Borat
Não é de hoje que o cinema aposta em comédias politicamente incorretas. Muitas exageram e deixam qualquer compromisso artístico de lado – nada de bons roteiros ou atores inspirados. Mesmo sem cérebro, o importante é fazer o público rir. Por essas e outras razões, não é injusto dizer que Borat – O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América (Borat – Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan, 2006) é um divisor de águas no gênero.
Além de ser o filme mais engraçado desde sei lá quando, Borat tem um roteiro inteligente e sua própria concepção é hilariante. Borat Sagdiyev (Sacha Baron Cohen) é um repórter do Cazaquistão que vai aos EUA para filmar um documentário capaz de... atualizar a cultura de seu país. Só que a América visitada por Borat não é tão diferente assim de seu pequeno e glorioso Cazaquistão. É uma alfinetada no significado de globalização (americanização?). Diferente de outras comédias, o alvo do filme não é o “politicamente incorreto”, mas o ataque à “incorreção política”.
Em toda a história do cinema, nunca houve um filme tão direto na crítica à política e à sociedade americana. Borat destrói valores do american way of life e dispara contra mulheres, minorias e deficientes físicos. Ele não consegue esconder a surpresa ao descobrir como tais grupos são respeitados nos EUA. Ainda assim, a grande polêmica está no ódio do repórter pelos judeus.
O segredo do filme está na inocência do personagem criado pelo comediante inglês de origem judaica Sacha Baron Cohen – um homem que desconhecia a cultura fora do Cazaquistão (mesmo que não seja verdade o que acontece por lá). Cohen, em parceria com o diretor Larry Charles e o produtor Jay Roach criticam o modo como os americanos enxergam os estrangeiros e (pior) seu próprio povo. Ironicamente, ninguém foi para a cadeia e Borat virou um ícone da cultura pop. Sem entregar as cenas, basta dizer que você vai chorar de rir mesmo não aprovando o humor grosseiro. Nem que seja na famosa seqüência da luta no quarto do hotel.
O fascínio também reside na tentativa de decifrar o que é verdade ou não em Borat. Muita gente em cena foi enganada ao achar que realmente estava sendo entrevistada por um repórter do Cazaquistão. A busca de Borat pela amada Pamela Anderson é o principal elemento encontrado pelos roteiristas (Cohen é um deles) para confundir o público nessa percepção. A idéia está naquela velha história: “perco o amigo, mas não perco a piada”. Nada mais será como antes deste filme. Very nice!
Borat – O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América
(Borat – Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan, 2006)
Direção: Larry Charles
Roteiro: Sacha Baron Cohen, Anthony Hines, Peter Baynham e Dan Mazer
Elenco: Sacha Baron Cohen, Ken Davitian, Luenell e Pamela Anderson
Além de ser o filme mais engraçado desde sei lá quando, Borat tem um roteiro inteligente e sua própria concepção é hilariante. Borat Sagdiyev (Sacha Baron Cohen) é um repórter do Cazaquistão que vai aos EUA para filmar um documentário capaz de... atualizar a cultura de seu país. Só que a América visitada por Borat não é tão diferente assim de seu pequeno e glorioso Cazaquistão. É uma alfinetada no significado de globalização (americanização?). Diferente de outras comédias, o alvo do filme não é o “politicamente incorreto”, mas o ataque à “incorreção política”.
Em toda a história do cinema, nunca houve um filme tão direto na crítica à política e à sociedade americana. Borat destrói valores do american way of life e dispara contra mulheres, minorias e deficientes físicos. Ele não consegue esconder a surpresa ao descobrir como tais grupos são respeitados nos EUA. Ainda assim, a grande polêmica está no ódio do repórter pelos judeus.
O segredo do filme está na inocência do personagem criado pelo comediante inglês de origem judaica Sacha Baron Cohen – um homem que desconhecia a cultura fora do Cazaquistão (mesmo que não seja verdade o que acontece por lá). Cohen, em parceria com o diretor Larry Charles e o produtor Jay Roach criticam o modo como os americanos enxergam os estrangeiros e (pior) seu próprio povo. Ironicamente, ninguém foi para a cadeia e Borat virou um ícone da cultura pop. Sem entregar as cenas, basta dizer que você vai chorar de rir mesmo não aprovando o humor grosseiro. Nem que seja na famosa seqüência da luta no quarto do hotel.
O fascínio também reside na tentativa de decifrar o que é verdade ou não em Borat. Muita gente em cena foi enganada ao achar que realmente estava sendo entrevistada por um repórter do Cazaquistão. A busca de Borat pela amada Pamela Anderson é o principal elemento encontrado pelos roteiristas (Cohen é um deles) para confundir o público nessa percepção. A idéia está naquela velha história: “perco o amigo, mas não perco a piada”. Nada mais será como antes deste filme. Very nice!
Borat – O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América
(Borat – Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan, 2006)
Direção: Larry Charles
Roteiro: Sacha Baron Cohen, Anthony Hines, Peter Baynham e Dan Mazer
Elenco: Sacha Baron Cohen, Ken Davitian, Luenell e Pamela Anderson
7 Comments:
Wawawewa!!!!
Muito legal ... gostei muito da sua critica e estou vendo o seu blog aqui e achei muito bom ... vou colocar nos relacionados do meu blog ... muito interessante a sua critica sobre o filme ...
até lá e abraços
Wawawewa!!!!
Otávio, fazia tempo que eu não ria tanto no cinema. A última vez tinha sido em "Austin Powers - O Agente Bond Cama".
"Borat" é um filme fantástico. E eu acho que a grande virtude dele é a espontaneidade. As pessoas se revelam às câmeras.
E concordo plenamente com seu texto. O filme transforma o politicamente incorreto em motivo de riso, os estereótipos sobre figuras clássicas dos EUA são confirmados e a gente ri sem culpa mesmo.
Beijos.
Oi Johnny! Passe mais vezes por aqui... vou visitar o seu blog.
Kamila, revi BORAT ontem... fiquei numa dúvida: o Azamat se veste de Carlitos ou do Gordo de "O Gordo e o Magro"?? Até tirei esse comentário da crítica, pois fiquei em dúvida.
E Tulio, WAWAWEEWA!!!!!!!!!!!!!
Otávio, eu acho que ele se veste de Carlitos. Foi essa a minha impressão inicial.
Também achei hilário e excelente.
Como você dá notas dentro de 4 estrelas, algo que um dia também vou fazer. Para Borat, eu dou 3.5.
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