sexta-feira, setembro 28, 2007

Musas do Hollywoodiano


Audrey Hepburn
(04 de maio de 1929 / 20 de janeiro de 1993)

Filmes favoritos: A Princesa e o Plebeu (1953), Sabrina (1954), Cinderela em Paris (1957), Bonequinha de Luxo (1961) e Minha Bela Dama (1964).

Razão do meu afeto: Audrey canta Moon River na janela, em Bonequinha de Luxo.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Violência, tortura e política


Tem muita gente acusando Tropa de Elite de fazer uma apologia à violência. Alguns chegaram a dizer que o filme de José Padilha justifica o uso de tortura como tática eficiente do BOPE (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar).

Como todos sabem, Tropa de Elite foi preterido por um júri de formadores de opinião para representar o Brasil na briga por uma vaga no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. A desculpa tem sido sempre a mesma: os votantes da Academia nesta categoria são velhinhos e não suportam muita violência nos filmes. E a polêmica do tema de Tropa de Elite só piora a imagem que o mundo tem do país, enquanto O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias é emocionante e pode agradar a comunidade judaica da Academia.

Mas aposto que muitos deles devem ter se arrependido de não premiar Cidade de Deus, de Fernando Meirelles. Como bem lembra a jornalista Ana Maria Bahiana, o sul-africano Tsotsi, que conta a história de um líder de gangue numa favela de Johanesburgo, é violento e ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2006. Ou seja, isso é relativo. Sobre o problema da tortura em Tropa de Elite, o BOPE pode até fazer isso, mas é apenas um filme. É uma obra de ficção. Os norte-americanos não ficarão chocados. Será que ninguém viu 24 Horas, um sucesso absoluto da TV? No Oscar deste ano, teve gente que disse que Os Infiltrados jamais ganharia como Melhor Filme, porque é violento demais.

Se a desculpa é essa, então a atmosfera "Copa de 70" em O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, pode prejudicar sua candidatura. Ou será que o povo norte-americano sabe o que representa o Tricampeonato da Seleção no México? Que eu saiba, eles não dão importância ao futebol. Sobre o lado judeu, a desculpa também não cola. Se fosse assim, Jayme Monjardim já teria um Oscar em sua casa, por Olga.

Enfim, o júri formado por Ana Paula Sousa, Pedro Butcher, Hector Babenco, Bruno Barreto, Rubens Ewald Filho e Leon Cakoff sabia que Ônibus 174 tornou o nome de José Padilha forte nos EUA. Mas acontece que até a escolha de uma produção nacional para disputar uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro é mera jogada política. Pode ser que Tropa de Elite não seja bom, mas é um tema único entre os concorrentes dos demais países. Se a proposta é evitar a aumentar a imagem suja do Brasil lá fora, isso já é tarde demais. Tropa de Elite ganhou distribuidores de peso nos EUA: os irmãos Weinstein, ex-chefões da Miramax, enquanto O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias tem distribuição da modesta (e novata) City Lights.

Filmes violentos estão aí como resultado das experiências vividas por cada cidadão em suas respectivas sociedades. E muitos cineastas estão nesses grupos. Pulp Fiction, Os Infiltrados, Cidade de Deus e tantos outros filmes envolvidos com o Oscar não estimulam a violência. O cinema não é perigoso. Nós somos. Mas essa é uma discussão que está longe do fim.

Waaaaaall-E


Acima, o pôster de Wall-E, a próxima animação da Pixar. Com direção de Andrew Stanton, de Procurando Nemo, Wall-E é resultado de uma das primeiras idéias do estúdio ao lado de Toy Story, Vida de Inseto, Monstros S.A. e Nemo. A estréia está marcada para 27 de junho de 2008. Vai ser um ano e tanto. Wall-E, Indiana Jones, Batman... O pôster ilustra bem a emoção do primeiro teaser (veja aqui), visto antes da exibição do extraordinário Ratatouille nos cinemas.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Filme de Cao Hamburger representa o Brasil no Oscar


Há mais de dez anos, Rubens Ewald Filho disse algo assim em uma das transmissões do Oscar: "A Academia adora premiar filmes com criancinhas". Na época, ele tinha razão. Durante um bom tempo, o vencedor da categoria de Melhor Filme Estrangeiro trazia sempre um enredo emocionante com uma criança no elenco. Foi assim com Cinema Paradiso, Kolya, A Vida é Bela, entre outros.

Ultimamente, não tem sido bem assim, mas a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura acaba de divulgar a escolha de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, para representar o Brasil numa tentativa de emplacar umas das cinco vagas na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Logo quando todo mundo apostava no tão comentado Tropa de Elite, de José Padilha. E olha que tem um monte de gente em fóruns de sites norte-americanos discutindo o filme. Alguns comentários analisam se "Elite Squad" é melhor do que "City of God".

De repente, a decisão final do júri formado pelos jornalistas Ana Paula Sousa e Pedro Butcher, os cineastas Hector Babenco e Bruno Barreto, além dos críticos Rubens Ewald Filho e Leon Cakoff teve a intenção de indicar um filme com apelo sentimental mais forte para comover os votantes da Academia, enquanto Tropa de Elite traz um tema muito pesado. Como tem apoio de Harvey Weinstein, ex-chefão da Miramax, na distribuição nos EUA, o filme de José Padilha pode alcançar as categorias principais, como o francês Piaf - Um Hino ao Amor, que foi preterido por seu país de origem na vaga de Melhor Filme Estrangeiro. Por esses e outros motivos, Tropa de Elite caminha mesmo para ser o novo Cidade de Deus em termos de repercussão.

Mas tenho minhas dúvidas sobre a força de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias em conquistar a Academia. Ainda mais com a concorrência de filmes como Lust, Caution, de Ang Lee, o representante de Taiwan. Tropa de Elite seria uma opção para brigar de frente com outros países por causa de seu tema único diante do olhar mundial. Vai entender... De qualquer forma, o blog não pode deixar de torcer por Cao Hamburger, o pai do Castelo Rá-Tim-Bum.

terça-feira, setembro 25, 2007

Hairspray


Tenho uma bronca danada com os musicais atuais. Na crítica de Dreamgirls, escrevi: "Acho que o gênero é produto de uma época glamourosa de Hollywood, que não volta mais. Estúdios, produtores e diretores pensavam diferente e havia um grupo de atores como Gene Kelly, Fred Astaire e Julie Andrews – só para citar alguns – que nasceram para isso. Tudo fazia sentido nessa celebração da música, afinal era o auge da Hollywood sonora."

Ainda penso assim, mas não quer dizer que o gênero não possa dar uma dentro. Para mim, Todos Dizem Eu Te Amo, de Woody Allen, foi o último musical realmente bom. O diretor contou uma história dentro do gênero sem parecer artificial e o roteiro de Allen poderia se encaixar perfeitamente em um "filme falado". Colocar seus atores para cantar e dançar foi apenas um ato de inspiração para reforçar a mágica de seu cinema.

Os grandes musicais são obras de puro entretenimento. Não são exatamente o que alguns gostam de chamar de "filmes sérios". O gênero representava a diversão escapista proposta por Hollywood, antes de Steven Spielberg e George Lucas mostrarem o outro lado do entretenimento. Cantando na Chuva, A Noviça Rebelde ou West Side Story podem tocar em temas sérios, mas não deixam de viver no reino da fantasia. É por isso que não agüento a "seriedade" de Chicago ou Dreamgirls.

Mas a adaptação do musical Hairspray (2007), que por sua vez é inspirado no filme de John Waters, de 1988, surge como um alívio. O diretor e coreógrafo Adam Shankman vem de bombas como Doze é Demais 2, com Steve Martin, mas aqui, ele surpreende. Diferente de outros musicais recentes, que começam sem canções, Hairspray não engana ninguém e apresenta de cara a adorável Nikki Blonsky andando pelas ruas e cantando a viciante Good Morning Baltimore. É pegar ou largar.

Hairspray é um daqueles filmes que faz você entrar e sair do cinema com um largo sorriso no rosto. A alegria do elenco e a energia do diretor transbordam na tela desde o primeiro minuto e é muito difícil não interagir ou não se pegar cantarolando uma das várias canções do filme.

Aliás, o elenco é extraordinário. Todos se entregam de corpo e alma ao projeto. A começar por Nikki Blonsky, uma descoberta sensacional, como a protagonista Tracy Turnblad. Christopher Walken está engraçadíssimo e Michelle Pfeiffer retorna deliciosamente má no papel da vilã Velma Von Tussle. Mas o filme é de John Travolta. O astro está perfeito no curioso papel de Edna Turnblad, a mãe de Tracy (!). Ele rouba todas as cenas e merece uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. E atenção para a encantadora (e engraçada) dança romântica entre o casal Travolta e Walken.

Hairspray é um ponto e tanto para a carreira do diretor Adam Shankman, que conseguiu colocar magia em um musical atual e cantado do início ao fim, mas que jamais cansa. Pode não ter canções tão bonitas quanto outros representantes do gênero, mas isso não é um CD. É cinema.

O que impressiona em Hairspray é a sua aparente falta de compromisso. O filme toca em assuntos bem sérios como racismo e outras intolerâncias, mas nem por isso deixa de ser puro entretenimento. Hairspray é um musical de verdade.

Hairspray - Em Busca da Fama (Hairspray, 2007)
Direção: Adam Shankman
Elenco: Nikki Blonsky, John Travolta, Michelle Pfeiffer, Christopher Walken, Amanda Bynes, James Marsden, Queen Latifah e Zac Efron

segunda-feira, setembro 24, 2007

Ligeiramente Grávidos


Não há produção hollywoodiana neste ano tão honesta e real quanto Ligeiramente Grávidos (Knocked Up, 2007). O segredo do filme está no talento do diretor e roteirista Judd Apatow, de O Virgem de 40 Anos, que descobriu uma fórmula intrigante e atual para se fazer comédia.

Em seus primeiros minutos, Ligeiramente Grávidos parece que vai se assumir como uma comédia grosseira (aquelas que dominaram os cinemas nos últimos anos). É só impressão. Aos poucos, percebemos que personagens como Ben (o surpreendente Seth Rogen) e Alison (a extraordinária Katherine Heigl) falam e pensam como eu e você. A diferença é que não estávamos acostumados a ver uma comédia desbocada sendo levada tão a sério. Você pode até estranhar (e não admitir), mas falamos palavrões pra cacete no dia-a-dia. O filme funciona mais ou menos assim: em cada cena, a sensação é a de que a piada virá de alguém tropeçando ou algo semelhante. Felizmente, o foco do humor de Judd Apatow não está nas situações, mas nos diálogos. O resultado pode até não ser compreendido hoje, mas em alguns anos, o estilo de Apatow em contar suas histórias tem tudo para alcançar o reconhecimento.

Para ilustrar os medos (ou inseguranças) do universo masculino ao enfrentar a chegada do compromisso e da responsabilidade, Apatow sabe o quanto nós, homens, adoramos fazer referências às pérolas do mundo pop (cinema, TV e música). Em esmagadora maioria, somos nerds e amenizamos qualquer situação com uma ou outra piada “fora de hora”. É fato: homens demoram a crescer, enquanto as mulheres amadurecem cedo. Muitas vezes, elas são as principais responsáveis pela aceitação do homem no mundo adulto. Esse é um ciclo que se repete em todas as gerações. Enfim, Apatow sabe o que diz e suas falas são de uma sinceridade assombrosa.

Ben e Alison, assim como Pete (um inspirado Paul Rudd) e Debbie (Leslie Mann), são personagens criados por Judd Apatow, mas poderiam ser pessoas de verdade, que vivem do lado de cá da tela. O diretor conseguiu criar gente normal numa comédia feita para as massas. A graça está em cada dúvida, ação e reação desse quarteto. Suas atitudes são de identificação fácil. Alexander Payne (Eleição, Sideways) é um outro cineasta do momento que busca esse caminho. Mas foi Apatow quem encontrou um atalho e conseguiu se comunicar de uma maneira mais simples e direta com o público.

De resto, Ligeiramente Grávidos só não merece quatro estrelas porque é um filme bem longo, que poderia ter cerca de meia hora a menos. E tirando as sacadas geniais de Apatow e a excelente contribuição de seu elenco, o filme se resume na trama da chegada do primeiro bebê, que já vimos antes (e por várias vezes) no cinema. De qualquer forma, os méritos do diretor não estão nos fins, mas nos meios. Como na vida, o que vale é a viagem.

Ligeiramente Grávidos (Knocked Up, 2007)
Direção: Judd Apatow
Elenco: Seth Rogen, Katherine Heigl, Paul Rudd e Leslie Mann

domingo, setembro 23, 2007

Anthony Daniels, o eterno C-3PO

Na semana passada, o ator britânico Anthony Daniels esteve em São Paulo para anunciar a Exposição Star Wars Brasil, que vai de 1º de março a 22 de junho de 2008, no Porão das Artes da Bienal, no Parque do Ibirapuera. Atualmente, o evento comemorativo dos 30 anos de Star Wars está em cartaz em Londres.

Aos 61 anos, o ator não é tão famoso sem a máscara do robô C-3PO, um dos personagens clássicos da saga de George Lucas. Mas poucos "desconhecidos" são tão adorados quanto Anthony Daniels.

Na quarta-feira, ele atendeu 150 fãs na loja Fnac (Pinheiros), em uma sessão de autógrafos desorganizada, que irritou o ator. Ainda assim, ele atendeu todo mundo com um sorriso no rosto.

Mas a bagunça gerou uma conseqüência.
No dia seguinte, C-3PO (Ops, Anthony Daniels) avisou à loja Saraiva, do Morumbi Shopping, que só iria receber 50 pessoas. Como deixei para esse dia, dancei. Na fila, fiquei com o número 55. Ao menos, quando o simpático Daniels foi embora, ele passou pela fila pedindo desculpas e cumprimentou alguns fãs, incluindo eu. Quem diria! C-3PO apertou a minha mão! E não foi só isso. Ganhei ingresso para uma exibição especial de Star Wars - Episódio IV: Uma Nova Esperança na noite de quinta no Cinemark do Shopping Eldorado (e com a presença do ator).

Antes do filme começar, Daniels fez um discurso de agradecimento aos fãs. Ele avisou que voltará em março para a exposição e saiu da sala aplaudido de pé. No início da sessão, a platéia gritou de alegria quando o logo de Star Wars surgiu na tela.

Mas como nem tudo é perfeito, a decepção tomou conta quando descobrimos que se tratava de uma versão dublada em português. Muita gente foi embora, mas eu resisti. Não é todo dia que o cinéfilo brasileiro pode ver um filme de 30 anos no cinema.

sexta-feira, setembro 21, 2007

Olhos voltados para o Festival do Rio


De 20 de setembro a 04 de outubro, o tradicional Festival do Rio apresenta 400 filmes. Chega a ser muita coisa para pouco cinéfilo. Sei de gente que tira férias para acompanhar grande parte da programação. E o investimento vale a pena, afinal tem filme que só deve estrear oficialmente no Brasil em plena época do Oscar.

O festival abriu com o badalado Tropa de Elite, de José Padilha, no Cine Odeon. Para o jornalista Ricardo Matsumoto (Revista SET), "É o filme do momento". Os cinemas do Rio também abrem espaço para 4 Months, 3 Weekes and 2 Days, de Cristian Mungiu, o vencedor da Palma de Ouro em Cannes deste ano, Sombras de Goya, de Milos Forman, Valente, de Neil Jordan, Inland Empire, a nova loucura de David Lynch, It's a Free World, de Ken Loach, A Maldição da Flor Dourada, de Zhang Yimou, J.C. Chávez, a estréia do ator Diego Luna na direção, que é uma biografia do boxeador Julio Cesár Chávez, Planeta Terror, de Robert Rodriguez, À Prova de Morte, de Quentin Tarantino, I'm a Cyborg, But It's Ok, de Park Chan-Wook, The Notorius Bettie Page, de Mary Harron, The Science of Sleep, de Michel Gondry, Entrevista, de Steve Buscemi, entre outros.

No mês que vem, muitos desses filmes chegam a São Paulo na Mostra Internacional de Cinema. É hora de reservar uma grana (e espaço na agenda) para entrar nas filas quilométricas com os bichos-grilos.

terça-feira, setembro 18, 2007

Futuro incerto para 24 Horas


Hoje, às 22h, a Fox exibe o último episódio da sofrível sexta temporada de 24 Horas. Depois dos arrasadores quatro episódios iniciais, a série despencou em qualidade. Em seis anos de existência, essa foi a primeira vez em que os roteiristas meteram os pés pelas mãos.

Na verdade, não deve ser fácil ter contrato assinado para criar uma trama convincente capaz de durar 24 episódios, e que (linearmente) se passe em apenas um dia. E pior: é um contrato que exige uma temporada por ano com estréia sempre marcada para janeiro. No caso de uma série como Lost, a tarefa não é tão ingrata, afinal os roteiristas já têm todo o argumento na cabeça. 24 Horas precisa colocar Jack Bauer (Kiefer Sutherland) enfrentando uma nova ameaça a cada ano.

É por isso, que vale lembrar o admirável esforço das criativas mentes por trás desse show, que revolucionou as séries de ação. Foram cinco temporadas sensacionais (a terceira nem tanto, mas foi ótima perto da sexta). Dessa vez, houve apelação geral. Quem agüentar rever toda a temporada não tem como deixar passar erros grosseiros, que ofendem a inteligência dos fãs. A impressão é que os roteiristas tentaram encaixar uma trama diferente a cada quatro episódios.

Quem vai ver o final desta temporada logo mais, não deve esperar um desfecho surpreendente como a season finale anterior. E olha que a quinta temporada deixou um gancho e tanto, que não foi aproveitado. Desta vez, o final é bonitinho, mas triste. Tudo termina de forma incerta para Jack Bauer, que não sabe o que fará daqui pra frente. Não há surpresas ou nenhuma sensação de desespero.

24 Horas tem contrato para mais duas temporadas, mas correu sérios riscos de ser cancelado neste ano. O sétimo dia mais difícil de Jack Bauer estréia em janeiro de 2008 nos EUA. Para reforçar o elenco, os produtores já contrataram Cherry Jones, que viverá a presidente norte-americana, Janeane Garofalo, que interpretará uma agente, Colm Feore, Jeffrey Nordling e John Billingsley. A sexta temporada foi dose. Mas estarei lá mais uma vez no ano que vem para conferir se o verdadeiro 24 Horas retorna (e sem dramalhões na CTU dignos de novela mexicana).

segunda-feira, setembro 17, 2007

Família Soprano faz história no Emmy 2007

Família Soprano e 30 Rock foram os principais vencedores do Prêmio Emmy 2007 neste domingo. Apesar de ter levado apenas três dos 15 prêmios a que foi indicada, Família Soprano entrou para a história ao se tornar a primeira série premiada por sua última temporada.

Os protagonistas James Gandolfini e Edie Falco foram desbancados nas categorias de melhor ator e atriz dramáticos por James Spader (Boston Legal) e Sally Field (Brothers & Sisters).

Outra surpresa foi a vitória de Ricky Gervais como melhor ator em série cômica por Extras, deixando para trás Steve Carell (The Office) e Alec Baldwin (30 Rock).

Grey's Anatomy, que tinha dez indicações, levou apenas uma (merecida) estatueta: a de melhor atriz coadjuvante em série dramática, para Katherine Heigl. Já os super-heróis de Heroes voltaram para casa de mãos vazias.

Confira os vencedores nas principais categorias:

Melhor série dramática
Família Soprano

Melhor série de comédia
30 Rock

Melhor ator em série dramática
Boston Legal • James Spader, como Alan Shore

Melhor atriz de em série dramática
Brothers & Sisters • Sally Field, como Nora Walker

Melhor ator em série cômica
Extras • Ricky Gervais, como Andy Millman

Melhor atriz em série cômica
Ugly Betty • America Ferrera, como Betty Suarez

Melhor Coadjuvante em série dramática
Lost • Terry O'Quinn, como John Locke

Ator Coadjuvante em série cômica
Entourage • Jeremy Piven, como Ari Gold

Atriz Coadjuvante em série dramática
Grey's Anatomy • Katherine Heigl, como Isobel "Izzie" Stevens

Atriz Coadjuvante em série cômica
My Name Is Earl • Jaime Pressly, como Joy Turner

sexta-feira, setembro 14, 2007

Sex and The City já tem data de estréia

Para alegria dos fãs, o filme de Sex and the City já tem data de estréia definida. A adaptação da famosa série de TV deve chegar aos cinemas americanos em 30 de maio de 2008.

Nessa semana também foi anunciada uma nova integrante do elenco: Jennifer Hudson, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante de 2007, por seu papel em Dreamgirls. Parece que Jennifer interpretará Louise, fashionista e assistente de Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), que sai de Saint Louis para encontrar o amor em Nova York.

Outro rumor é de que a produção do filme está à procura de quatro mulheres, sendo uma ruiva, com idades entre 18 e 25 anos e que tenham a “essência” do fabuloso quarteto de Sex and the City. Alguma candidata?

quinta-feira, setembro 13, 2007

Trailer do novo Coppola

Sem filmar desde 1997, o lendário cineasta Francis Ford Coppola está de volta. Seu primeiro trabalho por trás das câmeras em 10 anos, Youth Without Youth, teve o trailer divulgado hoje.

Adaptado do romance do filósofo romeno Mircea Eliade, Youth Without Youth conta a fantástica história de um professor de 70 anos (Tim Roth) que é atingido por um relâmpago e inicia um estranho processo de rejuvenescimento.

Escrito e dirigido por Coppola (o pai, não a filha), Youth Without Youth estréia no dia 14 de dezembro nos EUA e ainda tem Alexandra Maria Lara e Bruno Ganz no elenco. Veja o trailer abaixo:

quarta-feira, setembro 12, 2007

O Reino da Caveira de Cristal

Na segunda-feira, divulgamos o título oficial da quarta aventura de Indiana Jones e, agora, já temos a versão nacional. Aqui no Brasil, o filme será chamado de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull, 2008).

Como sempre, as relíquias procuradas pelo arqueólogo mais famoso do cinema são reais em seus valores históricos. Existem várias teorias sobre os 13 lendários crânios de cristal encontrados em diferentes partes do continente americano. As teorias sobre suas origens citam as culturas maias, astecas, tibetanas e egípcias. Alguns acreditam no papel fundamental de seres alienígenas no nascimento do Homem. O mistério aponta para uma questão: os crânios seriam moldes para a raça humana?

Enfim, bem antes de conhecer o título do filme, alguns boatos sobre a trama de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal já apontavam para a volta da Arca da Aliança, a fonte da juventude, extraterrestres, maias e astecas. Agora, só resta esperar pela sinopse oficial e o aguardadíssimo trailer. Ainda preciso me acostumar com o título, mas confio plenamente em Steven Spielberg.

Jon Stewart novamente no Oscar

O famoso apresentador da TV norte-americana Jon Stewart terá a honra de ser o host da 80ª cerimônia de entrega do Oscar.

Esta será a segunda vez em que o astro principal do The Daily Show comandará a festa. Em 2006, ele foi o host da noite que culminou com as vitórias de Crash (Melhor Filme) e Ang Lee (Melhor Diretor, por Brokeback Mountain). Na edição de 2008, Stewart substitui a apresentadora do ano passado, Ellen DeGeneres.

A festa de aniversário do Oscar de 80 aninhos será no dia 24 de fevereiro de 2008, no Kodak Theatre.

terça-feira, setembro 11, 2007

Hora do Rush 3


Outro dia, comentei sobre Máquina Mortífera ter vindo bem antes de A Hora do Rush. Mas esqueci de citar 48 Horas, com Nick Nolte e Eddie Murphy, que tem sua importância neste tipo de filme sobre dois tiras forçados a trabalhar juntos, mas que depois se tornam grandes amigos. Sem falar em diversas séries (como Starsky & Hutch e CHIPs). Em 48 Horas, Eddie Murphy não era um policial, mas, enfim, a história é sempre a mesma. E não será a última vez que ela será contada em Hora do Rush 3 (Rush Hour 3, 2007).

No primeiro Hora do Rush, o tira James Carter (o chatonildo, mas divertido Chris Tucker) precisa trabalhar com o policial chinês Lee (Jackie Chan) numa investigação em território norte-americano. Em Hora do Rush 2, o cenário da aventura é Hong Kong. É claro que o diretor Brett Ratner está mais preocupado com ação, pancadaria e boas risadas do público. Mas a idéia inicial de provocar um choque (e a troca) cultural entre a dupla foi até interessante. Agora, ela não existe mais em Hora do Rush 3. Desta vez, sabe-se lá o motivo, porque todas as tramas desta cinessérie são esquecíveis, Carter e Lee vão bater e arrebentar em Paris. É aquela velha mania do cinema hollywoodiano de usar os cenários europeus como parques temáticos. Desse jeito, Hora do Rush 4 pode ser em Roma, Londres ou Veneza. Quando o estoque acabar, o décimo filme da série pode ser no Rio de Janeiro. E por aí vai.

É lógico que os três filmes (até agora) são divertidos e fazem referências, principalmente, ao cinema de artes marciais e às aventuras policiais descritas acima. Isso é legal, mas fica uma sensação de falta de personalidade. Por exemplo, a cena inicial de Hora do Rush 3 mostra Chris Tucker cantando e dançando como guarda de trânsito - isso remete diretamente a um momento semelhante de Eddie Murphy, em 48 Horas. O problema é que muita gente acha isso sensacional por ser uma homenagem. Mas falta identidade, coração, e o diretor Brett Ratner não tem nada disso. Ele é um operário padrão de Hollywood. Não tem marca, assinatura e já fez uma penca de filmes. Ele entrega o que o estúdio quer. A melhor coisa que ele já fez foi produzir a série de TV Prison Break, que é mil vezes mais empolgante (e inteligente) do que toda a sua filmografia.

De qualquer forma, você não sai de Hora do Rush 3 com a sensação de que perdeu uma grana com ingresso, pipoca, refrigerante, estacionamento, etc. É um espetáculo de ação e comédia para consumo rápido. É verdade que o resultado seria bem melhor na TV, mas funciona. Você sai do cinema sorrindo e com o cérebro zerado. Mas em um ano (ou menos), eu te desafio a lembrar o que aconteceu em cada um dos filmes desta série e dizer com total certeza: "Ah, essa cena é de Hora do Rush 2. Não do 3."

Hora do Rush 3
(Rush Hour 3, 2007)
Direção: Brett Ratner
Elenco: Chris Tucker, Jackie Chan, Hiroyuki Sanada, Jingchu Zhang, Max Von Sydow, Noémie Lenoir, Yvan Attal, Tzi Ma, Youki Kudoh e Roman Polanski

segunda-feira, setembro 10, 2007

Título estranho para Indiana Jones


Durante o Video Music Awards, da MTV, o ator Shia LaBeouf revelou o título da quarta aventura de Indiana Jones. Espero que ele esteja brincando para sossegar os curiosos: Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull (algo como Indiana Jones e o Reino do Crânio de Cristal).

É interessante lembrar que os últimos filmes com a assinatura de George Lucas tiveram títulos bizarros. Quando a Lucasfilm revelou que o nome oficial de Star Wars - Episódio I seria A Ameaça Fantasma, muitos fãs reclamaram.

Estrelado por Harrison Ford, Shia LaBeouf, Cate Blanchett, Ray Winstone, John Hurt e Jim Broadbent, Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull estréia em 22 de maio de 2008. Assim como em todos os filmes da série, Steven Spielberg é o diretor, enquanto George Lucas é o produtor executivo.

sábado, setembro 08, 2007

Veneza ama Ang Lee


Pouco tempo depois de ganhar o Leão de Ouro, na edição de 2005, do Festival de Veneza, por O Segredo de Brokeback Mountain, o diretor Ang Lee recebe novamente a estatueta. Desta vez, por Lust, Caution. O júri presidido por Zhang Yimou e formado por Catherine Breillat, Jane Campion, Emanuele Crialese, Alejandro González Iñárritu, Ferzan Ozpetek e Paul Verhoeven anunciou hoje mais uma vitória de Lee.

Seu novo filme narra uma complexa história de amor na década de 1940, em plena ocupação japonesa em Xangai. No filme, a jovem estudante Wang Hui Ling (Tang Wei) se apaixona por um chinês colaborador do governo japonês. O problema é que ela é designada para matá-lo. Apesar de deixar Veneza chocada com cenas de sexo explícito, Ang Lee deixou mais uma vez a sua sensibilidade dominar a polêmica sugerida em seu filme. Lee dedicou o prêmio ao cineasta Ingmar Bergman.

Se o diretor taiwanês ficou com o ouro, Brian de Palma levou o Leão de Prata (a honra ao Melhor Diretor) por Redacted, sua contundente opinião sobre a Guerra do Iraque. De Palma também chocou La Biennale de Venezia ao observar as conseqüências de um ato selvagem de soldados norte-americanos, que estupraram uma jovem iraquiana, em 2006. O irônico é que De Palma já abordou tema semelhante em Pecados de Guerra, com Michael J. Fox e Sean Penn. Só que o cenário era o Vietnã.

Brad Pitt surpreendeu e foi o Melhor Ator, por O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford, enquanto a sensacional Cate Blanchett ganhou como Melhor Atriz, por I'm Not There - no filme de Todd Haynes, ela interpreta ninguém menos do que Bob Dylan (!). Aliás, I'm Not There recebeu o Prêmio Especial do Júri, junto com La Graine et le Mulet, do diretor franco-tunisiano Abdellatif Kechiche. It's a Free World, de Ken Loach, recebeu o prêmio de Melhor Roteiro. Ontem, Tim Burton foi homenageado com um Leão de Ouro honorário pelo conjunto de sua obra. Hoje, o diretor e ator russo Nikita Mikhalkov também recebeu um prêmio por sua contribuição ao cinema.

Abaixo, os principais vencedores do 64º Festival de Veneza:

Leão de Ouro (Melhor Filme)
Lust, Caution (EUA, China, Taiwan)

Leão de Prata (Melhor Diretor)
Brian De Palma • Redacted (EUA)

Prêmio Especial do Júri
La Graine et le Mulet (França)
I'm Not There (EUA)

Melhor Roteiro
It's a Free World (Inglaterra, Itália, Alemanha, Espanha)

Melhor Ator
Brad Pitt • O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (EUA)

Melhor Atriz
Cate Blanchett • I'm Not There (EUA)

Melhor Revelação (Ator/Atriz)
Hafsia Herzi • La Graine et le Mulet (França)

Melhor Fotografia
Rodrigo Prieto • Lust, Caution (EUA, China, Taiwan)

Leão Especial pelo Conjunto da Obra
Nikita Mikhalkov

Nova versão de 3:10 to Yuma conquista a crítica

Alguns críticos norte-americanos se entusiasmaram com a estréia de ontem de 3:10 to Yuma, refilmagem de Galante e Sanguinário, faroeste dirigido por Delmer Daves e estrelado por Glenn Ford.

Roger Ebert, do Chicago Sun-Times, deu quatro estrelas. Para ele, "As belas atuações e a inspiração de todos os envolvidos no projeto fazem com que 3:10 to Yuma pareça novo, embora seja o remake de um bom filme de cinqueta anos". Segundo Kenneth Turan, do Los Angeles Times, "James Mangold dirige o filme com tanta energia e paixão como se ele não soubesse que essa história já foi contada antes". Mick LaSalle, do San Francisco Chronicle, também elogia: "Os grandes faroestes de Hollywood apresentam uma característica que existe no novo 3:10 to Yuma. Há algo místico neste filme, que faz você acreditar nele."

Mas quem não gostou tanto assim, direciona as críticas para a duração. E olha que o filme nem tem duas horas. Joe Morgenstern, do Wall Street Journal, achou razoável: "O primeiro filme contou uma história intimista em apenas 92 minutos. A nova versão não acrescenta nada, mas consegue ser maior com seus 117 minutos. E certamente não é superior ao original". Stephen Hunter, do Washigton Post, reclama: "O remake adiciona 25 minutos e subtrai grande parte do suspense do original".

Previsto para estrear em novembro no Brasil, 3:10 to Yuma (veja o trailer aqui) narra os esforços do jovem rancheiro Dan Evans (Christian Bale no papel que foi de Van Heflin no original) para escoltar Ben Wade (Russell Crowe na pele do vilão criado para Glenn Ford), o perigoso líder de uma gangue em uma viagem de trem até o tribunal de Yuma, no Colorado. O problema é que seus comparsas farão de tudo para impedir que o trem chegue até Yuma.

James Mangold é o diretor da nova versão. Ele não é nenhum autor e escolhe roteiros diferentes de seus filmes mais recentes. É como se ele quisesse se soltar completamente de seu último trabalho. Embora não faça obras-primas, James Mangold costuma entregar filmes competentes como Johnny & June.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Os aliados de Tom Cruise


Com lançamento previsto para agosto de 2008, o thriller Valkyrie, de Bryan Singer (Os Suspeitos, X-Men 1 e 2, Superman - O Retorno) coloca Tom Cruise na pele do Coronel Claus von Stauffenberg, integrante exército nazista que planejou o assassinato de Adolf Hitler.

A foto acima apresenta Stauffenberg (Cruise) cercado por seus aliados: Bill Nighy, Kevin McNally, Christian Berkel, Terence Stamp, Kenneth Branagh e David Schofield. Entre outros nomes de respeito que completam o elenco de Valkyrie, destaque para Tom Wilkinson, Patrick Wilson e Stephen Fry.

Ainda falta um pouquinho para poder conferir esse projeto promissor. Mas bem antes disso, Tom Cruise estará em Lions For Lambs, novo filme dirigido por Robert Redford e um dos títulos mais comentados na corrida pelo Oscar.

São duas produções interessantes com o nome do astro, que marcam seu início no comando da United Artists. Logo após ser chutado para fora da Paramount, Cruise tentou dar a volta por cima ao recuperar o estúdio criado por Charlie Chaplin, Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D.W. Griffith. Foi uma iniciativa e tanto de Tom Cruise, que costuma acertar em suas escolhas. É só olhar para trás e ver com quem ele trabalhou. E agora, ele está ao lado de Robert Redford e Bryan Singer. Eu ainda confio nele.

terça-feira, setembro 04, 2007

Antes da Hora do Rush


Dizem que o caminho certo é se modernizar. Mas isso não é uma regra, embora seja um risco necessário na vida e na arte. O problema é que muitos esquecem como é bom (e importante) ter conhecimento do que veio antes - até para fazer um julgamento justo do que representa uma "novidade".

Nesta sexta-feira, por exemplo, estréia Hora do Rush 3, mas sei de uma garotada que jamais assistiu a um filme da série Máquina Mortífera. Há 20 anos, quando Jackie Chan não tinha visto para entrar em Hollywoood e Chris Tucker ainda usava fraldas, o diretor Richard Donner foi escolhido pelo produtor Joel Silver (e os executivos da Warner) para comandar um roteiro policial do estreante Shane Black sobre dois tiras com pensamentos e atitudes diferentes trabalhando juntos. Donner estava em alta. Seu currículo trazia A Profecia, Superman e Os Goonies.

Astro em ascensão, Mel Gibson foi convidado para interpretar o tira alucinado Martin Riggs, enquanto o respeitado ator Danny Glover foi escalado para o papel de um policial veterano, o pacato Roger Murtaugh. É o clássico conflito de gerações. O velho e o novo batendo de frente. Riggs não mede as conseqüências de suas ações e tem fama de suicida. Murtaugh não vê a hora de chegar o dia de sua aposentadoria. Para ele, todo cuidado é pouco. A dupla não têm nada em comum, mas a amizade improvável se fortalece de maneira surpreendente conforme eles seguem os rastros de uma quadrilha de narcotráfico em Los Angeles.

Em Máquina Mortífera, a ação é intensa, mas Richard Donner tentou aproximar cada cena da nossa realidade. O sucesso foi imenso e o time formado por Gibson, Glover, Donner e Silver retornaram para Máquina Mortífera 2, em 1989. Com menos drama e com um certo humor entrando pelas beiradas - cortesia da aquisição de Joe Pesci - o filme é surpreendentemente quase tão bom quanto o original. Mas todos os envolvidos perceberam o quanto era divertido trabalhar na franquia. A realização de Máquina Mortífera 3 e 4 foi mera desculpa para uma espécie de férias de luxo para toda a equipe. E, claro, para faturar uma graninha extra. Mas é interessante observar o cinema de ação proposto pelos quatro filmes. O resultado é uma série de TV na tela grande. Comparados aos exemplares da franquia Hora do Rush, as aventuras de Riggs e Murtaugh deixam saudades. Máquina Mortífera nunca foi uma obra original. Mas como essa fórmula deu certo, ninguém sabe. O que sabemos é como a receita foi excessivamente copiada por Hollywood.

Hoje, Richard Donner está meio sumido e Brett Ratner, de Hora do Rush, está em evidência. Chris Tucker reina absoluto, mas Danny Glover foi esquecido. Entre mortos e feridos, Mel Gibson ainda resiste - mesmo que esteja mais preocupado com sua carreira como diretor. A noção de cinema comercial também não é mais a mesma. Eu me esforço, mas não consigo me lembrar das tramas de Hora do Rush 1 e 2. Não sei se a idéia de se modernizar é garantia de respeito e felicidade, mas ainda tenho Máquina Mortífera na memória.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Entre Festivais de Cinema e Michelle Pfeiffer

Setembro é um mês cheio para os cinéfilos. Até o dia 08, as atenções do mundo estarão voltadas para o Festival de Veneza. Alguns filmes cotadíssimos para o Oscar já deram as caras por lá como In the Valley of Elah, de Paul Haggis, o diretor de Crash, Redacted, o novo De Palma, e O Assassinato de Jesse James, com Brad Pitt. O evento não deixa de ser um considerável termômetro para o prêmio da Academia. Um dos exemplos veio em 2005 com o início da carreira vitoriosa de O Segredo de Brokeback Mountain, de Ang Lee, que faturou o Leão de Ouro.

Aqui no Brasil, os cariocas sonham mais de perto com alguns filmes de Veneza e Cannes, que devem ser anunciados na esperada lista oficial do Festival do Rio (de 20 de setembro a 04 de outubro).

Setembro também é o mês do Emmy, o maior prêmio da TV norte-americana. Família Soprano lidera as indicações e caminha para levar uma batelada de estatuetas. Não deixa de ser justo. Essa foi a última temporada de uma série que só fez bem para a televisão.

Entre as principais estréias do mês nos cinemas do país, há razão de sobra para curtir a volta de Michelle Pfeiffer. Longe das telonas desde 2002, ela retorna em dose dupla com Nunca É Tarde Para Amar e o aguardado musical Hairspray. E, em breve, teremos mais um filme iluminado pela presença desta belíssima atriz de 49 anos. Em outubro, Michelle estará na fantasia Stardust.

Para combater a bem-vinda overdose de Michelle Pfeiffer, os chatos de plantão Jackie Chan e Chris Tucker batem e arrebentam em Hora do Rush 3, outra grande estréia do mês. E não dá para deixar de citar a comédia Ligeiramente Grávidos, de Judd Apatow, o diretor de O Virgem de 40 Anos.

Nas locadoras, um dos principais lançamentos é o DVD de Zodíaco, filmaço de David Fincher. Entre outros títulos importantes do mês, temos a terceira temporada de Lost, e o filme Uma Garota Irresistível, que ganhou diversos elogios pela atuação de Sienna Miller.

À espera de Tarantino


Eis o pôster de À Prova de Morte, o quinto filme dirigido por Quentin Tarantino. Pela campanha, o cineasta realmente conta Kill Bill como uma só produção.

Inicialmente, À Prova de Morte foi realizado por Tarantino para ser o segundo volume de Grindhouse, projeto de horror feito em parceria com o amigo Robert Rodriguez, que dirigiu o segmento Planet Terror. Depois do fracasso da estréia nos EUA, a Miramax decidiu trabalhar um relançamento. Desta vez, com datas separadas para os filmes.

Antes, o blog reclamou dessa decisão (veja aqui), mas depois de conferir o pavoroso e intragável Planet Terror, HOLLYWOODIANO apoiou a decisão. Não é para menos. Quase ninguém gostou da brincadeira de Robert Rodriguez e, em Cannes, o filme de Tarantino foi uma sensação.

Um trailer super cool foi divulgado (clique aqui), além do pôster acima. Mas À Prova de Morte ainda não tem data de estréia no país. Talvez esteja na seleção oficial do Festival do Rio e da Mostra de Cinema de São Paulo, em setembro e outubro respectivamente.

sábado, setembro 01, 2007

De Olho no Oscar - Melhor Ator


De Olho no Oscar é uma das novidades de HOLLYWOODIANO. Aqui, você vai acompanhar o sobe e desce de previsões com base na análise de especialistas, além de outros comentários sobre o maior prêmio do cinema. Para iniciar a sessão, veja algumas apostas do blog (incluindo as possibilidades no final da lista) para a estatueta dourada de Melhor Ator:

Christian Bale • Rescue Dawn
O astro de Batman Begins e O Grande Truque sempre se sai bem. Mas seu talento não é de agora. Bale já impressionava desde os 13 anos, quando emocionou o mundo em Império do Sol, de Steven Spielberg. Se é uma indicação ao Oscar que falta para consagrá-lo, ela pode acontecer por Rescue Dawn, do diretor alemão Werner Herzog. Para reviver o drama real do piloto Dieter Dengler, que foi capturado e torturado no Laos durante a Guerra do Vietnã, Bale perdeu peso até ficar magro como uma vara. E a Academia adora isso.

Joaquin Phoenix Reservation Road
Dizem que a pior dor de um ser humano vem da perda de um filho. Ethan Learner (Joaquin Phoenix) é obrigado a enfrentar esse trauma ao parar em um simples posto de gasolina. No local, seu filho de 10 anos é atropelado acidentalmente pelo carro de Dwight Arno (Mark Ruffalo). Desesperado, Ethan sobrevive um dia após outro atrás de justiça. Sob a direção de Terry George, do ótimo Hotel Ruanda, Joaquin Phoenix tem tudo para participar da festa do Oscar com Reservation Road. Indicações anteriores: Melhor Ator Coadjuvante, por Gladiador (2000), e Melhor Ator, por Johnny & June (2005).

Tommy Lee Jones • In the Valley of Elah ou No Country For Old Men Esnobado no ano passado por sua atuação em Três Enterros, Tommy Lee Jones está no páreo tanto pelo filme de Paul Haggis quanto pela nova loucura dos irmãos Coen. Ele deve ser lembrado. Prêmio anterior: Melhor Ator Coadjuvante, por O Fugitivo (1993). Indicação anterior: Melhor Ator Coadjuvante, por J.F.K. (1991).

Daniel Day-Lewis • There Will Be Blood
Depois de perder a estatueta injustamente para Adrien Brody, em 2003, e atuar no pouco visto O Mundo de Jack e Rose, Daniel Day-Lewis retorna com tudo no novo filme de Paul Thomas Anderson (Magnólia, Boogie Nights). O grande ator interpreta um homem amargurado em busca de muito dinheiro para poder viver longe das pessoas de sua cidade. Prêmio anterior: Melhor Ator, por Meu Pé Esquerdo (1989). Indicações anteriores: Melhor Ator, por Em Nome do Pai (1993), e Gangues de Nova York (2002).

Denzel Washington • American Gangster
Vencedor de dois Oscars, Denzel é um mafioso perseguido pelo policial Russell Crowe. O trailer do novo filme de Ridley Scott propõe um belíssimio duelo de interpretações, mas pelas primeiras cenas, Denzel chama mais atenção. Prêmios anteriores: Melhor Ator Coadjuvante, por Tempo de Glória (1989), e Melhor Ator, por Dia de Treinamento (2001). Indicações anteriores: Melhor Ator Coadjuvante, por Um Grito de Liberdade (1987), e Melhor Ator, por Malcolm X (1992), e Hurricane - O Furacão (1999).

Outras Possibilidades: Johnny Depp (Sweeney Todd), Tom Hanks (Charlie Wilson's War), James McAvoy (Atonement), Ryan Gosling (Lars and the Real Girl) e Jack Nicholson (The Bucket List).