Lady Vingança
São sentimentos da natureza humana que surgem numa sociedade capaz de punir assassinos impunes - sem esperar pela burocracia da lei. Aproveitando a pronúncia do título nacional é como se o diretor sacramentasse uma "lei de vingança". O diretor Park Chan-Wook leva o público a entender a decisão dos personagens de Lady Vingança e (na agonizante meia hora final) revela a grande força do filme: apontar uma história de redenção por trás de toda a trama de violência e vingança.
Você pode até lembrar de Kill Bill ao ler críticas de Lady Vingança, mas Quentin Tarantino parece um diretor de ótimas comédias perto do olhar perturbador de Park Chan-Wook. Realmente, o grande diretor de Pulp Fiction é influenciado pela arte do coreano, mas a comparação fica somente no tema (a violência) e na opção pela narrativa fragmentada.
Os momentos mais fortes de Lady Vingança são aqueles que você simplesmente não vê. É o poder da sugestão no cinema e a confiança do diretor na platéia. A violência neste filme é sufocante, mas quase nunca revelada. E ainda assim, muita gente não consegue olhar para a tela. E talvez, o cinema jamais tenha sido tão contundente ao denunciar crimes contra crianças. Não há banalização da violência, mas o cineasta não deixa de mostrar como a mídia se encarrega disso. O que também impressiona em Lady Vingança é como Park Chan-Wook consegue extrair beleza e sensibilidade de um tema tão difícil. Provavelmente, o filme nunca teria saído deste jeito se fosse bancado por um estúdio de Hollywood. É uma experiência de impacto único - por mais que eu tenha gostado, saí do cinema chocado. Acho que nunca encararia uma segunda sessão.
Lady Vingança (Chinjeolhan geumjassi, 2005)
Direção: Park Chan-Wook
Elenco: Lee Yeong-ae, Choi Min-sik, Go Su-Hee e Kang Hye-jeong
8 Comments:
Depois de séculos, até que enfim esse filme chegou no país. É triste mesmo, a grande maioria dos filmes asiáticos levam milênios até chegarem aqui, tanto que Mr. Vengeance é inédito aqui. Tomara chegue aqui na cidade, senão só em dvd ou por vias alternativas, hehe.
Amigo Otávio, abraços e dá-lhe Grêmio! =D
Valeu, cara! E dá-lhe GRÊMIO!!!!!!
Abs!
Otavio, Lady Vingança é o mais interessante dos tres - flashbacks das parceiras dela na cadeia sao impagaveis. Nao acho o mais lirico e poetico - Oldboy ganha nesse quesito -, mas o aspecto de vingança comunitaria mostrou algumas das cenas mais chocantes que ja vi no cinema (acho que o efeito so é comparavel ao de Thesis, de Alejandro Amenabar).
abs!
Esse filme não chegou ainda ao nordeste do país, mas ainda tenho esperanças de vê-lo.
Amei Oldboy e quero muuuito ver Lady Vinganca...mas sem sinal dele por aqui...
Quando saí do cinema, com meu querido afilhado Otavio Almeida, não encontrava palavras para definir o que havia acabado de ver. Não apssou nem 5 minutos e um pôster do filme me mostrou a definição mais perfeita que já vi em qualquer outro pôster de filme (que geralamente fazem feio ao tentar enganar. Acredito que é pela tentativa de levar públicos que não entram no perfil do filme. Como no caso de Sinais, em que frases de impacto espalhadas em outdoors indicavam ao público uma pelicula a la Vin Diesel, causando a decepção de muitos).
"Dolorasmente lindo" esta era a frase!
Psicologicamente violento,demente, mas de uma docilidade ímpar.
Adorei!
Lady Vingança é um ótimo filme, mas muito diferente de Oldboy. Nesse filme o fundamental é a redenção.
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