segunda-feira, novembro 26, 2007

Robert Zemeckis digital ou analógico?


Há tempos que o cinema entrou na era digital, mas o diretor Robert Zemeckis levou isso ao pé da letra. Só pode ser. Que ninguém diga ao cineasta, ao menos quem cruzar com ele, que A Lenda de Beowulf, seu novo trabalho que chega aos cinemas do país nesta sexta-feira, é uma animação. Dizem que ele fica bravo e jura de pés juntos que trata-se de um "filme". Mesmo que carne e osso sejam substituídos por pixels.

A técnica utilizada em A Lenda de Beowulf é a mesma que Zemeckis treinou em O Expresso Polar, de 2003. É a captura de movimento ou desempenho, o Motion Capture. Os atores são cobertos por pontos adesivos e roupas colantes e monocromáticas - tudo isso liga sensores a computadores. Dessa forma, as atuações são capturadas literalmente por suas imagens em 3D.

Peter Jackson fez o mesmo com o Gollum, de O Senhor dos Anéis, e o gorila gigante, de King Kong. Mas ainda assim, são os tais efeitos visuais. Tanto O Senhor dos Anéis quanto King Kong são filmes de verdade - no sentido antigo, ou arcaico, que a palavra já teve em Hollywood.

Com A Lenda de Beowulf e O Expresso Polar, parece que Robert Zemeckis enlouqueceu de vez. Ou então, ele tem razão e está mesmo buscando o futuro do cinema. Zemeckis sempre foi fascinado pela evolução da tecnologia. De certa forma, ele aproveitou o que tinha de melhor em cada época para gerar seus trabalhos. Zemeckis é o responsável pela trilogia De Volta Para o Futuro, Uma Cilada Para Roger Rabbit e Forrest Gump. Não é pouca coisa. Até alguns de seus filmes menos interessantes valem como exemplos dessa fascinação. É o caso de A Morte Lhe Cai Bem e Contato.

Sei lá, mas eu ainda prefiro o Robert Zemeckis de sua fase analógica. Adoro Náufrago, um de seus últimos "filmes". De Volta Para o Futuro, então, faz parte da minha formação. O cara é bom no que faz. E ainda confio em Zemeckis, mas acho que O Expresso Polar seria ainda melhor se fosse com crianças de verdade. Mas tudo bem. Que A Lenda de Beowulf venha para o bem do cinema (e não o contrário). Mesmo assim, diga a sua opinião: você prefere o Robert Zemeckis analógico ou o digital?

5 Comments:

At 11:03 PM, novembro 26, 2007, Anonymous Anônimo said...

Analógico, sem dúvida. Mesmo que eu tenha gostado bastante de O Expresso Polar, os trabalhos anteriores de Zemeckis, desde De Volta Para o Futuro até Forrest Gump, são perfeitos. Gosto muito dele, e ainda não me deu motivos para decepção.

A Lenda de Beowulf parece ser divertido, mas não espero mais que isso.

ps: respondendo ao seu coment no blog, Top Gun realmente é brega e bobinho, mas vale pela trilha e a nostalgia diverte. Ordem da Fênix gostei muito, mesmo que seja apenas melhor que os de Columbus. Adoro Carrie e acho Chocolate bom, apesar de superestimado. Ratatouille é, sem dúvida, o melhor.

Ciao!

 
At 12:29 PM, novembro 27, 2007, Blogger Museu do Cinema said...

ANALOGICO TB, não vi e nem pretendo ver os digitais.

 
At 6:55 PM, novembro 27, 2007, Blogger Kamila said...

Eu gosto do Robert Zemeckis digital e analógico. As experiências que ele faz com esse formato de captura de movimento são muito legais.

 
At 5:51 PM, novembro 28, 2007, Anonymous Anônimo said...

Considero o Robert Zemeckis um ótimo diretor em ambos os formatos. Acredito que seus filme sempre têm algum diferencial, até mesmo aqueles que não fazem parte dessa "era" digital. Meu preferido é de longe "Forrest Gump", top 10 em todos os tempos, mas adoro a trilogia "De Volta Para o Futuro" e "Contato" (que para mim é uma obra-prima incompreendida).

 
At 9:08 PM, novembro 28, 2007, Blogger Flávia said...

Humn... me parece meio sem sentido capturar os movimentos de Angelina Jolie para um personagem que se parece com... a Angelina Jolie! Pq não usar logo os atores em carne e osso? No caso do Gollum ou do Davey Jones acho sensacional...

Bjs!

 

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