quinta-feira, janeiro 18, 2007

Babel

A teoria do caos explica: o diretor Alejandro González Iñárritu filma Babel em diversas partes do mundo e, por causa disso, eu tenho uma profunda dor de cabeça aqui em São Paulo. Um ato pode gerar outro e assim vai...

Quando o badalado novo filme de Iñárritu começa, somos situados nas areias do Marrocos, onde um homem bate à porta de um humilde pastor para vender um rifle. Suas cabras são constantemente atacadas por chacais e ele não tem dúvida em comprar a arma. Seus dois filhos serão os encarregados em não deixar animal algum se aproximar. Para espantar o tédio, eles testam a potência do rifle e acertam, acidentalmente, um ônibus cheio de turistas. O tiro fere Susan (Cate Blanchett) e seu marido, Richard (Brad Pitt), se desespera ao tentar conseguir cuidados médicos nessa terra de ninguém.

O ponto de partida de Babel move outras duas histórias: Richard liga para sua casa nos EUA e pede para a babá Amelia (a excelente Adriana Barraza), não ir ao casamento de seu filho no México devido ao incidente no Marrocos. Mesmo assim, Amelia decide cruzar a fronteira na companhia de seu sobrinho, Santiago (Gael García Bernal), e carrega os filhos de Susan e Richard. Enquanto isso, no Japão, a ninfeta surda-muda Chieko (Rinko Kikuchi) não se dá bem com o pai devido ao suicídio da mãe. Para afogar as mágoas, ela acha que precisa se entregar aos braços do primeiro homem que ver pela frente.

É claro que Inárritu e o roteirista Guillermo Arriaga aproveitam essa alusão bíblica sobre a falta de comunicação para justificar a ambiciosa estrutura narrativa também usada nos ótimos trabalhos anteriores da dupla, Amores Brutos e 21 Gramas. Só que a idéia é demasiadamente pretensiosa e, por volta de meia hora de filme, a fragilidade dramática do roteiro é notada. Desta vez, a forma utilizada para unir histórias e personagens diferentes a partir de um acontecimento trágico soa artificial e não convence. São muitas tramas envolvidas, que sozinhas poderiam render um bom filme. Iñárritu exagera ao abordar a parte situada no Japão - um simples detalhe mencionado no final faz o elo com as outras histórias. Precisava acompanhar a japonesa sem calcinha? Em um momento, ela faz a cruzada de pernas de Sharon Stone, em Instinto Selvagem, parecer a coisa mais recatada desse mundo.

Iñárritu propõe uma sedução visual – uma mixagem de sons e imagens – com cenários horrendos do México e as loucuras da japonesinha em uma danceteria (o momento mais cool do filme). Mas a desculpa do cineasta é insinuar que tudo isso está lá para discutir migração clandestina, venda discriminada de armas e a falta de comunicação entre as pessoas. O grande problema do filme é essa armadilha. Iñárritu e Arriaga armam esse tabuleiro e sugerem a idéia, mas a conclusão cede ao esquemão hollywoodiano que tanto agrada à Academia. Basta dizer que só há esperança para os povos que interessam ao atual cenário mundial. Ou por que você acha que os americanos estão gostando de Babel?

Outro problema de Babel é o medo do diretor em cair na pieguice. Isso destrói o lado emocional do filme. Explico: quando cada história começa a atingir seu ápice dramático, o diretor corta para outra situação onde nada de emocionante acontece - Iñárritu atrapalha as boas atuações do elenco ao mostrar que está no controle. Ele prefere se concentrar em cenas que incluem Cate Blanchett urinando em Brad Pitt, crianças marroquinas se masturbando, galinhas decepadas no México e a tal japonesa peladona.

Em Babel, Iñárritu adverte: nunca entregue uma arma para um marroquino e jamais (em hipótese alguma) deixe seus filhos com uma babá mexicana. Você nunca sabe o que poderá acontecer.

35 Comments:

At 6:23 PM, janeiro 18, 2007, Blogger Otavio Almeida said...

Oi amigos!

Antes das pedradas, eu gostaria de saber se todos estão visualizando bem o blog... seja por Explorer, Mozilla, etc... qq um...

Abs!

 
At 6:51 PM, janeiro 18, 2007, Blogger Kamila said...

Antes das pedradas :-)

Estou visualizando seu blog muito bem, Otávio. Sem problema algum...

Vamos, então, à "Babel": Uma estrela só? Nossa, não vou contestar a sua crítica ainda, pois eu não assisti ao filme e não o verei nesta semana (o filme não estreará aqui em Natal) e não gosto de ler críticas antes de assistir ao filme em questão. Mas, não se sinta só. Tem muita gente que, assim como você, não gosta de "Babel".

 
At 6:54 PM, janeiro 18, 2007, Blogger Otavio Almeida said...

Obrigado, Kamila!

E quando o filme chegará a Natal? Eu achei que era uma estréia nacional... Mas não me abandone se vc gostar de BABEL, ok?

E vc viu meu e-mail sobre FILHOS DA ESPERANÇA?

Bjs!

 
At 8:55 PM, janeiro 18, 2007, Blogger João Micuansky said...

Não gostei de Babel ter ganho o Globo de Ouro, mas não acho o filme horrivel, gostei bastante das atuações de Pitt, Kikuchi e Barraza.E agora dá para visualizar o blog direito.

 
At 9:02 PM, janeiro 18, 2007, Anonymous Anônimo said...

Em relação à visualização do blog está tudo ok.
Em relação à "Babel" está nada ok, hehehehe. Eu adorei o filme, mas já estou me sentido um "estranho do ninho", visto que 8 a cada 10 cinéfilos estão odiando o filme. É certo que muitos diretores usam imagens fortes mesmo (como as cenas que você citou) somente para mostrarem que estáo no comando e também para chocar o espectador, mas não achei gratuito - o cinema asiático faz isso que é uma beleza e pouca gente reclama. De qualquer forma, uma ótima crítica (mesmo discordando de alguns pontos).

 
At 9:08 AM, janeiro 19, 2007, Blogger Flávia said...

Legal, acho que agora resolvemos os problemas do layout pra Mozzila e afins. Qualquer problema, avisem, ok?

Sobre Babel, eu fiquei chateada de ter desperdiçado meu ingresso pra ver o filme na Mostra ano passado, mas agora me sinto MUITO melhor! Só do Otavio me contar a cena da galinha, a imagem (o que eu imaginei dela) me perseguiu por alguns dias. Credo!

Bjs!

 
At 9:56 AM, janeiro 19, 2007, Blogger Diário de Dois Cinéfilos said...

Ahhh;...aqui eu consigo visualizar seu blog perfeitamente...
Uau, surpresa, numa nota péssima para o badalado Babel....vou ser bem sincero, resolvi não ler a critica para mim não perder a emoção no cinema....depois eu passo aqui e comento para falar oq achei...


Ahhh, já postei no blog os vencedores do PDC, passa lá pra ver como foi...

Até mais..

 
At 10:19 AM, janeiro 19, 2007, Anonymous Anônimo said...

Falar de Babel (após tanta espera da minha parte para ver o filme) sem tê-lo visto é uma tremenda injustiça. Prometo voltar aqui depois de assisti-lo, mas minhas expectativas são grandes quanto ao filme.

P.S: Crítica da semana em Claquete (http://claque-te.blogspot.com): Pequena Miss Sunshine, de Jonathan Dayton e Valerie Faris.

Abraços do crítico da caverna.

 
At 10:31 AM, janeiro 19, 2007, Blogger Otavio Almeida said...

Olá pessoal!

Tudo bom?

Alex, eu gostei dos trabalhos anteriores do Iñárritu, principalmente de 21 GRAMAS. Acho BABEL pretensioso demais e minhas últimas palavras no texto trnsmitem minha revolta com o filme do Iñárritu. Ainda não sei se o filme é preconceituoso ou não. Morando atualmente nos EUA, talvez Iñarritu esteja exorcizando seu demônios do passado qdo vivia no México.

João, não gosto do filme. Mas concordo com vc sobre os atores. Só que considero que há uma intervenção do Iñárritu na atuação deles. Acho que ele corta o ápice dramático de cada ator em cena para evitar a pieguice. É uma pena, pq todos estão muito bem.

Vinícius, obrigado! Vc tem toda a razão sobre o cinema asiático. Mas eles jamais se perderiam nessa pretensão toda do Iñárritu. Ali, sempre há... poesia. E os mexicanos do ano são Alfonso Cuarón e Guillermo Del Toro.

Para o "Diário de Dois Cinéfilos" e Roberto: Passo nos blogs de vcs já já, ok? E voltem para discutir BABEL. Quem sabe eu mudo de idéia ou vcs concordam... vamos conversar mais, afinal não é um filme a ser ignorado. Quem sabe se vcs me convencerem, eu volto ao cinema para ver a japonesinha peladona e a galinha sem cabeça...

Abs, e bom dia! E não me abandonem depois de BABEL... Hahahahaha...

PS: E Flavia, tem uma cena em BABEL que é assim: a galinha fica sem cabeça. HAhahahahahha...

 
At 10:39 AM, janeiro 19, 2007, Blogger Kamila said...

Otávio, você não está enganado, a estréia de “Babel” foi nacional. E eu não faço a mínima idéia do por quê do filme não ter estreado aqui nesta semana. Os filmes que estréiam na região Nordeste são distribuídos por uma empresa de Fortaleza. Vai ver as cópias que chegaram aqui na região foram para Recife, Salvador, Fortaleza. Espero que, na próxima semana, o filme chegue por aqui.

Ainda não vi seu e-mail sobre “Filhos da Esperança”. Vou conferir agora.

E, não se preocupe, porque se eu gostar de “Babel” não irei abandoná-lo. :-)

Bom final de semana!

 
At 11:02 AM, janeiro 19, 2007, Blogger Museu do Cinema said...

Estreou por aqui, ainda não sei quando vou ver, mas confesso que vou mais pelos prêmios do que por vontade de ver o filme.

 
At 11:56 AM, janeiro 19, 2007, Anonymous Anônimo said...

Ainda não vi Baber também.

Mas acredito que verei amanhã (sábado). Depois passo por aqui para comentar. Porém, se a tendência de discordâncias entre mim e você não tiver ido embora junto com o ano de 2006, eu vou amaaaaaaaar Babel! Hahahahahah

Em tempo: concordamos com Antes do Amanhecer e Antes do Pôr-do-sol, lembra? Hehehehe

Beijo!

 
At 11:57 AM, janeiro 19, 2007, Anonymous Anônimo said...

Baber é ótimo!!! hahahahaha

Leia-se: BABELLLLLLLLLL

 
At 12:30 PM, janeiro 19, 2007, Anonymous Anônimo said...

Nem vou ler ainda (vou ver o filme primeiro), mas essa estrela solitária me deixou incomodado...

talvez um abraço.

 
At 12:47 PM, janeiro 19, 2007, Blogger Otavio Almeida said...

Kamila, lamentável o fato de BABEL não chegar hj em Natal. Que absurdo! Vc teria o contato dessa "empresa de Fortaleza"?? E obrigado....

Cassiano, BABEL é obrigatório para quem é cinéfilo, afinal não podemos ficar indiferentes a um filme tão premiado e elogiado. Veja e depois me fale o que achou... mesmo que vc saia do cinema com a cara que eu saí...

Carla, algo me diz que vc vai gostar de BABER (ou BABEL)... Depois me fala...

E Tulio... mandei até beijo pra vc em outro blog... deixa um abraço pra mim, por favor, né?

Abs a todos!!!

 
At 1:12 PM, janeiro 19, 2007, Blogger gustavo said...

Meu Deus !!!!
assino completamente embaixo !!!
Babel é exatamente isso que vc citou e ficou tão bem definido nessa última frase !!!!

 
At 3:13 PM, janeiro 19, 2007, Blogger Museu do Cinema said...

Quando conferir comentarei sim!

Abs

 
At 3:57 PM, janeiro 19, 2007, Anonymous Anônimo said...

hehehehehehe, esse último parágrafo me lembrou imediatamente uma cena impagável de As Loucuras de Dick e Jane, na qual o Jim Carrey, com a boca machucada e com todos pensando que ele é um imigrante mexicano, pede para que os policiais liguem para o filho, que atende dizendo "Hola! Como estás?"...

Babá mexicana, nem pensar!

(ab!)

...

 
At 6:11 PM, janeiro 19, 2007, Blogger Otavio Almeida said...

Ótimo, Tulio!!! E obrigado, Gustavo! É o que eu penso do filme!

Abs a todos e bom final de semana! Vamos nos falando... E não esqueçam de ver BABEL e me contar o que acharam...

 
At 7:04 PM, janeiro 19, 2007, Blogger Otavio Almeida said...

Ah, deu certo? Valeu, Tulio! Obrigado pela informação. E bom cinema pra vc. Não esqueça de me contar...

Abs!

 
At 7:44 PM, janeiro 19, 2007, Anonymous Anônimo said...

É, viva o Cine Ouro mesmo! Tô na lan house daqui e daqui a pouquinho começa O Gosto de Cereja. Já viu? O post vai amanhã, apesar de eu estar com uns trabalhos atrasados para a rádio (vida de jornalista é foderosa, né não?)

E ainda vou tentar arrumar tempo para ver Babel...

vamos ver no que dá!

abs!

 
At 9:36 PM, janeiro 19, 2007, Blogger Wanderley Teixeira said...

Aê Otávio!Li sua resenha de Babel após assistir ao filme para não me influenciar e o filme correspondeu totalmente às minhas expectativas e algo mais...Não acho que a ligação entre os quatro núcleos do filme tenha sido algo criado por Arriaga como algo a ser revelado e pego de surpresa pelo público,tanto q as conexões quando são mostradas,acredito eu,são mais para efeitos da narrativa e naum para criar um mistério entre as histórias.O q interessa mesmo é a mensagem q Inarritu quer passar.Não enxerguei Babel como um filme q se rendeu ao esquemão hollywoodiano em seu final e não vejo em momento nenhum pieguice,algo q o vencedor do Oscar Crash faz direto.Não concordo naum,mas vá lá...
Falou!É assim mesmo...

 
At 5:28 PM, janeiro 20, 2007, Blogger Kamila said...

Otávio, não tenho o contato dessa empresa de Fortaleza. Mas, hoje perguntei a uma menina que trabalha no cinema que eu frequento se "Babel" iria estrear aqui na próxima semana? Sabe o que ela disse: "o trailer já está passando, parece que estréia em Maio". :-)

 
At 5:52 PM, janeiro 20, 2007, Blogger Wanderley Teixeira said...

Puta...Maio...kkkkkkkkkkkkkkkkkk

 
At 8:49 PM, janeiro 20, 2007, Blogger Kamila said...

Eu tenho quase certeza de que a menina não sabia nem do que ela estava falando... rsrsrsrsrsrsrsrs

 
At 3:05 PM, janeiro 21, 2007, Blogger Otavio Almeida said...

Olá pessoal!

Tudo bom?

Kamila, acho que essa menina deve estar enganada... só pode ser... que desrespeito com vc se o filme estrear somente em maio, né? Cinéfilo quer ver BABEL. E será filme de Oscar.

Wanderley, entendo sua admiração pelo filme. Eu li sua crítica. Mas em momento algum eu disse que o filme é piegas. Acho o contrário. Achei o Iñárritu com tanto receio em esbarrar na pieguice, que ele acabou comprometendo a emoção ao cortar o clímax dramático de cada história passando a narrativa para outra, onde nada de forte acontece... aí ele desenvolve uma e corta para outra no momento que a emoção começa a brotar... E vc achou mesmo que o segmento no Japão se justifica mesmo? Precisava acompanhar as aventuras da japonesinha? O elo com as outras histórias é apenas um detalhe... eu acho assim... talvez desse um bom filme se fosse só a saga da Chieko... quem sabe? Mas é assim mesmo. E sobre o "esquemão hollywoodiano", não sei se vc já notou, mas existem duas temáticas no cinemão americano (e que a Academia adora): "a volta para casa" e "a importância da família". BABEL pune os mexicanos e marroquinos no filme, mas arruma alguma esperança para pai e filha no Japão e sugere um recomeço para a família americana depois de tanto sofrimento. Foi isso o que eu disse.

E Tulio? Vc gostou, então? E galera, esse negócio sobre "pieguice": não concordo qdo isso é levado ao extremo como em... por exemplo... DIÁRIO DE UMA PAIXÃO, mas é legal como o Clint Eastwood faz, por exemplo, em MENINA DE OURO. Quando parece que ele vai cair no melodrama, ele se esquiva (como um bom boxeador) do clichê, mas nem por isso deixa o seu filme frágil nas emoções. É isso o que eu acho...

Bom resto de domingo pra vcs!

 
At 11:12 AM, janeiro 22, 2007, Blogger Otavio Almeida said...

Hmm... Meu problema com o Iñárritu é de conceito. No cinema dele, é sempre a tragédia que nos torna solidários. Não creio que seja verdade. Nãoo é preciso um tiro no deserto, um acidente de carro ou um atentado em Nova York. Penso que um filme pertence ao diretor até a data do lançamento... depois ele pertence ao público. São idéia da minha cabeça... Não sei, talvez eu seja romântico e queira acreditar em outras formas de união e solidariedade...

Abs!

 
At 2:19 PM, janeiro 22, 2007, Anonymous Anônimo said...

Assisti à Babel. E, como não podia deixar de ser, gostei muito do filme.

Concordo que esperava mais, mas achei o filme ótimo, mesmo assim.

Não acho que o clímax deramático das cenas tenha sido cortado. Acho que isso depende muito da sensibilidade de cada um.

Achei a trilha sonora muito bem escolhida e o elenco maravilhoso!

Também não concordo que a mensagem transmitida foi a que você descreveu no final do seu post. Entendi e interpretei totalmente diferente de você.

Mas, dessa vez sua opinião não me deixou passada, como a crítica sobre Volver, por exemplo (que eu não esqueço! hahahah).

Assistiu ao Filhos da Esperança? Só falta você não gostar também. Grunf!

Beijo!

 
At 6:33 PM, janeiro 22, 2007, Blogger Otavio Almeida said...

Tem certeza de que vc gostou de BABEL, Carla? Vc foi enganada pelo Iñárritu... tenho certeza disso... hahahaha...

E eu gostei de FILHOS DA ESPERANÇA sim... hahahahaha... é um belo filme.

Bjs!

 
At 10:20 AM, janeiro 23, 2007, Blogger Otavio Almeida said...

Vcs repararam que o menino atira na lado direito do ônibus? Ele jamais teria como acertar a Cate Blanchett, que estava no lado esquerdo do veículo... enfim...

 
At 11:16 AM, janeiro 23, 2007, Blogger Museu do Cinema said...

Gostei de seu ponto de vista, apesar de discordar quase que completamente com ele.

 
At 9:16 PM, fevereiro 17, 2007, Blogger Victor said...

Também não gostei muito de Babel não...assino em baixo ae!
Vi outro dia o filme só, por isso, só hoje vim comentar aque e no meu blog..hehehe

Abraço!

 
At 8:27 PM, fevereiro 23, 2007, Anonymous Anônimo said...

"Outro problema de Babel é o medo do diretor em cair na pieguice. Isso destrói o lado emocional do filme. Explico: quando cada história começa a atingir seu ápice dramático, o diretor corta para outra situação onde nada de emocionante acontece." Ô Otávio, você está querendo dizer que o Iñánhunhinrritunhum é um Almodóvar disfarçado de monge trapista?

 
At 11:38 AM, fevereiro 26, 2007, Blogger Otavio Almeida said...

Oi Romane!

Muito obrigado por passar aqui... E apesar de não ser fã do Almodóvar, o cinema dele é muito mais emocionante do que o que faz o Iñárritu.

Almodóvar ama o cinema, inclusive. Já não digo o mesmo do Iñárritu.

Abs!

 
At 11:36 PM, março 06, 2007, Anonymous Anônimo said...

Magnífico. O segundo melhor de 2006, bem atrás de Os Infiltrados. Pena que não pensa o mesmo. Um trabalho verdadeiramente virtuoso.

4/4 estrelas.

 

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