segunda-feira, setembro 29, 2008

Denis Contra-Ataca


Ok, amigos, não ando com muito tempo para me dedicar ao blog como gostaria. Mas pretendo voltar ao normal em breve com posts todos os dias. Ou uma média dessas. Pensando nisso, abri espaço aqui no Hollywoodiano para uma coluna semanal (ou quase isso) do cinéfilo Denis Torres Ferreira, que é são-paulino, logo tem o rei na barriga. Ele é chato, persistente, mas entende de cinema e seu estágio aqui no Hollywoodiano é merecido. Enfim, o cara comentará filmes recentes, outros nem tanto e será responsável pelas respostas dos comentários da coluna Denis Contra-Ataca. Ele começa com uma crítica de Rebobine, Por Favor, o aguardado filme de Michel Gondry (Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças), que está em cartaz no Festival do Rio 2008.

Agradeço ao jovem amigo são-paulino e a todos vocês.

Muito obrigado!

Otavio Almeida



Rebobine, Por Favor,
de Michel Gondry


Rebobine, Por Favor (Be Kind Rewind, 2007) é uma daquelas comédias raras no cinema atual. A história gira em torno de três personagens: Jerry (Jack Black), Mike (Mos Def) e Elroy Fletcher (Danny Glover), este último dono de uma locadora decadente, que ainda aluga fitas VHS num prédio prestes a ser demolido.

Fletcher sai à procura de idéias de como ressuscitar e ter dinheiro para manter seu negócio. Enquanto isso, deixa seu funcionário Mike tomando conta da loja. O problema é que Mike tem Jerry como seu melhor amigo - e todos sabem que quando Jack Black está na área é melhor sair de baixo...

Após ser eletrocutado e entrar na locadora como um ímã ambulante, Jerry desmagnetiza todas as fitas. Para que o já fraco negócio de Fletcher não vá a total falência, Jerry e Mike fazem remakes tosquíssimos e hilários dos filmes apagados. E não é que a fórmula se torna um sucesso? Filmes como Os Caça-Fantasmas, A Hora do Rush 2, O Rei Leão, RoboCop e Conduzindo Miss Daisy, são "refilmados" pela dupla de forma impagável. Portanto, segure o riso na cadeira!

O elenco feminino é uma atração à parte: temos Sigourney Weaver numa participação rápida, enquanto Melonie Diaz encanta com seu jeito travesso e Mia Farrow está ótima como a meiga e doce amiga de Fletcher.

A trilha sonora de Rebobine, Por Favor é um delírio, principalmente para quem gosta de jazz. E quem conhece Fats Waller vai adorar toda a brincadeira feita com o lendário músico, cuja autobiografia é refeita no filme. Clássicos como Your Feets Too Big, Ain't Misbehavin e I Ain't Got Nobody fazem parte da educação de qualquer um que aprecie boa música.

Porém, quem está pensando que Rebobine, Por Favor é apenas uma comédia bobinha e leve, está enganado. Nossos tempos cínicos fazem esquecer que o cinema foi e deveria ser, uma experiência coletiva. Fica claro no filme que contar uma história é uma necessidade humana, por mais tolo que isso possa parecer. Todos nós queremos fazer parte de algo maior e sonhar é algo belo, mesmo que esse sonho nunca se realize. No escuro do cinema, somos todos crianças à procura de nosso passado e vislumbramos nosso futuro com fé. Sim, os blockbusters e as mega-produções nos fizeram esquecer ou consumir esse sonho de forma desenfreada e quase irracional. Sem nenhuma reflexão.

O novo filme do diretor francês Michel Gondry não é nenhum quebra-cabeças como o belíssimo Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, mas ele é encantador pela sua simplicidade; pela produção modesta que é e pela química entre os integrantes do elenco. É aquele tipo de filme que certos atores até deveriam abrir mão do cachê, pois fica evidente como muitos deles estão à vontade e felizes por participarem de algo tão leve e divertido. Aliás, a cena final é emocionante e serve como exemplo para que todos não se esqueçam de saborear os momentos simples e preciosos que têm se tornado tão raros.


Denis Torres Ferreira

sábado, setembro 27, 2008

Luto oficial


PAUL NEWMAN
1925-2008

terça-feira, setembro 23, 2008

Leo & Kate


No final de 1997, e durante boa parte de 1998, o casal fictício de Titanic, formado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, encantou platéias do mundo inteiro. Naquela época, muita gente se espelhou nos dois. Na verdade, fazia um tempo que um público carente não ia aos cinemas para ver um épico romântico tão intenso, clássico.

Leo e Kate inspiraram uma geração, arrancaram suspiros de fãs e deram experança a vários corações apaixonados. Um exemplo que ilustra tal sentimento é a minha cena favorita de Titanic. Lembra quando Jack (DiCaprio) observa Rose (Kate) descendo no bote e ambos se entendem só pelo olhar e ela pula de volta para o navio? Pois é. Aquela é "a cena". Um casal se entendendo somente pelo olhar. Nada de palavras. Somente o olhar. Não é maravilhoso?

Bom, uma década depois, Leo e Kate voltam a dividir a mesma tela. Mas ao contrário do filme de James Cameron, Revolutionary Road não parece ser um mar de rosas para o casal. É como se Jack e Rose fossem casados e obrigados a enfrentar a vida como ela é. Acho interessante esperar pelo novo longa de Sam Mendes (Beleza Americana) desta forma. Enfim, confira o trailer abaixo.

Revolutionary Road estréia em 19 de dezembro nos EUA. No Brasil, só em 30 de janeiro de 2009.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Os melhores professores que eu já tive


ALFRED HITCHCOCK




BILLY WILDER




DAVID LEAN



FRANCIS FORD COPPOLA



FRANK CAPRA



JOHN FORD



MARTIN SCORSESE



RIDLEY SCOTT



STANLEY KUBRICK



STEVEN SPIELBERG






Aprendi muito mais com cada um de vocês do que tudo o que já vi, li e ouvi na escola. A vida é muito maior. Viver é uma arte. Agradeço muito a cada um de vocês, meus mestres.

Obs: A lista está em ordem alfabética.

sábado, setembro 20, 2008

Os melhores álbuns do ano - Parte II

A lista musical de 2008 continua. Antes, reveja a Parte I. Depois, aprecie os álbuns abaixo com (nenhuma) moderação. Se liga: a ordem é alfabética e não de preferência.



The Age of the Understatement / THE LAST SHADOW PUPPETS

Ouça e veja:
Standing Next to Me
My Mistakes Were Made For You
The Age of the Understatement

Comentário:
Alex Turner, do Arctic Monkeys, e Miles Kane, do The Rascals, formam o The Last Shadow Puppets. Como muitos, os caras levam um pouco a sério as influências visuais e sonoras dos Beatles. Mas a música do Last Shadow Puppets jamais imita as canções do eterno quarteto de Liverpool. Para entender, ouça Standing Next to Me, a baladinha romântica de 2008. Pega fácil. O videoclipe também é um dos melhores do ano.



Consoler of the Lonely / THE RACONTEURS

Ouça e veja:
Consoler of the Lonely
Old Enough
Top Yourself
Carolina Drama

Comentário:
Se houvesse rock and roll no glorioso Velho Oeste, The Raconteurs seria uma das bandas mais adoradas do período. Não sei se você entende essa minha visão do The Raconteurs, mas tente ouvir o álbum. É um som único e original, que saiu da imaginação fértil de Jack White, o gênio por trás do The White Stripes. Consoler of the Lonely é um álbum obrigatório para quem tem saudades de um rock clássico que insiste em não voltar mais. Ainda assim, Jack White consegue inserir algo de novo naquilo que já conhecemos de outras boas e melhores épocas do rock. Pelo menos, por favor, dê uma chance a Carolina Drama.



Evil Urges / MY MORNING JACKET

Ouça e veja:
I'm Amazed
Evil Urges
Thank You Too!

Comentário:
Assim como The Raconteurs, o My Morning Jacket (adoro esse nome) também remete ao bom e velho rock que todos consideram morto e enterrado. Mas diferente do som da trupe de Jack White, o My Morning Jacket toca como se estivesse em plenos anos 70. Duvida? Então ouça, pelo menos, I'm Amazed, uma das melhores músicas do ano. É puro rock solteiro em boa forma, antes do casamento com outros ritmos que deixou este tipo de som um tanto gordo e barrigudo.



Narrow Stairs / DEATH CAB FOR CUTIE

Ouça e veja:
Cath...
I Will Possess Your Heart
Grapevine Fires

Comentário:
Ben Gibbard, o vocalista dessa banda de nome estranho é um gênio. Ele sabe tudo de música e mais um pouco. Com uma cara que é uma mistura de Corey Feldman com o jovem Neil Young, Gibbard tem um jeito todo particular em suas performances. Não acredita que o sujeito é bom no que faz? Pois ouça essas versões de Ben Gibbard para Thriller, de Michael Jackson, e Complicated, de Avril Lavigne. Sem falar que Cath... é uma canção genial sobre dor de cotovelo e como as pessoas tomam decisões erradas na hora em que deveriam ser felizes. Aliás, essa é a tônica do álbum Narrow Stairs, um épico sobre corações partidos acentuado pela bela I Will Possess Your Heart.


We Started Nothing / THE TING TINGS
Ouça e veja:
Shut Up and Let Me Go
Be the One
That's Not My Name
Great DJ

Comentário:
É fácil, moderno e grudento. Cuidado! O duo inglês The Ting Tings, formado por Katie White e Jules de Martino, faz um tipo de música dançante que martela na cabeça sem parar. É um rockizinho meio dance, meio disco, meio 80's, meio pop, meiguei, mas imprevisível. The Ting Tings é bacana pra dançar, pular e zoar a vontade. Be the One é a minha favorita do álbum de estréia da dupla - escrevi isso aqui enquanto ouvia essa faixa pela sétima vez no iPod.

quinta-feira, setembro 18, 2008

As 10 mulheres mais lindas da Hollywood atual

Minha amiga Fabiana, do blog A Culpa é da Crítica, desafiou este que vos escreve a postar um Top 10 com atrizes da atualidade que conseguem aliar talento e beleza. Embora não seja o meu tipo de post, ok, vamos lá. Na verdade, não gosto muito de revelar assim tão facilmente o perfil da mulher que me encanta - aposto que você não estava esperando essa palavra, não é? "Encanta"... Mas é isso. A lista (em ordem alfabética) revela um pouco do meu lado pessoal, mas tudo bem. Não vou explicar as minhas razões, mas divirta-se, xingue, sinta-se a vontade. Elas estão aí. Concentre-se no olhar das moças.

Anne Hathaway


Cate Blanchett

Charlize Theron

Ellen Pompeo

Eva Green


Evangeline Lilly

Jennifer Connelly


Jennifer Garner

Katherine Heigl


Naomi Watts

quarta-feira, setembro 17, 2008

If You Believed They Put a Man on the Moon


Amigos, eu queria muito que o Hollywoodiano fosse o meu ganha-pão, mas infelizmente não é. E está difícil arrumar tempo pra atualizar o blog todo santo dia. De qualquer forma, estou digerindo Ensaio Sobre a Cegueira para postar uma crítica decente nos próximos dias, trabalhando muito, ouvindo Sawdust (do The Killers) e muito, mas muito R.E.M., pois já estou de ingresso na mão para o show da banda, em novembro, aqui em São Paulo (Sim, já estão a venda). Saca só o olho azul destruído pelas olheiras. Mas pronto para preparar uns posts já para amanhã. Pronto para o R.E.M. Pronto para o que der e vier.

Abaixo, um vídeo de uma das músicas que o R.E.M. promete tocar. Chama-se Gardening at Night, velharia total do álbum Chronic Town, de 1982, uma das minhas favoritas. Antes de terminar, um desabafo: Cancelaram o show do Nine Inch Nails, em outubro. Os ingressos estavam caros demais e parece que muita gente preferiu guardar dinheiro pra ver o R.E.M. Mas será que só eu curto o Nine Inch Nails?

domingo, setembro 14, 2008

Hellboy II - O Exército Dourado


Atualmente, a onda é adaptar HQs para o cinema da forma mais séria possível. Foi assim com Homem de Ferro e, principalmente, Batman - O Cavaleiro das Trevas. A diversão jamais fica de lado, claro, mas existe uma evidente tentativa no ar de direcionar o conteúdo e a alma das HQs para um público mais adulto. É um risco interessante, compreensível e muito bem-vindo, mas de vez em quando é bom variar. Por isso, a sensação de assistir a um contraponto tão divertido (e até então despretensioso) como Hellboy II - O Exército Dourado (Hellboy II - The Golden Army, 2008) mostra que o cinema não precisa ser sempre, mas ainda pode ser divertido.

O grande responsável por tal resultado é o visionário cinesta mexicano Guillermo Del Toro, que finalmente conquistou Hollywood. Tudo isso graças ao sucesso (e aos três Oscars) de O Labirinto do Fauno. Se o primeiro Hellboy é uma aventura divertidinha, mas descartável, a segunda parte parece um trabalho com a legítima e já reconhecível assinatura de Del Toro. Não sei se ele conseguiu carta branca do estúdio, algo que não deve ter acontecido no primeiro, mas Hellboy II é uma aventura muito mais livre, leve e solta. É um filme comprometido com a diversão e nada mais. E ainda assim, a direção, as preferências visuais e contextuais de Del Toro são notadas - o que é uma vitória e tanto para um cineasta estrangeiro em Hollywood.

Antes que você pense nisso, Hellboy II não é bobo ou idiota. São duas horas de puro entretenimento com uma história envolvente cheia de personagens carismáticos e bizarros. Lembra grandes momentos de filmes inesquecíveis de fantasia e ficção científica como Star Wars, Os Caça-Fantasmas, Homens de Preto e Os Aventureiros do Bairro Proibido.


Mas jamais chame Hellboy II de filme de fantasia na cara de Guillermo Del Toro. Para o diretor, ele faz contos de fadas. Ok. Até entendi seu raciocínio, pois achei Hellboy II um filme ultra-mega romântico - por mais estranho que seja admitir isso. Del Toro mostra que é possível extrair beleza dos momentos de desespero e trevas. Com bom humor e muita leveza, não é exagero afirmar que o diretor vê luz na escuridão. São duas histórias de amor que movem o filme: Hellboy (Ron Perlman) + Liz (Selma Blair, linda) e Abe (Doug Jones) + Princesa Nuala (Anna Walton), a irmã do grande vilão do longa, o Príncipe Nuada (Luke Gross).

Não gosto de contar a trama dos filmes, nem mesmo suas premissas. Mas o maior conselho que posso dar a você é: Entre no cinema, esqueça a vida lá fora e relaxe. Assim, talvez você seja capaz de rir, vibrar, torcer e ficar com os olhos cheios d'água por causa dos heróis de Hellboy II - O Exército Dourado. Penso que não existe outra forma de encarar esse filme.

Del Toro dirige com tanta paixão que não há como não se emocionar na cena mais atípica do filme - é quando Hellboy e Abe cantam Can't Smile Without You, clássico romântico de Barry Manilow. É a melhor cena e uma das melhores do ano. É Guillermo Del Toro vendo luz na escuridão. E uma seqüência que se destaque de tal forma só comprova que o filme é especial. Pode não ser perfeito, mas funciona que é uma maravilha.

Mas você não liga para drama em um filme como Hellboy II e só quer saber de ação e efeitos visuais, certo? Bom, saiba que Del Toro também não decepciona na tentativa de embarcar o público numa viagem escapista da melhor qualidade. Mas me recuso a analisar um filme somente por seus aspectos técnicos. E Hellboy II tem muitos atrativos nesses pontos e não vê-lo entre os finalistas aos Oscars de Melhor Direção de Arte e Melhor Maquiagem seria muita sacanagem da Academia.

Vejo Hellboy II como o episódio do meio de uma provável trilogia de fantasia, ops, quero dizer... Conto de fadas moderno sobre escolhas, amadurecimento, esperança e a opção de viver um grande e verdadeiro amor em tempos tão cínicos e infelizes como os dias de hoje. A própria proposta da canção de Barry Manilow ecoando nos corações dos monstros de Del Toro já é um empurrãozinho para encorajar essa Humanidade podre a voltar a sorrir.

Hellboy II - O Exército Dourado (Hellboy II - The Golden Army, 2008)
Direção: Guillermo Del Toro
Roteiro: Guillermo Del Toro (Baseado nos quadrinhos de Mike Mignola)

Elenco: Ron Perlman, Selma Blair, Doug Jones, John Alexander, James Dodd, Seth MacFarlane, Luke Goss e Anna Walton

sábado, setembro 13, 2008

Os fanfarrões do ano



Brendan Fraser
(Ator de Viagem ao Centro da Terra e A Múmia - Tumba do Imperador Dragão)


Roland Emmerich
(Diretor de 10.000 A.C.)

Will Smith

(Ator de Hancock)

Eddie Murphy
(Ator de O Grande Dave)

Adam Sandler
(Ator de Zohan - O Agente Bom de Corte)

Mike Myers
(Ator de O Guru do Amor)


M. Night Shyamalan
(Diretor, roteirista e produtor de Fim dos Tempos)

O monstro de Cloverfield
(Não vi e não gostei)

Amy Winehouse
(Por só ter feito merda longe da música)


Mike Newell
(Diretor de O Amor nos Tempos do Cólera)

Keanu Reeves
(Ator de Os Reis da Rua)


Jessica Alba
(Atriz de Awake e outras baboseiras)


Hayden Christensen
(Ator de Jumper e Awake)


A turma de comédias imbecis como Os Espartalhões
e Super-Herói: O Filme
(Mas é covardia, pois esses caras sempre entrarão na lista)


A nata de Cannes
(Que saiu com nojinho de Ensaio Sobre a Cegueira)

Chris Carter
(Diretor e roteirista de Arquivo X - Eu Quero Acreditar)

Britney Spears
(Por ter nascido)

sexta-feira, setembro 12, 2008

Fernandão Meirelles


O maior craque brasileiro jogando no exterior não é Ronaldinho Gaúcho ou Kaká. Muito menos Maicon (?) ou Anderson (??). O nome do grande talento tupiniquim em terras ianques é mesmo Fernando Meirelles, o diretor de Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel e o novo Ensaio Sobre a Cegueira, que estréia hoje. Neste final de semana, o lugar do cinéfilo que se preza é no cinema. Dane-se o resto.

Se bem que domingo tem o Morum Beats 2008 com shows imperdíveis de Ibson, Sambueza, Leo Moura, Juan, Fábio Luciano e Cia. rumo ao hexacampeonato inevitável. Finalmente, o estádio da elite paulistana será invadido por uma torcida de verdade. Que final de semana, hein!

Mas voltando ao cinema de Fernando Meirelles (de onde eu não deveria ter saído, afinal tem são-paulino e gremista de tocaia), o diretor do melhor filme nacional de todos os tempos mostra agora a nós, brasileiros (e não torcedores da Seleção da CBF, pois uma coisa é diferente da outra), o resultado de sua jornada cinematográfica pela obra de José Saramago. É bom o leigo saber que o livro é pesado e o filme não deve agradar a todos. Mas será que você está pensando em ficar fora dessa? É show imperdível com Julianne Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover, Alice Braga e Gael García Bernal. Finalmente, os cinemas serão invadidos por cinéfilos de verdade.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Atenção para o boato exclusivo


O diretor Christopher Nolan tirou merecidas férias após a estréia de Batman - O Cavaleiro das Trevas. Até agora, ele não disse nada sobre um inevitável terceiro Batman Begins (Again and Again). Embora todo mundo saiba que o filme será feito, com ou sem Nolan, a boataria espalhada pelos Bat Nerds anda chutando o pau da barraca. Enfim, pode até ser que Philip Seymour Hoffman assine para o papel do vilão Pingüim, assim como Johnny Depp chegue a um acordo para viver o Charada. É o que andam dizendo. Não eu. Aliás, os dois atores já revelaram que os boatos não passam de... Boatos.

Mas pergunto: Por que muitos querem ver Philip Seymour Hoffman como o Pingüim? Ok, óbvio, ele é um grande ator. Tem um Oscar e um Globo de Ouro na estante da sala, mas acho que não é exatamente por isso que pensam nele para reviver um dos maiores vilões do Homem-Morcego.


Veja bem como são as pessoas, amigo. Muitos acham que Leonardo DiCaprio não é parecido fisicamente com Howard Hughes, personagem que interpretou em O Aviador. Logo, ele não deveria ter feito o filme de Martin Scorsese. Outros acham que Tom Hanks não tem nada a ver com o Charlie Wilson de Jogos do Poder. Não é brincadeira, mas tem gente que pensa que o talento deve ficar em segundo plano. E embora o Pingüim não seja um personagem da vida real fora das ruas de Gotham City, o público em geral quer ver um ator com fisionomia semelhante ao "biografado" da vez. Sempre foi assim. E, você sabe, Philip Seymour Hoffman tem pançinha de chopp. Com todo o respeito, claro. Mas responda rápido: Se o Pingüim dos quadrinhos é baixinho e gordinho, qual ator talentoso do momento você indicaria para o papel? Entendeu o drama? Imagine agora o seu futuro filho obeso sendo escalado para o papel de Jô Soares ou Fausto Silva na peça da escola. Dói quando é com você, não?

Outro estereótipo está na Mulher Gato. A galera já quer Angelina Jolie no papel. Ah, a Mulher Gato com aquele uniforme é a típica gostosona, não? Claro que é! Então, é hora de fazer uma lista Top 10 com as mulheres mais desejadas de Hollywood e arriscar palpites, certo? Imagine, então, se Rodrigo Santoro e Alice Braga levassem a Juliana Paes pra Hollywood. Aí seria "Adeus, Angelina!"

Ora bolas, gente, será que Heath Ledger teria sido a primeira opção de vocês para o papel do Coringa? No fim, o cara detonou e seu nome é forte candidato a uma indicação ao Oscar. Muitos foram obrigados a engolir a atuação de Heath Ledger da mesma forma como engoliram o Zagallo naquela longínqua Copa América.

De repente, Philip Seymour Hoffman será o Pingüim. Quem sabe? Assim como Angelina Jolie pode acabar como a Mulher Gato. Ou Johnny Depp como o Charada. Mas será que não podem esperar pela decisão de Christopher Nolan? Será que o diretor de Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas volta para o terceiro filme? Tudo indica que sim. Mas, ei, nerds, pisem no freio! E jornalista de verdade não deveria se prender a boatos ou discussões de comunidades do Orkut. Vocês precisam largar o Playstation 3 e sair um pouco.

terça-feira, setembro 09, 2008

O Nevoeiro


Olha, há tempos que eu não saia tão impressionado do cinema como saí da sessão de O Nevoeiro (The Mist, 2007). Não falo necessariamente de ficar chocado com alguma técnica cinematográfica, embora tudo seja muito bem feito. Falo de sair assustado com a história, sabe? Como aquele bom, velho e arrepiante conto de terror que já ouvimos de luz apagada por diversas vezes antes de dormir. Ou numa rodinha de amigos em torno de uma fogueira. Pois é. A nova incursão do diretor Frank Darabont (Um Sonho de Liberdade, À Espera de um Milagre) pelo universo fantástico do escritor Stephen King é uma viagem para o Inferno. E só de ida. Não adianta procurar, pois as passagens de volta estão esgotadas.

Tudo começa muito rápido quando uma cidadezinha norte-americana é cercada sem aviso, de uma hora pra outra, por um maldito nevoeiro. A câmera do diretor acompanha um grupo de pessoas enfurnado num mercadinho. Alguns tentam sair, mas há alguma coisa naquele nevoeiro (não vou contar o que é, pois você não acreditaria) que faz com que o único destino desses valentes céticos seja a morte certa. E não é nem um pouco bonito morrer dentro do nevoeiro de Stephen King.


Fugindo um pouquinho do filme, acho interessante traçar um paralelo. O Nevoeiro é tudo o que um diretor como M. Night Shyamalan deve sentir ao ver seus próprios filmes. Já o público só se irrita com seu parque de diversões particular. Vide seu mais recente papelão (Fim dos Tempos). Shyamalan só pode achar aquilo genial. É curioso pensar nisso, mas o que será que ele achou de O Nevoeiro?

Como em um filme de Shyamalan, O Nevoeiro também aparenta ser sobre uma coisa, porém, no fundo, quer discutir outro assunto. Mas não é tão explícito e descarado como os piores filmes do diretor que já fez O Sexto Sentido. Em O Nevoeiro, Frank Darabont é discreto e usa todo o terror vivido pelas pessoas dentro do mercadinho para estudar o comportamento humano. Este pequeno grupo é a representação de uma sociedade que, aos poucos, cria e organiza suas próprias regras. Darabont analisa, mas nunca julga, as atitudes de cada pessoa, de cada grupo. Você acha que o mundo é um lugar bom? Então, veja O Nevoeiro. O ser humano é muito pior do que a ameaça saída da mente insana de Stephen King.

Quando o filme começa, temos pouco tempo para respirar. O pesadelo tem início em poucos minutos. Não há muito sangue nem muitos sustos com a ajuda-clichê de espertos efeitos sonoros. Somente boas atuações (principalmente Marcia Gay Harden) e um ótimo domínio de câmera do diretor. A sugestão daquilo que não se vê, ainda bem, comprova que a velha escola do terror tinha razão. Portanto, agarre-se na cadeira do cinema e prepare-se para acompanhar a tensão trabalhada por Darabont num crescente absurdamente calculado até atingir o ápice do desespero na última cena.

Aliás, a seqüência final vai dar o que falar até o fim dos tempos (um trocadilho infame, mas a culpa é sua, Shyamalan). Ainda não encontrei razão ou explicação para o que ocorre na conclusão seca e extremamente chocante. Pra ser sincero com você, eu terminaria o filme de outra forma. Sério mesmo. Não concordo com a decisão de Frank Darabont. Mas a tal cena fica na memória e insiste em não ir embora. Se ela é inesquecível, por mais angustiante que seja, talvez Darabont tenha acertado em sua escolha. Só pode ser isso. Mas penso que minha opinião é normal. Assim como a sua, que talvez seja completamente diferente. Como eu disse, Darabont não julga. Ele deixa isso para o público.

Na verdade, O Nevoeiro incomoda por ser um filme 100% pessimista sobre a natureza humana, que jamais faria o Homem seguir regras se ele não fosse obrigado a isso por alguma força maior. Pior: não há Céu ou Inferno. Deus não está ouvindo suas preces neste filme. Para Stephen King e Frank Darabont, aqui se faz, aqui se paga.

O Nevoeiro (The Mist, 2007)
Direção: Frank Darabont
Roteiro: Frank Darabont (Baseado no livro de Stephen King)
Elenco: Thomas Jane, Marcia Gay Harden, Laurie Holden, Andre Braugher, Toby Jones, William Sadler e Nathan Gamble

Fuck Britney Spears


O despertador toca, você levanta correndo pra tomar banho, prepara um café quentinho e sai pra trabalhar. Depois de um trânsito daqueles, você chega ao escritório, checa os e-mails, abre o primeiro site... e quem está lá na tua frente? BRITNEY SPEARS! Deus! Eu não sabia que ela ainda estava no cenário pop!

Britney saiu em tudo quanto é lugar por ter ganho o VMA (Video Music Awards), a festa estranha com gente esquisita da MTV. Eu juro que tem pessoa legal neste mundo que ainda vê VMA. Pois é.

E não quero menosprezar a menina, afinal eu nem a conheço (e vai que ela é simpática pacas, né, e isso conta muito), mas deve haver algo mais importante nesta vida do que receber uma estatueta de Clipe do Ano. Outros vencedores do VMA foram Pussycat Dolls (!), Chris Brown, Lil´Wayne e alguns outros nomes que jamais estarão no meu iPod.

Mas é engraçado, não?
Primeiro, a MTV brinca com o famoso playback da guria, depois ressuscita a Paquita ianque desta forma... err... é por isso que eu não vejo Eme Tê Vê, como diz o Caetano.


Keane
meio ABBA

Outro dia, eu ouvi o novo som do Keane, The Lovers are Losing, e confesso que estranhei bastante a ousadia dos caras. Parece que a banda fez uma mudança radical depois do álbum Under the Iron Sea. Sei lá, mas foi o que eu assimilei. A faixa abre como um ABBA, sinistro demais numa primeira impressão, mas aí entra a voz bacana do Tom Chaplin e conserta tudo. Mas, quer saber? Depois de insistir por três vezes, o novo álbum do Keane já é um dos mais esperados aqui do blog. E o ABBA merece respeito, claro. Nossos pais não teriam se conhecido sem baladas movidas a Dancing Queen, Take a Chance on Me, e The Winner Takes It All.


Metallica, YEAAAAAAAAAAAAAAAH!


O novo CD do Metallica, Death Magnetic, chega nesta sexta-feira, dia 12 de setembro às lojas. Faz tempo que o Metallica não lança algo diabólico, mas acho que chegou a hora. Enfim, como o mundo é dos espertos, você não precisa esperar até sexta e já pode ouvir faixas como The Day That Never Comes. Tem até clipe:







Música que não sai da cabeça


Essa versão do The Killers para o épico romântico Romeo & Juliet, do Dire Straits, saiu do álbum Sawdust. No momento, ela não sai da minha cabeça. O vídeo abaixo é de um dos melhores programas do canal Sony, o Live From Abbey Road. Bom, reparem no baterista do Killers... Não parece o Jason "My Name is Earl" Lee? Mas cansei de escrever sobre música. Cinema já!



sábado, setembro 06, 2008

Trovão Tropical


Se você ainda não viu Trovão Tropical (Tropic Thunder, 2008), alguém já deve ter contado que o filme dirigido por Ben Stiller é engraçado do começo ao fim e que Robert Downey Jr. rouba o show. Dos trailers falsos que abrem o longa até a última cena com Tom Cruise dançando (sim, ele está no filme), Trovão Tropical pode até não ser original, mas é a comédia mais inteligente do ano. E para aquele que não passar mal de rir em uma ou outra cena, aqui vai um recado: acho bom você procurar um médico urgentemente.

Aliás, a abertura ousada com os trailers falsos já dá o tom do filme - Trovão Tropical não é besteirol. Isso é comédia de situação. Com um roteiro esperto, Ben Stiller não quer zoar com os gêneros (como os filmes de guerra). Ele quer mesmo é criticar Hollywood e o circo erguido em torno deste universo à parte. Pensado por este lado, o cinema americano não recebe uma crítica tão ácida assim desde O Jogador, clássico moderno de Robert Altman (guardadas as devidas proporções, claro). Stiller não poupa a pressão e a desordem dos estúdios, as frescuras e os erros dos atores e como a mídia e o público vêem tudo isso. E pior: como a imprensa e o consumidor ajudam a deixar a qualidade do cinema em segundo plano. O estúdio lança uma bomba, o público compra a idéia, o que rende uma bela grana de volta para os cofres de Hollywood, a imprensa também compra a idéia e todos têm sua parcela de culpa neste círculo vicioso de idiotice.

Hoje, o que importa para a imprensa em geral é saber da vida pessoal das celebridades. O público também adora isso. E para quem realmente gasta dinheiro com cinema, Hollywood produz o mesmo filme de novo e de novo em formatos diferentes. Você sabe que o público-alvo dos estúdios vai ao cinema e é incapaz de interpretar um filme. Por isso, chega a ser compreensível que, diante de um nível acentuado de estupidez no ar, alguma mente pensadora em Hollywood iria criticar o sistema mais cedo ou mais tarde. Trovão Tropical é uma análise completa deste circo. Stiller não esquece que alguns atores do calibre de Joaquin Phoenix e Edward Norton poderiam brilhar em grandes papéis e grandes filmes, mas são obrigados a atuar em porcarias por pura sobrevivência artística. São atores que só podem lamentar por terem nascido na época errada e bem longe dos tempos de glória de gente talentosa como Al Pacino, Robert De Niro e Dustin Hoffman, que fazia filmes de verdade. Isso é Trovão Tropical.

Mas se o seu negócio é sentar, relaxar e gozar daquilo que se vê na tela para depois jogar tudo fora, como junkie food, Trovão Tropical não é pra você. Cara, desse jeito, você pode até ficar ofendido com o que é dito neste filme politicamente (in)correto. Ou seja, Trovão Tropical exige um pouquinho de Q.I., ok?

Em Trovão Tropical, os atores vividos por Ben Stiller, Jack Black e Robert Downey Jr. estão filmando um épico de guerra, mas acabam caindo num conflito real e sangrento. A intenção de Trovão Tropical é colocar os personagens reagindo às situações absurdas de forma séria, real. Porém, eu já soube de gente que reclamou do filme de Ben Stiller, porque entre uma cena de gargalhada e outra, temos uma história para acompanhar. Enfim, isso é sinal dos tempos. E essa é a piada de quase duas horas do filme, que gira em torno da crítica à indústria cinematográfica.

Um ponto interessante nesta cutucada geral é analisar o chefão do estúdio (um irreconhecível Tom Cruise) comandando seus filmes como se estivesse lucrando com uma guerra em outro país. Essa versão "E se George W. Bush trabalhasse em Hollywood?" faz com que Tom Cruise, inclusive, mande todos aqueles que duvidam de seu talento para o inferno. Aqui, Cruise, ri de si mesmo e mostra que não se importa se a mídia charlatã e manipuladora pensa que ele está nessa só pra enriquecer e sorrir para os flashes. Acho que Cruise ganhou um verdadeiro presente do amigo Ben Stiller.

Mas quem merece indicações a todos os prêmios é mesmo Robert Downey Jr., que viveu um 2008 magnífico. Depois do sucesso de Homem de Ferro, ele brilha no papel do ator Kirk Lazarus, que passa por um cirurgia de pele para interpretar um personagem negro. A atuação de Downey Jr. se destaca das demais por causa de sua extrema devoção a um ator fictício que se entrega totalmente a um personagem. Não é uma tarefa fácil. Downey Jr. não faz comédia gratuita, mas faz o público inteligente morrer de rir com aquilo que seu personagem considera ser a postura e o tom de voz de um negro. Fantástico! E Downey Jr., diferente de Ben Stiller e Jack Black, encaixa-se no perfil de atores mais sérios como Ed Norton e Joaquin Phoenix (como citei acima). É um detalhe que torna a sua performance ainda mais admirável.

Sei que já tivemos comédias semelhantes como Três Amigos e Heróis Fora de Órbita, mas Trovão Tropical é uma piada metalingüística inteligente como há muito não se vê. O filme dentro do filme não deixa de ser uma crítica à tendência e às manias incuráveis de Hollywood na hora de repetir seus sucessos. Os trailers falsos (já citados aqui) também têm a mesma intenção. Repare na prévia com Jack Black imitando o humor decadente e repetitivo de Eddie Murphy; e no segmento com Robert Downey Jr., que dá seqüência ao sucesso dos caubóis gays de Brokeback Mountain. É de chorar de rir! Preste atenção também na alegoria feita ao diretor estrangeiro, que tenta comandar uma produção americana de grande orçamento em vão, afinal o controle é do estúdio.

Enfim, Ben Stiller acertou desta vez. E não somente na direção das cenas de ação e na regência de seu elenco. Trovão Tropical tem um roteiro de primeira linha e ainda é um show de montagem, fotografia, som e maquiagem, além de apresentar uma ótima trilha escolhida a dedo. E como todo grande filme, Trovão Tropical possui uma cena inesquecível. Falo do diálogo (um dos melhores do ano) entre Downey Jr. e Stiller sobre o método de atuação "Never go full retard". Quase morri no cinema e não voltei pra contar.

Trovão Tropical (Tropic Thunder, 2008)
Direção: Ben Stiller
Roteiro: Ben Stiller, Justin Theroux e Etan Cohen
Elenco: Ben Stiller, Jack Black, Robert Downey Jr., Brandon T. Jackson, Steve Coogan, Nick Nolte, Matthew McConaughey, Tom Cruise, Jon Voight e Jennifer Love Hewitt

Um show para acabar com todos os outros


Enquanto uma criançada histérica trocava arranhões e puxões de cabelo nas filas reais e onlines atrás de ingressos da bombada Madonna, a melhor notícia cultural, educacional e musical da semana foi a decisão do R.E.M. em escolher as cidades de Porto Alegre (06 de novembro), Rio de Janeiro (08 de novembro) e São Paulo (10 e 11 de novembro) para uns showzaços inesquecíveis.

A confirmação oficial deve acontecer nos próximos dias, assim como a divulgação dos locais de venda de ingressos com preços salgados, mas tenho contatos legais que dizem que a vinda de Michael Stipe e sua trupe é tão certa quanto a queda do Dunga nos próximos dias.

E já saiu uma lista com o repertório. Teremos clássicos da estirpe de Losing My Religion, The One I Love, Gardening at Night, Get Up, Man on the Moon, e novíssimas canções do álbum Accelerate - destaque para Hollow Man e Houston. Por enquanto é isso... Aguardem mais notícias sobre o R.E.M. aqui no blog.

Return of the Jedi - Better late than never

Ô semaninha laborial dos infernos para este que vos escreve. Mas chega de lamentar sobre o leite derramado, afinal quem faz isso é botafoguense acostumado a chorar quando tropeça na vida. Portanto, acabou a brincadeira. Estou de volta no pedaço! E o meu time também! Aguardem novos posts ainda hoje. E bom final de semana a todos!

terça-feira, setembro 02, 2008

Sabe o que é F.U.B.A.R.?


Hollywoodianos, meu computador caseiro está no hospital, mas deve receber alta nos próximos dias. Então, enquanto meu chefe sai pra fumar, eu paro pra escrever um pouquinho. Só por hoje. Mas quero aproveitar para pedir desculpas a todos pela escassez de posts desde o final de semana. Pra ajudar, estou lotado de trabalho aqui, o que me lembrou da expressão F.U.B.A.R. Aliás, vocês sabem o que isso significa? Quem ficou impressionado com O Resgate do Soldado Ryan, certamente já ouviu o termo.

F.U.B.A.R. é o que vem ao meu cerebelo neste momento. F.U.B.A.R. provoca a minha gastrite. F.U.B.A.R. é o que William Wallace disse na hora em que foi capturado pelos ingleses. Foi a mesma expressão gritada por Arnold Schwarzenegger quando seu pelotão descobriu que o tal predador era um maldito alienígena caçador de crânios. É o que o Sargento Elias pensou quando correu dos tiros do inimigo nas selvas de Platoon. É o que o Homem-Aranha imaginou na hora em que o Dr. Octopus desgovernou um trem em alta velocidade no meio de Manhattan. É o que HAL 9000 pensou quando começou a ser desligado pelo astronauta. É o que passou pela cabeça de William Miller, o jovem jornalista de Quase Famosos, quando ele apresentou Penny Lane ao guitarrista do Stillwater. É o que o coiote sentiu ao cair do abismo após ser enganado pelo Papa-Léguas pela milésima vez. É o lema de O Resgate do Soldado Ryan. Stress total. Fucked up beyond all recognition!

Mas espero que tudo volte ao normal amanhã, pois já vi Trovão Tropical, O Nevoeiro e preciso contar aqui as minhas impressões, além de visitar os blogs dos amigos pra adquirir um pouco de cultura. Um abraço a todos!