as tortas de verdade são gostosas.
Garçonete (Waitress, 2007)
Direção: Adrienne Shelly
Roteiro: Adrienne Shelly
Elenco: Keri Russell, Nathan Fillion, Cheryl Hines, Adrienne Shelly, Jeremy Sisto, Andy Griffith, Eddie Jemison e Lew Temple
19 Comments:
Otavio, que bom que assistiu ao filme! Eu adorei "Garçonete". Achei uma obra simples, porém sincera. Uma pena que a Adrienne Shelly não tenha vivido para ver seu filme fazendo sucesso e sendo apreciado por tanta gente.
Beijos!
Kamila, Alex e agora tu. Tenho que ver logo, fim de semana vou alugar sem falta e depois te digo o que achei. Ah, quer um clichê? Ótimo texto.
Abraço!
Kamila, assisti, gostei, mas me assustou pelas razões colocadas em meu texto... Ah, Kamila, NA NATUREZA SELVAGEM chegou às locadoras. Não deixe de ver.
Pedro, obrigado! E espero que goste do filme. Mas um conselho: Não assista a GARÇONETE ao lado de uma mulher. O filme é um perigo.
Abs!
Qual o motivo do assassinato de Adrienne Shelly?
Qual o motivo do assassinato de Adrienne Shelly?
No imdb diz o seguinte: Adrienne's killer pleaded guilty to manslaughter. Diego Pillco, an illegal immigrant, admitted strangling her after she caught him trying to rob her apartment. He also confessed to hanging her and stage it as a suicide. At the time he was helping to renovate an apartment in the same West Village building where she had an office. He said he panicked when Shelly discovered him stealing from her purse and threatened to call the police.
É, Denis... Mas qual seria o motivo para tirar a vida de alguém?
Abs!
Já é o segundo que fala bem do filme, parece ser bom, então! Tá anotado!
abraços!
ahaha, somente peo fato de ter te deixado com essa pulga atras da orelha já vale o ingresso apra o filme...
vou procura-lo na minha próxima andança pela locadora, hehehe...
e seguirei teu cosnelho de não assistir ao lado de uma mulher, ehhehe...
é uma pena o mundo não ser tão mágico como o contado por vários filmes... e termos talentos promissores indo embora de uma forma brutal e inexplicavel...
abraços, Otávio!!!
Eu goste bastante desse filme!
Otávio, o real motivo para assassinar alguém geralmente é o mais sórdido possível. Nesse caso parece o velho e maldito dinheiro. Agora se você me pergunta num nível filosófico, aqui não é espaço para isso, pois levantaria muitas questões e o tempo não permite. Abs.
Otávio, veja só este vídeo musical com o elenco de Tropic Thunder + Gladys Knight!!!
O link é este:
http://br.youtube.com/watch?v=Pp-9ux5DTMI
Otavio, não se preocupe. Se lembre que, em "Garçonete", ainda existe aquela busca por um amor, por alguém que nos compreenda, que seja nosso companheiro. O que o filme mostra é que as mulheres querem alguém que as apóie e que esteja presente com elas em tudo!
Pode deixar que vou atrás de "Na Natureza Selvagem" para que eu possa assistir ao filme.
Beijos e bom final de semana!
Gostei muito dessa comédia dramática, Otavio. Como você disse ao final do texto, sem dúvida a Adrienne Shelly fará falta, não pelo fato de "Garçonete" ser alguma obra-prima (o que não é), mas que parecia ter um certo sentido para o cinema. Abraço!
É bom sim, Robson! Veja logo!
Rodrigo, se o mundo real fosse mágico como o mundo do cinema, eu abriria meu guarda-roupa e iria para Nárnia. Mas infelizmente não é assim. E voltando ao planeta Terra, lembro novamente: Assista GARÇONETE sem a companhia de uma mulher. E compre ou faça uma boa torta para ver o filme.
Que bom, Fabiana. O filme é bom, divertido...
Denis, obrigado! Vou olhar o video.
Ok, Kamila, ok! Mas procure o DVD de INTO THE WILD. Espero que goste.
É, Vinicius... É uma pena o que aconteceu com Adrienne Shelly. Ela sabia bem como injetar um pouco de originalidade nesse cinema de hoje. Só faltou mais tempo para ela mostrar tudo o que tinha para nos contar...
Abs a todos!
Belo filme mesmo, gostei bastante dele. E é uma pena que os talentos de Hollywood estão de partida. O pior é que desta vez foi por assassinato. Triste realidade, às vezes é melhor viver em fábulas, como a do filme.
3 estrelas também.
Ciao!
Wally, o filme é bem legal. E é uma pena o que houve com Adrienne Shelly.
Abs!
foi um filme simples, mas vale totalmente a pena ver.
perder a Adrienne foi terrivel.
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